' “História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639) - 01/01/1627 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
1627. Há 397 anos
No texto clássico de Frei Vicente do Salvador, "História do Brasil", escrita em 1627, aprende-se que "veio bem-aventurado apóstolo São Tomé a esta Bahia, e lhes deu a planta da mandioca e das bananas de São Tomé..." [“Peabiru”, 10.1971. Hernâni Donato do IHGSP. Página 5]

Sua vida é pobremente conhecida e sua fama repousa sobre dois escritos, Crônica da Custódia do Brasil, e principalmente a História do Brasil (1627), valiosos relatos históricos e corográficos sobre a vasta colônia portuguesa na América em seus primeiros tempos. Este legado documental, cuja importância a crítica reconhece em consenso, lhe valeu os epítetos de Pai da Historiografia brasileira,

Ja no Capitulo Terceiro, comecei a murmurar da negligencia dos Portuguezes, que não se aproveitavão das terras do Brasil, que conquistão, e agora me he necessário continuar com a murmuraçâo, havendo de tratar das minas do Brasil, pois sendo contígua esta terra com a do Peru, que a não divide mais que huma linha imaginaria indivisível, tendo là os Castelhanos desçobertas tantas, e tam ricas minas, cá nem huma passada dão por isso, e quando vão ao Sertão he a buscar índios forros, trazendo-os a força, e com enganos, para se servirem delles, e os venderem com muito encargo de suas consciências,- e he tanta a fome que disto levão, que ainda que de caminho achem mostras, ou novas de" minas, não as cavão, nem ainda as vem, ou as demarcão.

Hum soldado de credito me disse, que hindo de São Vicente com outros, entrarão muitas legoas pelo Sertão, donde trouxerão muitos índios, e em certa paragem lhes disse hum que dali a tres jornadas estava huma mina de muito ouro limpo, e descuberto, donde se podia tirar em pedaços, porem que receava a morte se lha fosse mostrar, porque assim morrera já outro que em outra occazião a quizera mostrar aos brancos; e dizendo-lhe estes, que não temesse, porque lhe rogarião a Deus pela vida, prometeo que lha hina mostrar, e assentarão de partir no dia seguinte pela manhãa, porque aquelle era já tarde,com isto se apartou o índio pera o seu rancho, e quando amanheceo o acharãomorto, e como se morrerão todos, não houve mais quem tivesse animo peradescobrir aquella riqueza, que a mesma natureza / segundo dizia o índio/ aliestá mostrando descoberta. Outra entrada fez hum Antonio Dias Adorno, daBahia, em que também achou de passagem muitas sortes de pedras preciosas,Ue que trouxe algumas mostras, e por taes forão julgadas dos lapidarios.De christal sabemos em certo haver huma Serra na Capitania do EspiritoSanto em que estão mettidas muitas Esmeraldas, de que Marcos de Azevedolevou as mostras a ElRey, e feito exame por seu mandado, disserão os lapidarios, que aquellas erão da superfície, e estavão tostadas do sol, mas que secavassem ao fundo as acharião claras e finíssimas, pelo que ElRey lhe fezmercê do Habito de Christo, e de dous mil cruzados, pera que tornasse aellas, os quaes se não derão; e o homem era velho e morreo sem haver maisathé agora quem la tornasse.Também ha minas de cobre, ferro e salitre, mas se pouco trabalhão pelasde ouro e pedras preciosas, muito menos fazem por estoutras.Não ponho culpa a ElRey, assim porque sei que nesta matéria lhe hamdado alguns alvitres falsos, e diz Aristóteles, que he pena dos que mentemnão lhes darem credito quando fallão verdade, como também porque não bastamandar ElRey, se os Ministros não obedecem, como se vio no das Esmeraldas de Marcos de Azevedo.

Destas Villas se foi á poucos annos hum morador de nação Castelhano, por ser muito cioso da mulher, que era Portugueza, natural de São Víílcente, e muito formosa, a morar em huma ilha chamada a Cananea, que ficamais ao Sul, e chegada ao Rio da Prata; mas pouco vi veo sem seus receios,porque conhecida a fertilidade da terra, se forão outros muitos com suas familias a morar também a ella, e se fez uma povoação tão grande comoestoutras.da largura que a terra do Brasil tempara o sertão não trato, porque atéagora não houve quem a andasse, pornegligência dos portugueses que, sendograndes conquistadores de terras, não seaproveitam delas, mas contentam-se deas andar arranhando ao longo do marcomo caranguejos []

vestígios e ninguém mais falou. Feliciano Coelho estava despeitado por que D.Francisco decidiu a favor dos franciscanos as questões que com eles mantinhaa propósito do governo temporal dos índios, e não lhe mandava em socorro ossoldados que no Recife comiam ociosos os dinheiros d’el-rei.Os papéis de Heitor Furtado de Mendonça, visitador do Santo Ofício, p. 347, existem na Torre do Tombo e deles dá breve notícia Antônio Baião,Rev. de Hist., I, 188/196. Estão sendo copiados por conta de Paulo Prado,que assim reata a tradição do inesquecível Eduardo Prado, seu tio, e virãooportunamente à luz. Já trabalhava em agosto de 1591; a 2 de setembro de1593 embarcou na nau S. Miguel para Pernambuco e lá continuava em 2 desetembro de 1595. Até a vinda do visitador o bispo da Bahia era o comissáriodo tribunal com apelação para a metrópole, Anchieta, Informações, 9. Peloartigo 9º do tratado de 19 de fevereiro de 1810 com a Inglaterra o governoportuguês obrigou-se a não permitir que jamais se fundasse nos seus domíniosamericanos.O fato de maior alcance do governo de D. Francisco de Sousa foi aconquista do Rio Grande, em que empregou os largos recursos enumerados porD. de Campos Moreno, Almeida, Mem. do Maranhão, 2, 173/174. Para oscapítulos que a narram o autor serviu-se naturalmente de apontamentos fornecidos por seus confrades que acompanharam a expedição.D. Francisco chegou à vila de S. Paulo depois de 10 de abril de 99,At. da Câmara de S. Paulo, 2, 57. Sobre sua assistência contém notícias ligeiras o mesmo volume das Atas, 2, o Registro geral da Câmara de S. Paulo, I, jáutilizadas na informação de Pedro Taques, R. T., 64, I. Em 1601, armandocavaleiro Antônio Raposo declara D. Francisco que esteve nas minas de Biraçoiaba, Caativa, Betiruna e, mais tarde, de Jaraguá; que foi socorrer Santos daprimeira vez contra corsários que andavam na capitania, da segunda tomouuma urca de holandeses e irlandeses que estavam no porto, da terceira, fortificou o porto e a vila, Registro, I, 117/118.

Em 26 de junho de 1600 armando cavaleiro Sebastião de Freitas fala nas minas de Biraçoiaba e outras por onde andou e na ida a Santos, por ter novas de andarem por S. Sebastião quatro velas inimigas, - ib, 105. A 24 de março de 1600, a 27 de julho de 1601, estava em Santos ib., 97, 121, entre 6 de fevereiro e 1º de abril de 1600 não houve câmara em São Paulo, porque os oficiais e os procuradores foram ao mar com o governador, Atas, 2, 76. Fica assim determinada aproximadamente a cronologia das trêsdescidas à marinha.

Por provisão de 27 de maio de 1599 D. Francisco deu licença de minerar aos que pagassem o quinto do metal extraído, Reg., I, 84; segundo Taques já partira para as minas quatro dias antes I, c, e nesta excursão levantou pelourinho em Monserrate.

Por provisão de 11 de fevereiro de 1601 proibiu sob graves penas a circulação do ouro em pó, determinou que fosse registrado o produto de cada semana para ser quintado e reduzido a barras com as armas reais; anunciava sua partida na próxima quarta-feira, 14, para Monserrate onde, sob as condições estabelecidas, todas as pessoas que quisessem poderiam ir ou mandar sua gente a tirar ouro, Registro, I, 92/94.

A 19 de julho estava em São Paulo, aonde deu um regimento a Diogo Gonçalves Laços, proibindo a mineração, exceto a Afonso Sardinha pai e filho, até chegarem os mineiros esperados do Reino, Registro, ib, I, 128/126. Da mesma data, segundo Taques, I, c, 8, é o regimento de André de Leão, mandado com uma tropa à procura de metais no sertão.

Nas urcas partidas do Rio com Salvador Correia e sua família em 14 de agosto de 1601 foram nove barris de prata que deviam ser entregues a Diogo de Quadros em Pernambuco, informa Knivet, I, c, 265. No regimento de Laços dá providências sobre a transmissão de notícias à Bahia, para onde não tardaria a seguir. Em despedida conclui: “vos encomendo o cuidado, vigilância, que de vós espero e bem assim de todos os moradores desta vila, a qual com o divino favor há de ser cidade antes de muito tempo e hão de ter grandes privilégios e mercês que lhe eu hei de procurar com Sua Majestade, porque foi a primeira e a principal parte donde mediante o favor de Deus descobri estas minas”, ib., 125/126.

À última hora faltou-lhe coragem de desprender-se da terra paulista, aonde, ainda depois de deixar o governo, continuou alguns anos.A expedição de André de Leão mandada por D. Francisco de Sousa,e a bandeira de Nicolau Barreto com a qual nada teve, foram estudadas ambasna Rev. do Inst. Hist. de S. Paulo, 4, 8, em duas excelentes memórias de Orville Derby. Não parece muito certo, como este afirma, que Leão estivesse emParacatu, e não se pode determinar em rigor a terra habitada pelos temiminós:Manuel Preto, vindo do Guaíra, encontrou-os a meio caminho: Atas, 2, 184. [Páginas 259 e 260]

“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP
Data: 01/10/1971 1971
Página 5

“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP
Data: 01/10/1971 1971
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