' Carta de Hernando Arias ao rei - 05/05/1607 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Carta de Hernando Arias ao rei
5 de maio de 1607, sábado. Há 417 anos
 Fontes (2)
Portanto, num primeiro momento, entre os anos de1603 e 1607, o caminho esteve bastante frequentado e facilitado, como atesta inclusivea quantidade de clérigos que o utilizaram tanto para se ordenar em Assunção quantopara assumir os vicariatos de Ciudad Real e Villa Rica, que contavam, ambos, comreligiosos de São Paulo. O próprio Hernando Arias sugeriu que pelo menos seis padresda Companhia de Jesus partissem de São Paulo, pela via proibida, para atuar noGuairáPortanto, num primeiro momento, entre os anos de1603 e 1607, o caminho esteve bastante frequentado e facilitado, como atesta inclusivea quantidade de clérigos que o utilizaram tanto para se ordenar em Assunção quantopara assumir os vicariatos de Ciudad Real e Villa Rica, que contavam, ambos, comreligiosos de São Paulo. O próprio Hernando Arias sugeriu que pelo menos seis padresda Companhia de Jesus partissem de São Paulo, pela via proibida, para atuar noGuairá [1]Podemos comprovar incontestavelmente que Pero Ribeiro acompanhou ManoelPinheiro. Diante das suspeitas quanto ao episódio do negro confiscado - e depoisresgatado pelo próprio dono -, Hernando Arias ordenou uma visita às caixas reais deCiudad Real e Villa Rica em 1607. Na cabeça das investigações estava o “apaixonado”antilusitano Diego de Teva. A visita e os autos mostraram que as caixas reais das duascidades tinham parte da cera, ferro e pólvora retirada ilegalmente pelos moradores oumesmo com mandatos do bispo e outras autoridades. Dentro delas, restava somentealguma ametista, ferro, cera, e alguns documentos antigos. O histórico dos dízimosestava todo calculado em cuñas, cujo valor correspondente o inquérito não conseguiuprecisar. Os envolvidos eram os falecidos Diego de Zuniga e Juan Merino,respectivamente contador e tesoureiro, e os seus sucessores Blas de Almada eBartolomeu de Torales.Torales aparecia, nos depoimentos, como aquele que havia mandado confiscaros negros da Guiné, ao mesmo tempo em que deixara passar a grande quantidade detecido trazida pelos mercadores, sem registro. Eram dois escravos: um de ManoelPinheiro e outro de Pero Ribeiro. Cobrados os dízimos, que aparentemente nunca forampara a caixa real, os escravos foram leiloados, sendo um arrematado pelo próprio dono eo outro arrematado por um terceiro, mas que, conforme depoimento de Antonio Aresco,que demonstrava conhecer os mercadores pelo nome, também foi parar na mão do donooriginal. No fundo, uma operação corrupta travestida de legalidade. [2]

1° de fonte(s) [24461]
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
Data: 2010, ver ano (130 registros)

Portanto, num primeiro momento, entre os anos de 1603 e 1607, o caminho esteve bastante frequentado e facilitado, como atesta inclusive a quantidade de clérigos que o utilizaram tanto para se ordenar em Assunção quanto para assumir os vicariatos de Ciudad Real e Villa Rica, que contavam, ambos, com religiosos de São Paulo. O próprio Hernando Arias sugeriu que pelo menos seis padres da Companhia de Jesus partissem de São Paulo, pela via proibida, para atuar no Guairá. [página 234]

Podemos comprovar incontestavelmente que Pero Ribeiro acompanhou Manoel Pinheiro. Diante das suspeitas quanto ao episódio do negro confiscado - e depois resgatado pelo próprio dono -, Hernando Arias ordenou uma visita às caixas reais de Ciudad Real e Villa Rica em 1607. Na cabeça das investigações estava o “apaixonado” antilusitano Diego de Teva. A visita e os autos mostraram que as caixas reais das duas cidades tinham parte da cera, ferro e pólvora retirada ilegalmente pelos moradores ou mesmo com mandatos do bispo e outras autoridades. Dentro delas, restava somente alguma ametista, ferro, cera, e alguns documentos antigos. O histórico dos dízimos estava todo calculado em cuñas, cujo valor correspondente o inquérito não conseguiu precisar. Os envolvidos eram os falecidos Diego de Zuniga e Juan Merino, respectivamente contador e tesoureiro, e os seus sucessores Blas de Almada e Bartolomeu de Torales.

Torales aparecia, nos depoimentos, como aquele que havia mandado confiscar os negros da Guiné, ao mesmo tempo em que deixara passar a grande quantidade de tecido trazida pelos mercadores, sem registro. Eram dois escravos: um de Manoel Pinheiro e outro de Pero Ribeiro. Cobrados os dízimos, que aparentemente nunca foram para a caixa real, os escravos foram leiloados, sendo um arrematado pelo próprio dono e o outro arrematado por um terceiro, mas que, conforme depoimento de Antonio Aresco, que demonstrava conhecer os mercadores pelo nome, também foi parar na mão do dono original. No fundo, uma operação corrupta travestida de legalidade. [página 245]


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