Noite de 3 de setembro de 1758. Uma carruagem percorria uma rua secundária de capital do Império Português. Nela, sem escoltas, estava o rei, D. José I.
Reunindo várias finalidades de ordem econômica, que se punham entravadas pela resistência dos jesuítas e outros opositores em Portugal, especialmente nobres e comerciantes que não foram bafejados pela nova orientação mercantilista, Pombal encontrou sua mais forte raison d´État em 1758, com a tentativa de assassinato do Rei Dom José. Além dos nobres envolvidos, o então Conde Oeiras fez alcançar alguns jesuítas por cumplicidade, entre os quais Malagrida, numa perseguição que arrastou outras nações européias, como França e Espanha, que também expulsaram os jesuítas. (O que culminou na extinção da Companhia de Jesus em 21 de Julho de 1773, por breve do papa Clemente XIV.) O poderoso Ministro de D. José I aproveitou-se desses episódios e de dissidências internas na própria Igreja, para dar o seu “coup de grâce” nos jesuítas, adotando medidas ainda mais severas, com bem descreve Maxwell (1997:91):