António Augusto de Carvalho Monteiro nascido no Rio de Janeiro em 27 de novembro de 1848, ficou conhecido pela alcunha de Monteiro dos Milhões, e foi um homem de cultura, camonista e entomologista, especialmente conhecido por ter sido o responsável pela construção do palácio da Quinta da Regaleira, em Sintra.Herdeiro de uma grande fortuna, multiplicada no Brasil com o comércio de cafés e pedras preciosas, cedo embarcou para Portugal onde se licenciou em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1871.Casou-se, em 1873, com Perpétua Augusta Pereira de Melo, e regressou ao Brasil, onde viveu em Petrópolis e no Rio de Janeiro até 1876.Foi um distinto colecionador e bibliófilo, detentor de uma das mais raras coleções camonianas.Ao morrer, em 1920, tinha mandado construir o seu túmulo, no Cemitério dos Prazeres (acima) ao mesmo arquiteto que construiu a Quinta da Regaleira, Luigi Manini A porta do jazigo, também ele recheado de simbologia, era aberta com a mesma chave que abria a Quinta da Regaleira e o seu palácio em Lisboa, na Rua do Alecrim.O jazigo, localizado do lado esquerdo na alameda de quem entra no Cemitério, ocupando uma área com o lugar, o tamanho e a forma do secretário num templo maçónico, referenciando a igreja como oriente, ostenta múltipla e variada simbologia.A porta tem gravada na aldraba, uma borboleta da família Sphingidae (esfingídeos) que tem a particularidade de ter um desenho no tórax semelhante a uma caveira.O gradeamento, que se pode ver nas traseiras do jazigo, ostenta a simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Corujas, símbolo de sabedoria, ornamentam o jazigo, assim como as papoilas-dormideiras que simbolizam a morte.O Palácio da Peninha, de Carvalho Monteiro, é vendido ao seu advogado, Rangel de Sampaio. Por sua morte passa a propriedade da Universidade de CoimbraAbre na Vila o Café Pérola de Sintra(hoje Café Paris)