Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape - 20/05/1653 de ( registros)
Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape
20 de maio de 1653, terça-feira. Há 371 anos
Quarta-feira, 1 de Janeiro de 1653Fonte: "História Da Civilização Brasileira COLEÇÃO"A atração do ouro foi causa, segundo velhas notícias, da fixação de grande número de moradores de São Paulo no lugar das novas minas. Não só as margens do Cubatão e dos contrafortes que circundam a baía de Paranaguá foram esquadrinhadas por essa gente: também no alto da serra, as jazidas do Atuba e do Barigui serão logo procuradas. Uma planta de 1653 já assinala nos campos de Curitiba dois casebres, um cruzeiro e até um pelourinho, quinze anos antes de criar-se ali a vila de Nossa Senhora da Luz.
Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para Iguape. [1]
Carta do Provedor da Fazenda do Rio de Janeiro e Administrador Geral das Minas do Sul do Brasil Pedro de Sousa Pereira, dirigida ao Rei, na qual o informa circunstancialmente acerca das minas que se tinham descoberto e do que era necessário fazer-se para as conservar:Vila da Conceição, 20 de maio de 1653"Senhor da vila da Ilha Grande (vindo para estas capitanias do Sul) escrevi a Vossa Magestade a última carta que havia ser remetida pelo provedor da fazenda que em meu lugar ficava servindo Thomé Correa de Alvarenga, com uma arroba de pedra cravada de ouro que me vinha do Paranaguá, aonde a tinha mandado buscar com encarecida brevidade, entendendo pudesse ir na Armada; daí passei já á vila de São Sebastião, correndo á costa em embarcação de remos, por razão do inimigo, até á vila de Santos, e na de São Vicente apresentei as ordens de Vossa Magestade, e as fiz registrar com todos os mais papéis, pertencentes ás minas; subi a São Paulo em que está a Casa Real dos Quintos, Provedor e mais oficiais, na qual achei somente do rendimento dele para Vossa Magestade 30 oitavas de ouro em pó, e como o intento que trazia era de alcanças novos descobrimentos e animar aos moradores daquela villa (por serem os mais possantes em razão de índios a os fazerem) não devacei, nem tomei contar aos oficiais da dita casa, porque convencidos como é certo, pois em nada costumão fazer sua obrigação, nem guardar o Regimento de Vossa Magestade era força castiga-los, e aquele povo (em que estão casados e aparentados) com muito menos causa costuma amotinar-se e desobecer como a experiência de tantos sucessos tem mostrado, e acabei de experimentar quanto tratão de se conservar livres no mau animo que todos tem para o particular das minas, trazendo em prática, que avendo-as de importância, ficarão sujeitos aos presídios e governadores de Vosssa Magestade e lhes está melhor quiserem de suas lavouras, com a liberdade que até agora, de quererem recuzar ou aceitar os ministros que lá vão.
2° de fonte(s) [26043] “O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) Data: 1934, ver ano (74 registros)
Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a “Casa”.