' Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana" - 01/01/1594 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Walter Raleigh publicou o livro "The Discoverie of Guiana"
1594. Há 430 anos
Ainda em 1594 ele soube de um mito espanhol que dava conta de uma grande cidade dourada que ficava na nascente do rio Caroni. Um ano mais tarde ele partiria para explorar o que agora é a zona este da Venezuela, em busca de Manoa, a lendária cidade em questão. De volta à Inglaterra Walter publicou o livro The Discoverie of Guiana, um relato da sua viagem que foi considerado exagerado. Apesar de a Venezuela ter depósitos de ouro, não foram encontradas provas de que Raleigh tivesse encontrado alguma mina. De todo modo, o livro reforçou a crença sobre a existência de El Dorado.Apesar da influência do manuscrito de Martinez,o relato mais famoso da cidade dourada foi publicado em 1596 na Inglaterra (The discoverie of the large,rich and beautiful empire of guiana, with a relationof the great and golden city of Manoa), pelo corsário Walter Raleigh, após suas buscas infrutíferas aofabuloso local no norte da América do Sul. Seu autor não chegou a visitar a referida cidade, descrevendo em detalhes as populações indígenas que a delimitavam, tributárias do império das Guianas, muito poderoso “y adornado con tantas ciudades, villas,templos y tesoros” (RALEIGH, 1980, p. 65). WalterRaleigh acentuou a relação Peru-Eldorado, ao considerar o governante como descendente direto dosincas, que “está gobernado por las misma leyes, yel imperador y la gente observan la misma religion,y la misma forma y política de gobierno como seusaban en Peru” (RALEIGH, 1980, p. 66). O corsário britânico teve uma grande influência dos relatosde Jean de Mandeville, tanto na forma de narraçãoquanto nos temas descritos. Ao contrário de JohannesMartinez, não afirmou que esteve na cidade em questão, mas que obteve informações fidedignas e confiáveis, de habitantes da região. Um procedimentoque manteve também com as descrições dos descabeçados e das Amazonas, tal como Mandeville (aoobter informações de terceiros), o que de certa maneira, explicaria a enorme popularidade de seu relato. Por intermédio da narrativa de sir WalterRaleigh, esses personagens tornaram-se conhecidosno Velho Mundo, apesar de acéfalos constarem noMappae Mundi de Piri Reis em 1513 e das Amazonas serem descritas por inúmeros relatos sobre oNovo Mundo.Walter Raleigh conservou a cidade das amazonas em uma ilha, que teria “gran cuantidad deplanchas de oro (chaguacas) e una classe de piedrasverdes, que los espanoles llaman piedras de yade”(RALEIGH, 1980, p. 88). Em outra região, descreveu os Tivitiva, indígenas que construíam cidades emárvores e os Epuremeyo, que mantiveram uma grandecidade chamada Macureguary, em uma montanha.Porém a mais surpreendente descrição é a referenteaos descabeçados, também habitantes de uma ilha:“son chamados Ewaipanoma, se informa que tienemlos ojos en los hombros, y la boca en la mitad delpecho, y que una gran cola de pelo les crece haciaatras entre los hombros” (RALEIGH, 1980, p.161).A associação entre acéfalos e tesouros ocultos emterras exóticas também pode ser vislumbrada com omapa-mundi de Leardo (1448). Na África misteriosa, concebida pelo cartógrafo, esses personagenshabitam um país com montanhas de ouro. Sendo anarrativa de Raleigh apenas a conservação dessaassociação no imaginário geográfico: os acéfalosfuncionam como símbolos de guarnecimento dasriquezas fabulosas, conferindo ao mesmo tempoexotismo e horror em suas imagens. Todos essespovos e cidades descritas, para Walter Raleigh, seriam tributários e súditos da capital do império dasGuianas, Manoa, localizada em uma ilha ao centro do lago Parimá. Deste lago “y en muchos otrosrios, ellos recogniam granos de oro perfectos, y enpedazos tan grandes como piedras pequenas”(RALEIGH, 1980, p. 177). Com Walter Raleighvemos desenvolvida a forma final do Eldorado: oimpério que abrange toda a região norte do Amazonas. A matriz objetiva dessa representação foramos tradicionais reinos fantásticos do Ocidente, cujosmais famosos exemplos, os reinos de Prestes Joãoe Ophir, em sua versões clássicas, estão também situados em ilhas e cercados de elementos fantásticos e maravilhosos.Soberano cristão supostamente descendente dosReis Magos, Prestes João e seu reino inicialmenteeram localizados na Ásia (por volta de 1165), e apartir de 1480, os portugueses afirmaram ser na África. Símbolo do imperador universal, pois como oEldorado, ultrapassaria todos os soberanos do mundo em riqueza e poder. Sua extrema mobilidade geográfica tem similariedades com as cidades douradas da América do Sul (são sucessivamente transferidas da Colômbia para a Venezuela, Guianas,Amazonas, Bolívia, Paraguai, Mato Grosso e outrasregiões). Outra aproximação é a descrição do palácio-capital, construído sobre alicerces feitos de pedras preciosas, muros de ouro, grades e tetos de cristal. O relato mais famoso deste mirífico reino surgiu em 1357, com o conhecido Voiage de sir JohnMandeville. Nele, encontramos um recolhimento detodas as lendas existentes neste período na Ásia,como as amazonas, os acéfalos, fonte da juventude,ilhas paradisíacas, animais bizarros e exóticos, regiões infernais, cidades fantásticas (DELUMEAU,1995, p. 103-106) ou seja, todas as matrizes imaginárias do maravilhoso americano

1° de fonte(s) [24758]
Dutch Golden Age map of South America based on the map by Planciu...
Data: 1620



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2° de fonte(s) [20766]
"O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
Data: 1934



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