Deixando Martim Correia Vasques na interinidade, partiu em 16 de outubro de 1697 do Rio de Janeiro para São Paulo com 70 pessoas, retornando em abril de 1698. Foi averiguar sobre as minas, denunciadas no Sul: percorreu numerosas vilas do interior e litoral, avaliando as minas nelas existentes, e ver os elementos tendentes a sua próxima expedição ao Sabaraboçu. Teria sido guiado por Borba Gato, já desta vez? Parece que, em vez de tomar o caminho de Itaverava que o conduziria às minas do Ouro Preto, foi primeiro ao rio das Velhas, assistindo à primeira repartição de terras. A baliza providencial da região, a serra da Piedade, era vista de muitas léguas ao redor. Na época, em São Paulo, enfrentavam-se as desordens do juiz ordinário Pedro de Camargo.[1]
Esses dados são corrigidos ou completados com a informação forneci- da mais tarde ao Padre Diogo Soares pelo Mestre-de-Campo José Rebêlo Perdigão, que, na qualidade de secretário do Governador e Capitão-Geral do Rio de Janeiro, Artur de Sá e Meneses, acompanhou este em suas via- gens a São Paulo em 1697 e 1700, e às Minas Gerais, onde lhe seria possí- vel obter notícias recentes sobre os primeiros achados de ouro naqueles sertões. Tais achados, segundo pudera apurar, deveram-se ali a compa- nheiros de Fernão Dias Pais na jornada de Sabarabuçu (1674-1681), em particular a um sertanista chamado Duarte Lopes, o qual, fazendo expe- riências nas areias de um ribeirão que deságua no Guarapiranga, tirou ouro com sua bateia, e em tal quantidade que, ao chegar em São Paulo, dele fez várias peças lavradas para sua casa. O bom sucesso de Lopes e de outros que tinham ido à conquista do sertão das esmeraldas fez com que vários paulistas organizassem uma expedição à Casa da Casca, onde, diziam, era muito e precioso o ouro. [2]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo