' Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga” - 02/09/1557 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga”
2 de setembro de 1557, segunda-feira. Há 467 anos
 Fontes (2)
Se há consenso de que esta aldeia seria do cacique Tibiriçá, há controvérsias quanto à sua localização. É possível que Piratininga fosse um local mais próximo ao Tietê, “junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”, onde os jesuítas, mais tarde, pediriam a Martim Afonso uma gleba de terra.

“(...) somente se podia pedir a Martim Afonso de Sousa sete ou oito léguas (38,6km) de terra para o colégio de Piratininga; e as mais convenientes (...) eram a começar no porto que agora chamam Piratinim, junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”.

Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” (Livro de Sesmarias, v. 1, p. 54). [2]

Serafim Leite (1953b:79) não menciona a expressão “Campo”, registrando a seguinte seqüência: Piratininga – Casa de São Paulo de Piratininga – Colégio de São Paulo – São Paulo. A diferença com que Nóbrega, em carta escrita a 02 de setembro de 1557 (2000:271), registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim”, levou esse historiador, em nota de rodapé, a suspeitar de diversas “notações geográficas”.

Nada autoriza essa ilação. A diferença de pronúncia parece ser devida, na verdade, à diferencialidade fonética entre distintos grupos indígenas, o que explica, por exemplo, as variantes abanheen e abanheenga, traduzidas como “língua de gente”. As atas da Câmara de São Paulo registram indiferentemente, numa mesma assentada, as duas grafias do nome do planalto (1914-I:57).O relato de Nóbrega a esse respeito é muito informativo em carta escrita daBahia em 1556-1557: “Ali foi a primeira povoação de cristãos, que nesta terra houveem tempo de Martim Afonso de Sousa, e vieram-se a viver ao mar por razão dosnavios, de que agora todos se arrependem, e todavia a alguns deixaram lá ir viver”(2000:214). Mas se tratava de um baixo contingente demográfico de colonos, atémesmo em relação à costa, porque o Brasil, até o fim do século XVI, apresentava umdéficit econômico para a Coroa, conforme afirma Simonsen, apudr Schwartz(1979:78).

No ângulo educacional, a par do ensino religioso, o Colégio de São Pauloesmerava por um plano eficaz, como também o detinha o Colégio de Jesus na Bahia, queministrava o curso de Letras Humanas, em que se estudavam os Clássicos em latim, já queaulas de grego não foram ministradas no século XVI, salienta Serafim Leite (2004-I: 30).

Mas, acrescenta esse mesmo autor, “em compensação, havia o que os Padres classificavampitorescamente de grego da terra, que era a língua dos índios. E dela se fez Gramática eensinou-se no Colégio”. Gladstone Chaves de Melo (1946:33) registra:

“Os Padres da Companhia, que tão cuidadosamente organizaram o estudo das humanidades no Brasil criança, não se pejaram de substituir o idioma helênico pelo Tupi, ‘o Grego da terra’, comoespirituosamente lhe chamavam”. É bom ter em mente, entretanto, em adição a essaexpressão tradicionalmente citada em obras lingüística e de história, que Nóbrega sereferiu, também, à língua tupi, pelo menos uma vez, como “latim da terra”, como registra 87carta escrita de Salvador a 02 de setembro de 1557: “Trabalhei de o encaminhar [Manuelde Chaves] a ser clérigo pois sabia o latim da terra” (2000:275).

. Mesmoem 1557, em carta escrita da Bahia a 02 de setembro, Nóbrega, depois de afirmar queManoel de Chaves “é a melhor língua que temos”, refere-se também a Rodrigues, que “éoutrossim língua”, mas sem realçar-lhe a mesma proficiência, embora saliente a todo temposua condição de língua (como o faz novamente em carta escrita da Bahia a 5 de julho de1559 – 2000:305), o que é uma tônica nas cartas jesuíticas, dada a importância dessaqualidade para os propósitos da catequese.

1° de 2 fonte(s) [29350]
REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
Data: 2006



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2° de 2 fonte(s) [24428]
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
Data: 2008, ver ano (71 registros)

Se há consenso de que esta aldeia seria do cacique Tibiriçá, há controvérsias quanto à sua localização. É possível que Piratininga fosse um local mais próximo ao Tietê, “junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”, onde os jesuítas, mais tarde, pediriam a Martim Afonso uma gleba de terra.

“(...) somente se podia pedir a Martim Afonso de Sousa sete ou oito léguas (38,6km) de terra para o colégio de Piratininga; e as mais convenientes (...) eram a começar no porto que agora chamam Piratinim, junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”.

Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” (Livro de Sesmarias, v. 1, p. 54).


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