.Na sessão de 3 de Novembro de 1555, erao espolio do ultimo procurador do Conselho, JoãoFernandes, carregado em cincoenta réis, de umamulta cobrada, cuja importância não se recolheraaos cofres públicos.Ao novo procurador, nesta mesma occasião, seconfiavam, sob termo rigoroso de depósito, a balança de pau, o par de taipaes e o peso de quatroarrateis, de que já falámos.Emprestava a Municipalidade dinheiro aos seusprincipaes municipes. Assim, nesta épocha, conseguira João Pires Gago, mediante a caução de umarcabuz e de um machado, um fornecimento demil e duzentos réis. Nessa mesma occasião passou-se pittoresco episódio. Havia necessidade de se fazer uma praçade bens de orphams. Como, porém, poderia realizar-se si não havia quem a apregoasse? Decidiu a Câmara que se nomeasse um porteiro «
, resolvendo-se,ao mesmo tempo, que o funccionario requerido fossedesignado por meio de eleição popular.Realizado o escrutínio, verificou-se que JoãoGallego obtivera «onze
, sendo o seu nomeo mais votado. Empossado do" cargo, apregoou oedital da praça e demittiu-se, consignando-se emacta que fora nomeado «para vender esta fazenda,por ser grande a necessidade, e, acabada de vendera fazenda do dito orpham, o haviam por desobrigado, para que mais não
.Mostrava-se a Câmara de Santo André solicitaquanto aos negócios de sua contabilidade e almoxarifado. Pedia o escrivão da Câmara, Gaspar Nogueira,uma regularização de situação: «que lhe fizessemconta do que lhe deviam de papeis que elle