' “Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) - 01/01/1639 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652)
1639. Há 385 anos
 Fontes (7)
O Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), no seu Tesouro, explica - y-ruguay - como sendo - o canal por onde vai a madre do rio. [“O Tupi na Geographia Nacional”, 1901. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937). Página 341]

Por seu turno, o Padre Montoya afirma que Araçoiaba não poderia ser senão uma junção modificada de "araçoeva" (aurora) e "m´bae" (fantasma). Achamos que não, por vários motivos. [Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Página 16]

Eu e meus companheiros vimos um caminho que tinha oito palmos de largura e naquele espaço nascia uma erva muito miúda... Corria este caminho por toda aquela terra e as pessoas o chamavam de Caminho de São Tomé.Mas se, em favor do Mairapé, bem se podia invocar o prodígio sobrenatural das suas origens, a obra incomparavelmente mais famosa do São Tomé mítico, no mesmo ramo de atividades, prende-se à abertura da grande estrada que, saindo da costa do Brasil, se alonga para o interior até ganhar o Paraguai nas vizinhanças de Assunção: a mesma que se fizera célebre com as entradas de Aleixo Garcia, Pero Lobo, Gabeza de Vaca e tantos aventureiros castelhanos e lusitanos durante os dois primeiros séculos da conquista. Chamavam-lhe os do lugar Peabiru e Piabiyu, por outro nome Caminho de São Tomé ou do Pay Zumé, que assim também era conhecido o misterioso personagem.

Na versão que da abertura dessa estrada nos conservou o Padre Antônio Ruiz de Montoya, da Companhia de Jesus, alude-se à fama corrente, em todo o Brasil, entre os moradores portu- gueses e os naturais que habitavam a terra firme, de como o santo apóstolo principiou a caminhar por terra desde a Ilha de São Vicente,

“em que hoje se vêem rastros, que manifestam esse princípio de caminho [...], nas pegadas que [...] deixou impressas numa grande penha, em frente à barra, que segundo publico testemunho se vêem no dia de hoje, a menos de um quarto de légua do povoado”. “Eu não as vi”, pondera o missionário, mas acrescenta que à distância de duzentas léguas da costa, terra adentro, distinguiram, ele e seus companheiros, um caminho ancho de oito palmos, e nesse espaço nascia certa erva muito miúda que, dos dois lados, crescia até quase meia vara, e ainda quando se queimassem aqueles campos, sempre nascia a erva e do mesmo modo. “Corre este caminho”, diz mais, “por toda aquela terra, e certificaram-se alguns portugueses que corre muito seguido desde o Brasil, e que comumente lhe chamam o caminho de São Tomé, ao passo que nós tivemos a mesma relação dos índios de nossa espiritual conquista.”

Na própria cidade de Assunção existia um penedo onde se distinguiam duas pegadas humanas, não de homem descalço, porém a modo de sandálias, impressas na mesma pedra. A planta esquerda, diz Montoya, adiantava-sc à direita, como de alguém que fizesse força ou finca-pé, e a tradição corrente entre os índios pretendia que daquela penha pregava o apóstolo aos gentios. As histórias divulgadas em toda a América Portuguesa de revoltas dos naturàis e perseguições padecidas por São Tomé também alcançaram aqueles lugares. Segundo certificou o Dr. Lourenço de Mendoza, prelado de Assunção, em depoimento onde se trata dos ditos vestígios, era crença ali, entre os naturais, que devido a maus tratos infligidos ao santo pelos antepassados deles, passaram as raízes de mandioca, dádiva sua, que de início Largamente se ocupa Montoya no esmiuçar suas possíveis origens. A altura, de quase duas varas, a espessura, antes de lavrada, porque depois ainda era de um palmo, e além disso o seu grande peso, tamanho que, levada metade dela a Chuquisaca, a custo a transportaram duas mulas, e jogadas algumas partículas à água, foram logo ao fundo - em contraste com o que diz Techo -, fariam duvidar que a madeira tivesse ido a Carabuco do Paraguai ou do Peru ou que o santo levasse carga de tais distancias. De qualquer modo parecia-lhe quase certo que teria sido transportada de muito longe, e que a não fez em Carabuco, pois toda aquela comarca é falta não só de madeira de proveito para qualquer lavor, mas até mesmo de paus para lenha comum. E além de faltar madeira aproveitável na região de Carabuco, ignora-se em toda a terra do Peru que haja nela semelhante essência, tão pesada e olorosa, e daquela qualidade e cor, de onde se pode ter por coisa assente que havia de ter ido muito longe. Que o mesmo sucede no próprio Paraguai, certifica-o, por outro lado, Montoya, alegando que nos quase trinta anos em que ele e os seus andavam naquela província, à busca de índios gentios, jamais lhes chegou notícia de coisa parecida. Como tives- se em seu poder um pedaço desse milagroso madeiro, com teste- munho certo, e fizesse muitos cotejos, pudera, afinal, verificar que fora aquela cruz de São Tomé fabricada de uma árvore existente no Brasil, a que os naturais chamavam jacarandá e os espanhóis pau-santo, de que se faziam coisas mui curiosas, por isso que remedava o ébano. Viu, dessa forma, que eram ambas da mesma espécie, e assim o afirmavam os práticos e os que fizeram experiências, comparando a cor de ambas, a fragrância e muito especialmente o peso, pois também o jacarandá, por minúsculas que sejam as partículas usadas, vai logo ao fundo se posto em água. De onde se poderia coligir que São Tomé fabricou a cruz de Carabuco no Brasil e deu início à sua pregação nesta parte do mundo, comuni- cando a toda a espécie da tal madeira as virtudes que a experiên- cia ensinava para a saúde humana, porque, bebida a água onde ela fosse deixada em cozimento, dava os melhores resultados, principalmente nos casos de disenteria, e é a causa de terem dado ao jacarandá o nome de pau-santo. Ainda que na América Lusitana o símbolo cristão não andasse, na aparência, associado às histórias indígenas de São Tomé, todas essas razões servem ao autor da Conquista Espiritual para abono de sua tese das origens brasileiras da cruz que o apósto- lo chantou na beira do Titicaca. E é possível que o confirmasse ainda mais nessa crença o que haveria de milagre no transporte, sobre tão larga distância, de tão maravilhoso lenho, pois, indife- rente ao seu peso extraordinário, não duvidara o discípulo de Jesus em levá-la consigo num percurso de mais de mil e duzentas léguas 2 *. E àqueles que, imitando a seu modo o próprio São Tomé, pusessem em dúvida tão alto prodígio, já que três cavalos mal poderiam puxar semelhante madeiro, quanto mais um homem sozinho, mostra Nicolas dei Techo que não fora esse o único milagre da mesma natureza devido ao apóstolo dos gentios: “Com efeito”, diz, recordando um testemunho do padre Osório, “existe em Me- liapor, onde jaz enterrado São Tomé, um tronco de árvore mira- culosamente levado pelo apóstolo, e tamanho que o não poderiam arrastar muitas parelhas de bois ou elefantes” 20 . Por esse aspecto ainda parece o São Tomé americano estreitamente ligado ao protótipo da Ásia. E o testemunho do Padre Osório, invocado por Nicolau de Trecho, bem merece ser posto em confrontação com as versõe

1° de fonte(s) [22014]
Envio de Diogo Leite
Data: 1 de fevereiro de 1531, ver ano (30 registros)



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2° de fonte(s) [21917]
“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Data: 1901, ver ano (41 registros)



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3° de fonte(s) [27918]
Revista Histórica do Museu Nacional de Montevidéu*
Data: 1 de março de 1956, ver ano (60 registros)



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4° de fonte(s) [28788]
A Legenda de São Tomé no Brasil e nas Américas. Carlos Sodré Lanna, catolicismo.com.br*
Data: 1 de fevereiro de 1993, ver ano (82 registros)

O padre Antonio Ruiz de Montoya, missionário no Paraguai, conta um episódio interessante em seu livro, escrito em 1639, quando de sua chegada a uma aldeia indígena daquele país, ostentando uma cruz. Foi recebido com demonstração de amor, danças e júbilo. As mulheres foram recebê-lo com as crianças ao colo; os habitantes lhe ofereciam comida, coisa que nunca antes havia ocorrido. Os índios contaram-lhe então uma tradição antiquíssima recebida dos antepassados. Quando São Tomé, que chamavam de Pai Zumé, fez sua passagem por aquelas terras, dissera-lhes estas palavras: “A doutrina que eu agora vos prego, perdê-la-eis com o tempo. Mas, quando depois de muito tempo, vierem uns sacerdotes sucessores meus, que trouxerem cruzes como eu trago, ouvirão os vossos descendentes esta mesma doutrina que vos ensino”.


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5° de fonte(s) [24428]
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
Data: 2008, ver ano (71 registros)

A ligação do litoral do Rio de Janeiro com o planalto de Piratininga foi assinalada por Montoya, quando descreveu a vila de São Paulo, com suas comunicações terrestres, sendo que um caminho vinha “desde o rio Ginero, abrindo-se um trecho de mato, mas isso repugna muito aos de São Paulo”. Certamente era o trecho que atravessava a Serra do Mar, na forte súbita da Serra das Araras. [Conquista espiritual..., [1639] 1985, p. 125.]


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6° de fonte(s) [28051]
O ITINERÁRIO DAS APARIÇÕES. AYVU RAPYTA E A PALAVRA DE LEÓN CADOGAN.
Data: 2014, ver ano (136 registros)

Quando li Nimuendaju – recorda Cadogan – já me dedicava como hobby ao estudo dos Mbya, e sabia que ‘yryvovõ’ significava oposto de um curso d’água e serve de ponte para cruzá-lo. Já havia descoberto, também, que a palavra figura no clássico ‘Tesoro de la lengua guarani’ do P. Antonio Ruiz Montoya, S.J., mas escondida entre as centenas de derivados da palavra (agua) que enumera o ilustre linguista, motivo pelo qual o havia escapado a Nimuendaju (Tilas, III, Strasbourg, 1963).


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7° de fonte(s) [27978]
“A arquitetura na reprodução da memória: o caminho de Peabiru”. A...
Data: 2017, ver ano (145 registros)



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