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Sobre os marcos
22 de novembro de 1725, quinta-feira. Há 299 anos
 Fontes (3)

Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
Data: 01/01/1914 1914
Créditos / Fonte: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Página 22

1° de fonte(s) [25000]
Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo
Data: 1914, ver ano (55 registros)

temos seguinte informação, que o Coronel Pedro Barbosa Leal deu ao Conde de Sabu- gosa a 22 de Novembro de 1725, e a propósito de attribuir a collocaçao desses signaes, áquem e além do Pará-mirim, a Belchior Dias : < Nem ha noticias de que por ahi andasse outro descobridor, e só ha tradição de que úm paulista, fulano de Cubas \ chegara ao Pará-mirim, onde desco- brira um grande haver, voltando para braz CubaS 33 S* Paulo a convocar vários parentes e amigos e atravessara do sertão de S. Paulo para esse, cuja tropa tivera mau successo e não chegara ao Pará- mirim. » O que não ofíerece duvida é que a tropa que tivera mau successo e não chegara ao Pará-mirim, foi a de Vasco Rodrigues Caldas, e não a de Braz Cubas, que, em diligencia de descobrir «um grande haver», voltara para a capitania de S. Vicente, donde tinha ido atravessando pelo sertão até ao Pará-mirim ; deste modo, a Braz Cubas devem ser attribuidos, sem contestação alguma, os re- feridos marcos, como primeiro explorador do rio S. Francisco.


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2° de fonte(s) [27771]
Annaes do Archivo Publico e do Museu do Estado da Bahia, ano IV, vols. VI e VII, 1920
Data: 1920, ver ano (76 registros)

Rio Verde Grande - Separa a Bahia de Minas. Nasce entre os Montes Claros e Bocayuva no Boi do Carro em Minas; forma-se pelo ribeirão Verde, Riacho do Fogo, Saracura, Juramente, Caetité e outros. Seu curso é de S. para N. sinuoso e calculado em mais de 400 quilômetros. É navegável cerca de 30 milhas, acima de sua foz. Desemboca na margem direita do Rio São Francisco.

Rio Verde Pequeno - Nasce na Serra dos Mineiros (denominação devida aos portugueses que ai mineraram ha perto de um século) no lugar chamado "Buracos" lado da cordilheira geral, em território do Município de Jacaracy, neste Estado. [Página 289]

"Cópia de um assento de Belchior Dias Moreya, que foi dizer a El Rey o ano de 1612 e por lhe não deferirem com ficando encobertas."

No ano de 1675 eu fui com Jorge Soares uma das pessoas que Sua Alteza mandou a ver se eram minas, á Serra de Itabayana e Jacobina ver se fora por ali aquele descobrimento Belchior Dias. Achei um nativo Cariry, velho de cem anos, por nome Gaburú na aldeia de Sahy e descobri com muita industria haver acompanhado Belchior Dias naquela jornada de seu descobrimento, o que ele tinha muito calado e negado (disse ele) por assim ordenar o dito Belchior Dias. Levou-nos pelo campo frio ao do Salite, contando doze léguas de matas e catingas sem água nem caravatá que a tivesse e com raízes de imbú e mandacarú se remediou a gente que abriu o caminho em 19 dias. Mostrou o velho,o lugar onde Belchior Dias achou o que buscava, o qual disse o nativo os levava outro de outra nação que primeiro deu as pedras a Belchior Dias.

Achamos sinais certíssimos de haver ali estado gente branca e não foi outro senão Belchior Dias e depois do ano de 1628 seu sobrinho Francisco d´Avila mandado pelo Governador Diogo Luiz de Oliveira, sendo já morto o tio,mas não descobriu a mina porque não a conheceu, como nos sucedeu por falta do mesmo conhecimento, porque Belchior esconde de gente e nativos que levou a parte donde tirou a pedra que ensaiou ali, e disse o velho nativo que coseu no fogo em um texto ou tacho e depois lavou muito e tirou uma pedrinha, disso fizera muita festa, com as espingardas e dissera era pólvora e lhes mandava não mostrar nunca a branco aquele lugar porque havia de saber os flamengos e vir tomar-lhe a sua terra, e por isso não quisera nunca falar nem mostrar.

(...) Os sinais que deu este papel acima, deu o padre Antonio Pereira (da Torre) a João Calela e a seus irmãos para buscarem o ano de 1652, quando entraram a povoar aquelas terras e parte da Jacobina, mas não deram em nada porque são infinitas as serras e eles eram ignorantes em minas.

Partiu o dito Coronel da sua Casa do Rio Real e marchou até a Serra do Picurassá de que atrás tenho tocado, donde voltou a buscar a estrada do rio São Francisco até o Corassá, donde voltou com pouco efeito e com pouca diligência, porque o seu genio não inclinava a semelhantes serviços da qual diligência não deu conta, recolhendo-se á sua casa sem outra alguma satisfação. E porque ao mesmo tempo o Capitão-mór de Sergipe d´El Rey, Jorge de Barros Leite, introduzindo umas pedras do serrote das minas de Itabayana e de outras serras do mesmo continente, introduzindo-lhe alguma prata industriosamente de que resultou tirar-se na Casa da Moeda em Portugal alguma porção de prata de cinco pedras que foram com as mais, mandando S. M. que o sr. D. João de Alencastro mandasse pessoa de confiança a examinar se as minas de onde tinham saído aquelas amostras eram verdadeiras e seriam de rendimentos, para a cuja diligência me nomeou o mesmo senhor, e porque então me achava sem inteligência alguma de minas, procurei instruir-me na especulativa e pratica dos exames dos metais com João Alvares Coutinho, um velho que vivia na Bahia defronte de São Pedro, o qual tinha assistido muitos anos nas índias de Espanha, nas casas de fundição de prata.

E este velho me despersuadiu que não fosse a Itabaiana, porquanto ele havia morado alguns anos na cidade de Sergipe d´El Rei, seis léguas distantes de Itabaiana, e que ouvindo falar na prata dela, fora por sua curiosidade ver os serrotes das minas e que o sr. Roque da Costa tinha-o obrigado a acompanhar a D. Rodrigo de Castello Branco e o ajudar a examinar aquela mina em que só acharam os referidos criadeiros com alguns indícios de pouca prata que ai havia, acrescentando que, pela experiência que tinha e sabia das minas, a prata se não criava senão de quarenta léguas afastadas do mar para o sertão, e que assim me dava de parecer que a buscasse mais ao sertão e que me não confiasse com a de Itabaiana. [Páginas 377, 378 e 379]

Disse-me também que Francisco Dias, o velho, fora a Jacobina com este roteiro, que com ele correram toda aquela parte da Jacobina, que então estava descoberta e que não averiguaram. Foi segunda vez com o mesmo roteiro o padre Antonio Pereira e com ele fizeram a mesma diligência e passaram a Jacobina Nova e que não acharam nada mais e que o dito padre lhe deixara então o roteiro para ele e seus irmãos com mais vagar e maior diligência o averiguassem, o que ele e seus irmãos tinham feito, sem que tivessem encontrado sinais dele.

- Disse-lhe eu então que, se ele e seus irmãos, o padre Antonio Pereira e Francisco Dias, o velho, lhe tinham feito tantas diligências sem proveito, que mal podia eu encontrar aquele lugar, indo ali de passagem e sem conhecimento algum daquele país. Declarou-me então o dito João Calhela, que ele e Francisco Dias e o padre Antonio Pereira era verdade que tinham feito exatas diligências, mas que havia poucos anos que os principais nativos velhos lhe tinham declarado que aquela não era a serra de Jacobina eram as serras de Sapucaya distantes daquelas mais de trinta léguas, e que os brancos tinham corrompido genericamente o nome de Jacobina por todas aquelas serras e que como eles tinham procurado o roteiro naquele continente da povoação da Jacobina, não podiam acertar pelo não terem buscado naquela parte que diziam os nativos Payayaz, e que ele não fora averiguar por se achar muito decrépito e incapaz de sair de casa, como experimentei capacitando-o a ir me mostrar o rio Pindobussú donde me segurou havia ouro, mostrando-me uma memória que tinham no dedo tirado por uns carijós de João de Maya, que se tinham retirado de Sabarabussú quando mataram D. Rodrigo de Castello Branco. [Página 381]

(...) Daquela parte desci pelo São Francisco abaixo, e vim buscar á Itabaiana donde me dilatei três meses correndo todas aquelas serras e acabando-o com três barris de pólvora que lhe meti em uma mina que lhe fiz, donde, tirei quinze amostras que entreguei ao sr. D. João de Alencastro.

Nem por estas diligências fica perdendo o descobrimento de Belchior Dias a opinião no que toca a Itabaiana, porquanto em alguns dos seus ribeiros se tem achado ouro e o vigário de Itabaiana remeteu as amostras dele ao Sr Luiz Cesar de Menezes, governando este Estado, pedindo-lhe licença para romper aquelas minas, o que lhe não concedeu pela proibição que havia de S. M. [Página 382]

Quando de volta do Rio de Contas cheguei a Jacobina, me veio um sujeito a quem recomendei a diligência dizer que tinha descoberto uma das catas por um morro acima, cumprida e muito antiga e que levando-se o morro a escala, no fim dele se abrira uma mina ou buraco que ele segurava estava tapado com pedras arrumadas á mão e duvidando-lhe que eu podia enganar e ser aquela parte ruína ou tapada por algum desmancho do morro, e tornou asseverar que ele refletira com atenção e achar que fora artificialmente tapada. Como pelas cartas que recebi de V. Exa. não estive mais que oito dias em Jacobina, não pude ir examinar a dita cata ou mina velha que lá virá tempo em que se reconheça e examine.

Nas serras de Assuruá que abriram ao rio São Francisco muito ao sul de Jacobina Nova e da grande serra branca, se acham catas antigas que ja tradições foram feitas por Belchior Dias e é fama constante que nelas tirou prata e algumas pessoas viram já estas castas e o Capitão-Mór Damião Cosme me disse vira algumas, por serem hoje aquelas serras pasto de gado das fazendas de D. Joanna Cavalcante e o Capitão Antonio da Guerra que morou no sertão do Lagarto assegurava que tinha visto prata daquelas serras e me convidou a mim e ao donatário Manoel Garcia Pimentel para irmos a elas e que se obriga a mostrar os buracos da prata. É sem dúvida que nelas esteve Belchior Dias e que por ser a mesma serrania delas passou a do rio Verde onde dizem achou uma pedreira de esmeralda.

(..) São Pedro. 22 de novembro de 1725. Pedro Barbosa Leal. [Página 384]


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3° de fonte(s) [27079]
Fronteiras do sertão baiano: 1640-1750, 2010. Márcio Roberto Alves dos Santos
Data: 2010, ver ano (130 registros)

Em 1725, possivelmente atendendo a uma demanda do governador, Leal escreve uma longa carta a ele, na qual reporta as expedições de busca de minerais preciosos que já haviam percorrido o sertão da Bahia.246 Valendo-se de informações orais colhidas durante os seus trabalhos no sertão, Leal recua a sua exposição aos tempos da expedição malograda de Gabriel Soares de Sousa (1591).

Investiga também um antigo copiador de cartas do explorador Belchior Dias Moreia, que, como vimos, morrera sem revelar o resultado das suas pesquisas minerais no interior da Bahia. Menciona ainda, baseando-se na tradição oral, a informação de que “um paulista fulano de Cubas chegara ao Paramirim aonde descobrira um grande haver voltando para S. Paulo a convocar vários parentes e amigos”.

A segunda expedição organizada por Cubas, continua Leal, malograra, pois a tropa não chegara ao Paramirim. O sertanista parece desconhecer a época em se deu essa expedição do paulista Cubas, mas não há dúvida de que se trata da entrada organizada por Brás Cubas entre 1560 e 1561, que partiu de Santos e teria chegado pelo vale do São Francisco até a barra do afluente Paramirim.

Consta ainda, entre as muitas notícias incluídas nesse manuscrito de 19 laudas, a importante informação de que o nome “Jacobina” se referia, na realidade, a dois lugares diferentes. Segundo Leal, índios velhos lhe haviam declarado que a Jacobina em que o sertanista atuava não era o mesmo lugar que tinha esse nome na tradição oral indígena, localizado a 30 léguas da vila.

Essa carta não está assinada, mas, como vimos, é inegavelmente de autoria de Pedro Barbosa Leal. Da mesma forma um segundo documento, em 11 laudas, de assinatura ilegível, igualmente de 1725, em que o autor nos dá diversas evidências de se tratar também do sertanista baiano.248

A mais forte dessas evidências é a de que, segundo o autor, foi ele o responsável, por ordem do governo-geral, pelo estabelecimento das Minas do Rio das Contas e da Vila de Nossa Senhora do Livramento. Nessa carta, escrita quatro meses antes do primeiro documento analisado, Leal aborda elementos históricos e geográficos da ocupação da área central do sertão baiano e traça uma divisão territorial dessas regiões que me será.


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