' Inventário e Testamento de Maria Gonçalves, em Birapoera, casas de Clemente Álvares - 12/10/1599 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Inventário e Testamento de Maria Gonçalves, em Birapoera, casas de Clemente Álvares
12 de outubro de 1599, terça-feira. Há 425 anos
PROJETO COMPARTILHARCoordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueirawww.projetocompartilhar.org SL. 4º, 429 , Cap. 1- Maria Tenório foi casada com Clemente Álvares, que gastou 14 anos no exame de minas de ouro, prata e outros metais que conseguiu descobrir, viúvo de Maria Gonçalves, falecida em 1599 em S. Paulo com testamento, em que declarou ser f.ª de Balthazar Gonçalves. Clemente faleceu em 1641 estando 3.ª vez casado com Anna de Freitas, irmã de Manoel de Freitas, morador em Mogi das Cruzes. Teve, pelo inventário de Clemente (C. O. de S. Paulo), os 8 seguintes f.ºs: nota de rodapé: Clemente Álvares teve da 1.ª (Maria Gonçalves) os 3 seguintes (C. O. de S. Paulo): 1-1 a 1-3.1-1 Catharina Gonçalves,1-2 Maria Gonçalves.1-3 Capitão Álvaro Rodrigues do Prado Subsídios à Genealogia PaulistanaInventário Clemente Álvares, 1641 (SAESP vol. 14º, neste site) MARIA GONÇALVESInventário e Testamento Vol 1, fl 185

Data: 12-10-1599Local: Birapoera, casas de Clemente ÁlvaresJuiz: Bernardo de QuadrosDeclarante: Clemente ÁlvaresAvaliadores: João de Santa Ana e Gaspar Conqueiro, moradores do lugar FILHOS (de pouca idade)1- Catarina2- Maria3- Álvaro PEÇAS DE ESCRAVOS: 10 FAZENDAMuitas roupas, chapéus e demais acessórios de uso pessoalLouças variadas entre elas porcelanas da ÍndiaFerramentas de ferreiroCriação de porcos, muito gado, três quatro cavalgadurasCaixas e móveis BENS DE RAIZCasa no sitio de sobrado de dois lanços, forrada e coberta de telhas (40$000)Casas na vila sobradadas (32$000)Restingas de matos que lhe vendeu Antão Pires (2$000)Dez braças de chãos dados pela câmara (caminho do Birapoera)...que seu sogro Baltazar Gonçalves ... ametade ...legou...em Birapoera MONTE MOR: 364$836Terça: 27$483, deixada por testamento à N. Sra do Carmo, entregue ao procurador da dita casa, Gonçalo Madeira. TESTAMENTO Em nome de Deus Amen.Saibam quantos esta cédula de testamento em as casas de Clemente Álvares estando aí Maria Gonçalves doente em uma cama de doença perigosa não sabendo o que Nosso Senhor faria dela estando em seu perfeito juízo disse que queria fazer sua manda e dispor de sua alma e aparelhar-se para o que Nosso Senhor fosse servido primeiramente disse que encomendava ao Senhor que a criara e a Virgem Maria Sua Mãe e a todos os anjos e Santos da corte dos céus.Disse que queria e pedia que seu corpo fosse enterrado na igreja dos padres da Companhia que ora serve de matriz (onde encomendou ofícios e missas)(deixou legados pios e o resto da terça por inteiro a casa de Nossa Senhora do Carmo)Disse que queria e pedia que seu pai Baltazar Gonçalves fosse seu testamenteiro que confiava que como pai ... (fizesse cumprir, etc)Pediu a Sebastião ... que escrevesse o testamento por ela não saber escrever.... testemunhas abaixo nomeadas que foram presentes o padre frei Antonio do Amaral, Manoel Rodrigues Gonçalo de Frias, Antonio Fernandes .... o velho e por faltarem homens para ... deste testamento a testadora que ass .... Paes mulher de João de .... sua filha mulher de Francisco da Gama - Hoje aos quinze dias do mez de julho de 1599 anos. 1-4-1600Clemente Álvares comparece em casa de Bernardo de Quadros e declara alguns itens que tinha esquecido de arrolar no inventário, entre elas várias jóias de ouro e prata. Aos quinze dias do mês de abril de seiscentos ... fiz este testamento concluso ao administrador João da Costa e eu ... Jerônimo Machado escrivão escrevi. 13-1-1620 – NOTIFICAÇÃOA Baltazar Gonçalves para que satisfaça o testamento de sua filha Maria Gonçalves ... por haver tantos anos que foi já... 4-3-1623Certidão do Vigário João Pimentel dando conta de que Lourenço Nunes era casado com Maria Gonçalves, filha de Clemente Álvares e Maria Gonçalves.Petição de Lourenço Nunes para que se faça partilhas e dêm a legítima de sua mulher DESPACHO: 7-3-1623Para que Lourenço Nunes apresentasse a escritura de dote TRASLADO (feito por Pedro Leme, o moço)Rol de casamento que dou a Lourenço Nunes meu genro no qual declaro ser o primeiro a legítima de sua mulher ... Maria Gonçalves(faltam linhas, dá umas peças, ferramentas, dez cabeças de gado, um “cavalo para andar adornado”, roupas de casa e um “espeto de sete palmos”)... e por verdade me assino de meu sinal somente Alves(Simão Borges de Cerqueira certifica o sinal por o conhecer muito bem, por o ter visto fazer o sinal e por ter cartas dele) Notificado, Clemente Álvares disse que não sabia contar mas que era seu procurador Bernardo de Quadros, que o representaria. Em 4-3-1624 Francisco de Lemos passa um recibo de esmola deixada pela mulher de Clemente Alves.

1° de fonte(s) [25001]
“Os transportes em São Paulo no período colonial”, José Gonçalves Salvador
Data: 30 de setembro de 1958, ver ano (73 registros)

(Ainda em 1607) Descer ao mar era ainda aventura das mais arriscadas, exigindo coragem e espírito de sacrifício. É verdade que o governador, D. Francisco de Souza, mandara melhorar o dito caminho em 1597 e 1598, mas nem assim podiam transitar por êle as cavalgaduras. Isto, entretanto, não impedia que uma vez ou outra surgissem na pacata vila de Piratininga mercadores forasteiros, acompanhados de seus cargueiros indígenas, a trocar os artigos de seu comércio. Dizemos trocar porque, realmente, não se dispunha de moedas para as transações. Nessas circunstâncias, valiam-se êles de tôdas as oportunidades para cometerem abusos, fatos contra os quais a edilidade precisou reagir.

Mas também é verdade que ela os procurou favorecer, tal como se deu em 1599, inquirindo quem lhes queria fornecer "casa e mesa" , pois convinha recebê-los de quando em quando, visto fornecerem aos moradores artigos úteis, além das noticias que traziam.

Os veículos de rodas constituíam então objeto raríssimo, se é que os havia. Referimo-nos aos carros de bois. É possível ter existido algum já no término do século, embora as evidências sejam vagas por demais. Sabemos que no inventário de Maria Gonçalves, mulher de Clemente Álvares, com roça em Ibirapuera, e datado de 1599, consta um ferro de arado, avaliado em 1$600, juntamente com o "carro velho", que o acompanha.

Este "carro velho", contudo, outra coisa não seria senão uma das peças do arado quadrangular de rodas, semelhante ao que se usava em Portugal, sobretudo no Minho, conforme sugestão do professor Jorge Dias a Sérgio Buarque de Holanda. Lembraríamos, porém, que o caminho do Ibirapuera (Virapoeira, Burapuera, etc.) ou de Santo Amaro, passaria a chamar-se alguns anos depois o "caminho de carro" nas cartas de datas de terra. Os inventários e as atas da Câmara, auxiliares indispensáveis a tal respeito, guardam o mais absoluto silêncio, fato que nos obriga a ficar nas meras conjecturas.

Não podemos deixar de nos reportar a uma prática existente em São Paulo por longo tempo: o transporte de água, especialmente para fins domésticos. As paredes de taipas, por exemplo, eram feitas de terra socada e amolecida com água que os escravos carregavam em potes e gamelas. A indústria da cerâmica estava associada de há muito às atividades do ameríndio. O precioso líquido apanhava-se nas minas, nas bicas e nos rios junto à vila. Para evitar imoralidades, determinara a Câmara em 1576 e ainda noutras ocasiões, que sômente às mulheres se permitia a freqüência aos referidos lugares.

Assim viveu São Paulo durante o quinhentismo. Quase isolado, por falta de bons caminhos, de transportes convenientes e de produtos que lhe permitissem concorrer com o Nordeste. Os recursos lhe viriam do apresamento do selvícola e da venda do mesmo naquelas regiões açucareiras. Desde fins do século XVI o escravo seria objeto de tráfico intenso, além de sua serventia nas roças do Planalto.


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