“mestiços da terra, para assim os amparar e ensinar, porque é a gente mais perdida desta terra, e alguns piores que os mesmos Índios”* - 01/07/1554 de ( registros)
“mestiços da terra, para assim os amparar e ensinar, porque é a gente mais perdida desta terra, e alguns piores que os mesmos Índios”
julho de 1554. Há 470 anos
Ribeiro (2001:89-90), com sua proverbial irreverência, chama de “trombadinhas”, quechegaram em 1550, aos quais se juntaram “outros órfãos da terra” (LEITE, 2004:16), e,mais tarde, “mestiços da terra, para assim os amparar e ensinar, porque é a gente maisperdida desta terra, e alguns piores que os mesmos Índios”, diz Anchieta em carta escritaem julho de 1554
Um trecho de uma carta de Anchieta, escrita de Piratininga em julho de 1554, chama a atenção para o refinamento a que elechegou como mestre da língua da terra, distinguindo com precisão, o que somente ele fez, embora Nóbrega tenha também intuído oproblema, formações conceituais não interpermutáveis entre si. Trata-se da distinção entre língua e intérprete:Como disse na quadrimestre de Agosto e durante esse tempo pretendemosconquistar um destes como um Índio, porque neles está muita parte daedificação ou destruição da terra como também porque como línguas eintérpretes para nos ajudarem na conversão dos Gentios e destes os quefossem aptos e tivessem boas qualidades recolhê-los para Irmãos e os quenão fossem tais dar-lhes vida por outro modo. ["A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos" 2005]