O povoado recebeu o nome de Nossa Senhora do Desterro e, mais tarde, por ser lugar de passagem, ponto de logística para as Bandeiras (expedições) que seguiam ao interior de São Paulo, foi nomeada Freguesia de Nossa Senhora do Desterro. Assim, a data de 15 de agosto – festa cristã católica de Nossa Senhora do Desterro -, é apontada como a provável data de fundação de Jundiaí.Em 1651, a Freguesia foi reconhecida como povoado. A inauguração de uma capela dedicada à Nossa Senhora do Desterro, no ano de 1651, marcou o início do reconhecimento da povoação de Jundiaí. Quatro anos mais tarde, em 1655, foi elevada à categoria de Vila. Jundiaí marcava então o limite norte do povoamento da Capitania de São Vicente.[2]
Desde o início do povoamento de Jundiaí, por volta de 1615, as covas eram abertas nas ruas centrais, ao redor do então cruzeiro da Catedral Nossa Senhora do Desterro (fundada em 1651) e depois no entorno do Mosteiro São Bento (fundado em 1668), nesta época havia uma divisão de onde eram enterrados os falecidos: escravos eram enterrados no Centro, índios no Jardim Samambaia aos pés da Serra do Japi, e os acometidos de varíola chamados de bexiguentos no Anhangabaú, leprosos perto da Ponte de Campinas.[3] Por questões de saúde pública e higiene implantadas pela política sanitarista, em 1854 foi promulgada uma lei no Rio de Janeiro abolindo os enterros nas igrejas. Assim, em 1867 o cemitério foi transferido para a Praça Doutor Domingos Anastásio, no Largo São José, antigo cemitério da parte administrativa da igreja, chamada anteriormente de fábrica. [1]
“A invocação de Nossa Senhora do Desterro se dá para lembrar a fuga da Família Sagrada para o Egito, quando o rei Herodes mandou matar todas as crianças que nasceram naquela época, porque as profecias diziam que dali nasceria o Rei dos Judeus. A Sagrada Família foi ‘desterrada’, portanto, e se refugiaram em outro lugar por alguns anos. Daí o termo de Nossa Senhora do Desterro”, explicou. [3]