Nomeado em dezembro de 1590, Souza ainda estava em Portugal emabril de 1591, envolvido no planejamento e organização de sua viagem. Nestemesmo mês, teve atendido o pleito de levar consigo 20 homens ao Brasile conseguiu, com Luiz Fernandes Carvalho, o empréstimo de capital suficiente para empreender a viagem.
É uma tarefa difícil recuperar os nomesdas pessoas que acompanharam Francisco de Souza na sua primeira idaao Brasil. Sabemos que o governador foi embarcado com sua comitiva emduas urcas flamengas, conforme se apreende da autorização passada pelo reipara que os provedores e oficiais dos armazéns permitissem que mercadoresfretassem as urcas para trazer açúcar e outras fazendas, apesar das disposições contrárias em relação às embarcações estrangeiras.2 [Anais de História de Além-Mar, 2010. Página 109]
em abril de 1591, ainda envolvido no planejamento e organização de sua viagem. Neste mesmomês, teve atendido o pleito de levar consigo 20 homens ao Brasil e conseguiu, com Luiz Fernandes Carvalho, o empréstimo de capital suficiente para empreender a viagem.
É uma tarefa difícil recuperar os nomes das pessoas que acompanharam Francisco de Souza na sua primeira ida ao Brasil. Sabemos que o governador foi embarcado com sua comitiva em duas urcas flamengas, conforme se apreende da autorização passada pelo rei para que os provedores e oficiais dos armazéns permitissem que mercadores fretassem as urcas para trazer açúcar e outras fazendas, apesar das disposições contrárias em relação às embarcações estrangeiras.
Alguns dos nomes que, mais tarde, se fixaram na vila de São Paulo, muito provavelmente, vieram com o governador. Segundo Frei Vicente, o primeiro visitador do Santo Ofício, Heitor Furtado de Mendonça veio na viagem, na qual todos teriam ficado doentes, exceto o governador, que cuidara deles até que, só quando chegou ao Brasil, adoecesse.
Além do visitador, Gabriel Soares de Souza, autor do Tratado descritivo do Brasil, teria voltado ao Brasil naquelas urcas, depois de ficar cerca de sete anos na corte pleiteando mercês e apoio para sua empreitada mineral, que teria entusiasmado bastante a D. Francisco.
Outro nome importante é o de Diogo de Quadros, homem que esteve com Francisco ao longo de quase toda sua trajetória e extremamente envolvido com a questão mineral, sobretudo com a fundição do ferro em São Paulo.
Quadros era cavaleiro fidalgo e detentor do hábito da ordem de Santiago; serviu dez meses em Mazagão, depois foi ao Marrocos para intermediar a libertação de cativos – lá ele mesmo caiu em cativeiro e acabou se libertando por conta própria. Lutou ainda, segundo ele, contra os ingleses nos anos 1580.
No seu pleito junto ao rei, afirmava que desejava ir ao Brasil com oito mil réis de tença, em troca da cavalaria de Mazagão, para a qual tinha sido indicado.462 As promessas minerais de D. Francisco, alimentadas ainda pelo obstinado Gabriel Soares, devem tê-lo convencido a substituir as honrosas, mas pouco lucrativas praças do Norte da África, pelas acalantadas riquezas das partes do Brasil, onde faria longa carreira.Outros nomes prováveis são:
o capitão de infantaria Diogo Lopes de Castro; os soldados de origem basca e irmãos Diogo e Pedro Arias de Aguirre; o mineiro alemão Jacques de Oalte; o engenheiro de Gueldria, nos Países Baixos, Geraldo Betting (para a construção de engenhos de ferro na Capitania);
o engenheiro-mor e capitão de artilharia, gentil-homem florentino, Baccio de Filicaya;
o açoriano Simão Borges Cerqueira; o secretário particular Pedro Taques; os mineiros Gaspar Gomes Moalho e Manoel Pinheiro Azurara;
os cortesãos Paschoal Leite Furtado, Domingos Gomes Pimentel, Mathias Lopes e Jacome Rodrigues Navarro;
Outro nome especulado é o do também engenheiro florentino, Alessandro Massaii. O quesobressai na composição desta lista, um tanto exaustiva, é o nítido aparato militar e seuforte sentido técnico. Ademais, a presença de castelhanos, alemães, flamengos eitalianos – além dos portugueses - denota um pouco dos tempos filipinos e a amplitudede seu império.
- engenheiro florentino, Alessandro Massaii - Cornélio Arzão (flamengo) - o mineiro alemão Jacques de Oalte - o engenheiro de Gueldria, nos Países Baixos, Geraldo Betting (flamengo) (para a construção de engenhos de ferro na Capitania); - o açoriano Simão Borges Cerqueira - Diogo de Quadros - o sargento-mor Pedro de Oliveira - o alferes Jorge João - o mineiro e fundidor de ferro Domingos Rodrigues - o mineiro Manoel João - Diogo Gonçalves Laço - o engenheiro-mor e capitão de artilharia, florentino, Baccio de Filicaya
Afora a própria experiência militar, a atuação e a governança nessa área eramtambém atributos fundamentais ao ofício dos governadores. No caso de D. Francisco, oregimento que utilizava já trazia reforçada a incumbência de fortificar a terra eempreender conquistas. Além disso, ele vinha imbuído da necessidade de aplicarefetivamente o Regimento dos Capitães Mores, feito em 1570 ainda no reinado de D.Sebastião. Inspirado nas Ordenanzas de Carlos V, de 1534, que organizou o modelocastelhano dos tercios, o Regimento foi aplicado em 1585 na Paraíba por Martim Leitão.O primeiro sargento-mor do Brasil, função já derivada do Regimento, foi nomeado em1588 junto com Giraldes. O segundo, Pedro de Oliveira, veio com D. Francisco, a quemcoube uniformizar e formalizar o Regimento. Sua implantação teve grandes implicaçõesem São Paulo, onde a disciplina e a organização militar das entradas ao sertão foramresultados diretos da ação do governador.46 [ / "SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.136;137;138 / Eduardo Tomasevicius Filho]
AGS, Archivo General de Simancas, Secretarías Provinciales, Libro 1466, fol. 288, 1 de abril de 1591: Alvará de Felipe II concediendo privilegios a Gabriel Soares de Sousa. [AGS, Archivo General de Simancas, Secretarías Provinciales, Libro 1466, fol. 288, 1 de abril de 1591]
Gaspar Lopes e Guimar Lopez devem ter vindo junto (brasilbook)
Pediu “índios flecheiros, mercês e foros de fidalguia” para ele e para quatro dos seus cunhados que o acompanhariam na expedição, e até uma requisição para tirar da cadeia gente que tivesse alguma serventia para a bandeira. Quase enlouqueceram o pobre homem com as protelações e dilações, mas por fim arrancou deles o que precisava. Até um titulo pomposo de “capitão-mor e governador da conquista e descobrimento do Rio São Francisco” arranjou. Hei-lo de volta ao Brasil em 1591. Deu azar. A urca em que vinha naufragou na embocadura do Vaza-barris. Num nada viu-se “governando” um pedaço de areia da praia do Sergipe. [Gabriel Soares de Souza e o Tratado Descritivo do Brasil, Educaterra, Consultado em 31.08.2022. educaterra.com.br, maniadehistoria.wordpress.com]
3° de fonte(s) [27557] Anais de História de Além-Mar, 2010. José Carlos Vilardaga Data: 2010, ver ano (130 registros)
Nomeado em dezembro de 1590, Souza ainda estava em Portugal em abril de 1591, envolvido no planejamento e organização de sua viagem. Neste mesmo mês, teve atendido o pleito de levar consigo 20 homens ao Brasil e conseguiu, com Luiz Fernandes Carvalho, o empréstimo de capital suficiente para empreender a viagem. É uma tarefa difícil recuperar os nomes das pessoas que acompanharam Francisco de Souza na sua primeira ida ao Brasil. Sabemos que o governador foi embarcado com sua comitiva em duas urcas flamengas, conforme se apreende da autorização passada pelo rei para que os provedores e oficiais dos armazéns permitissem que mercadores fretassem as urcas para trazer açúcar e outras fazendas, apesar das disposições contrárias em relação às embarcações estrangeiras.