Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal - 01/01/1513 de ( registros)
Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal
1513. Há 511 anos
Vicente Tapajós em História do Brasil argumenta que os índios não desconheciam os metais. Capistrano de Abreu em Capítulos da Histórica Colonial relata que uma armada de 1513 ao sul do Brasil que tinha como capitão João de Lisboa se refere a ter encontrado diversos objetos metálicos na boca de um grande rio caudaloso incluindo um martelo de prata o qual levou para Portugal. [1]Sobre a grafia dessa palavra, Jose Honório Rodrigues, em nota à obra de Capistrano de Abreu (1963:82), esclarece: “Adotou-se aqui a grafia mamaluco, pois, segundo o próprio Capistrano de Abreu, ‘nos documentos tenho sempre encontrado invariavelmente ou quase mamaluco; não sei quando começaram a escrever mameluco’” (carta a Paulo Prado, de Caxambu, Véspera de Santa Tereza, 14 de outubro de 1922).
Em outra carta dirigida a Paulo Prado (Caxambu, dia das Treze Mil Virgens, 21 de outubro de 1922)acrescenta: “Se Varnhagen tiver razão quando afirma que mamalucos chamavam-se os descendentes demouro, se a palavra era corrente, antes dos famosos ma ou me do Egito, está descoberta a cousa. Do Rioescreverei a Lúcio para consultar Leite de Vasconcelos, especialista”. E realmente aos 21 de dezembro de1926 consultava João Lúcio perguntando se “na península chamavam mameluco ao filho de cristão e mouro”.Darcy Ribeiro (2001, 107-8), depois de afirmar que o termo se referia originariamente a “uma casta deescravos que os árabes tomavam de seus pais para criar e adestrar em suas casas-criatórios”, arrisca que otermo foi aplicado aos paulistas pelo “ressentimento amargo de algum jesuíta – provavelmente o padre Ruizde Montoya”. O tupinólogo e historiador Teodoro Sampaio (1987, p.152) diz que a denominação origináriaentre cronistas brasileiros era “mamaluco”: “só mais tarde é que se começou a pronunciar mameluco,confundindo-se com com a denominação dada aos soldados escravos do sultão El Malek-el Saleh, do Egito”.Afirma que o vocábulo, entretanto, é de origem tupi, e não moura, baseando-se na existência de “mamãruca” na língua indígena, que significaria “de procedência mista”. [2]