Ofício do Juiz de Fora da praça de Santos, sobre a ordem que mandou para que a galera Santa Rita continuasse sua viagem, etc. - 13/03/1788 de ( registros)
A mesma preocupação em incentivar o comércio direto entre São Paulo ePortugal também está presente no ofício do Juiz da Alfândega e de Fora da vila deSantos José Antonio Apolinário da Silveira, datado de 17 de março de 1788180.Destinado ao então Secretário de Estado da Marinha e Ultramar Martinho de Mello eCastro, este documento nos traz algumas considerações relativas à atuação deApolinário da Silveira como Juiz da vila de Santos, como por exemplo, o episódio dagalera Santa Rita, a qual após ter permanecido por mais de “vinte e tantos meses”atracada ao porto de Santos, finalmente retornava aos seus proprietários em Lisboa.Sobre este mesmo evento, encontramos uma breve referência feita em artigo porCorcino Medeiros dos Santos, no qual discute a economia paulista em fins dosetecentos. Segundo o autor, esta embarcação ficara “pouco mais de um anoapodrecendo no ancoradouro do porto de Santos à espera de despacho”181, emdecorrência principalmente dos desentendimentos entre os correspondentes e oscarregadores. De acordo com o Juiz da Alfândega, enquanto a dita embarcação permanecia “aespera de despacho”, toda a carga que deveria ser destinada ao seu abastecimento eraextraviada principalmente para o porto do Rio de Janeiro. Frente a tal circunstância, oCapitão General da capitania182 procurou fazer com que o “comprador que tinha cargalogo carregasse para sair pela Barra a dita galera e ir à porta de seus donos”. Contudo,esta ordem não teria surtido efeito visto que a “carga que o Ex. Marechal tinha mandadose prontificar a que já se achava pronta, toda ia extraviada para o Rio de Janeiro, eoutras partes, transportada em várias sumacas, debaixo de vários nomes emprestados”. José Antonio Apolinário da Silveira atribuía a si a “glória nesta terra, além deoutros que nela tinha alcançado de ser o Restaurador desta infeliz embarcação”.Preocupado com os proprietários da galera Santa Rita quando estes “sofreriam a triste