Levámos as victualhas á colônia, e como os selvagensviram que nada podiam fazer, pediram a paz e se retiraramO cerco durava havia quasi um mez e vários dos selvagensmorreram, mas nenhum dos christãos. Quando vimos que osselvagens estavam pacificados, voltámos outra vez para o navio grande em Marin, e abi carregámos água e também farinha dé mandioca para servir de victualha, e o commandanteda colônia de Marin nos agradeceu.CAPITULO VD E COMO SAHIMOS DE PRANNENBUCKE PARA UMA TERRA CHAMADABUTTUGARIS; ENCONTRAMOS UM NAVIO FRANCEZ E NOSBATEMOS COM ELLE. CAPU T V.Viajámos quarenta milhas para diante, até um porto cha.mado Buttugaris, onde pretendíamos carregar o navio compáu-prasil e receber provisões em permuta com os selvagens- Quando ahi chegámos encontrámos um navio da França,que estava carregando pau-prasil. Atacámol-o para aprisional-o, mas elles nos cortaram o mastro grande com um tiro ese escaparam; alguns dos nossos morreram e outros foramferidos.Depois disto, queríamos voltar para Portugal, porque nãopodíamos obter vento favorável para entrar no porto, ondepensávamos obter victualhas. O vento era-nos contrario, epor isso fomo-nos embora, com tão poucas provisões quesoffriamos muita fome; alguns comiam couro de cabritos, quetínhamos a bordo. Distribuíram a cada um de nós, por dia, um copinho de água e um pouco de farinha de raiz brazileira(mandioca).