Cristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o “amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto, não era uma redução jesuítica) - 01/01/1631 de ( registros)
Cristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o “amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto, não era uma redução jesuítica)
Retomando o processo de Benitez de 1631 e o tal “bilhete” que teria sidoenviado pelos portugueses, encontramos um trecho bastante significativo em queCristóvão Diniz, morador de Parnaíba e cunhado de André Fernandes, alertava o“amigo” Benitez que eles apenas desejavam os índios (do pueblo de Ytupe, portanto,não era uma redução jesuítica) e avisava que o lugar seria atacado “com quarentabrancos de que me pesa muito de minha parte mas o que me consola é que nenhumapessoa dos de Parnaíba estão cá, que todos somos recolhidos.” O fato de Dinizressaltar o comportamento dos moradores de Parnaíba em contraste com os de SãoPaulo, nos revela relações e procedimentos não necessariamente consensuais por partedos paulistas, mas que exprimem um grau de cumplicidade que já tinham com oscircuitos guairenhos. E as conexões não eram recentes. Concluí-se, também, que osvínculos de Benitez se fizeram, principalmente, com os moradores de Parnaíba, dentreeles o próprio Diniz e, muito provavelmente, André e Baltazar Fernandes, nomessempre presentes no trânsito pela via proibida. De fato, quando as bandeiras paulistas,lideradas inclusive por André, começaram a destruir as reduções jesuíticas entre os anosde 1628-1631, o espaço era já velho conhecido dos moradores, e muitos deles tinhamparte de seus ganhos atrelados a este trânsito