História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br - 24/01/2021 de ( registros)
História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br
24 de janeiro de 2021, domingo. Há 3 anos
O nome daquele que foi um dos maiores bairros de São Paulo nasceu de uma pequena imagem. Santo Amaro, padroeiro dos agricultores e discípulo de São Bento, passou a denominar a região a partir de 1560, quando o casal João Paes e Suzana Rodrigues doou um santo de madeira à capelinha Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, instalada no aldeiamento de índios catequizados naquela área.
O embrião da vila de Santo Amaro surgiu em 12 de agosto daquele ano, data em que os jesuítas tomaram posse oficial de duas léguas de terras de relevo suave, localizadas à margem esquerda do rio Jurubatuba. As terras foram doadas aos jesuítas pelo Capitão Francisco de Morais, em nome do padre Luís de Grã, provincial da Companhia de Jesus. A capelinha para a qual foi doada a pequena imagem de madeira do santo era o ponto central do aldeamento de índios. A pequena imagem do santo, ainda hoje, depois de 450 anos, pode ser vista na igreja matriz de Santo Amaro. A igreja do Largo 13 de Santo Amaro já passou por quatro grandes reformas, desde o seu surgimento, mas a imagem de madeira ainda está lá.
1° de fonte(s) [25003] “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística Data: 2005, ver ano (253 registros)
Mas a inconciliabilidade entre ambos os lados jamais será equacionável sem a submissão de um ao outro, que viam os gentios sob angulações absolutamente excludentes entre si. Dois diferentes universos culturais que, de comum, tinham apenas a importânciada língua da terra.
O resultado disso, segundo alguns historiadores, foi a conveniência governamental – induzida por Nóbrega, que sentia despovoar-se seu arraial catequético pela inconstância ambulatória dos índios catequizandos – da absorção político-edilícia de Santo André por São Paulo, levada a cabo por ocasião da visita de Mem de Sá a São Vicente em março de 1560, unificando em uma única municipalidade a simbiose – ou mesmo um helotismo de São Paulo para com Santo André – que existia entre ambos, a ponto de Cortesão (1955:195) afirmar que a povoação de Piratininga não resistiria sem a proximidade da vila ramalhense, no que é concorde com Serafim Leite (1953b:88):
“Apesar das perturbações dos mamalucos, contadas por Anchieta, sempre os portugueses de S. André sustentaram os jesuítas de Piratininga e tinham particular afecto ao Padre Manuel da Nóbrega. Sem esse apoio, São Paulo não teria ido avante”.