' Por terem matado Domingos Grou - 07/07/1590 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Por terem matado Domingos Grou
7 de julho de 1590, sábado. Há 434 anos
Se ajuntaram em câmara os oficiais dela, Afonso Sardinha e Fernão Dias, vereadores, e Sebastião Leme, Fernão Dias Juiz e o procurador do conselho Jerônimo Maciel, para assentarem coisas e bem da república e assentaram o seguinte, despacharão uma petição de Jerônimo Fernandes e lhe acrescentaram a carne maio real mais por falta de gado e por estar muito magro e assim requereu o dito procurador do conselho que em nome do povo lhes requeria que eles requeressem ao senhor capitão Jerônimo Leitão que ele fizesse guerra contra os nativos do sertão porquanto eles vieram contra nós a guerra e se ajuntaram de todas as aldeias do sertão desta capitania tendo primeiro morto três ou quatro homens brancos e nativos espiões e botaram fama que tinham morto a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou com todos seus companheiros que seriam por todos os brancos perto de cinquenta homens, e com esta fama de terem mortos estes brancos se ajuntaram e viram com grande guerra e puseram esta capitania com aperto e em ponto de se perder e mataram três homens brancos e feriram outros muitos e mataram muitos escravizados e escravizadas e nativos e nativas expiões e destruíram muitas fazendas de brancos como de nativos e queimaram igrejas e quebraram a imagem de Nossa Senhora do Rosário dos Pinheiros e fizeram outros delitos por quanto mereciam gravemente castigo e que porquanto eles eram vizinhos e estavam amigos conosco e eram nossos compadres e se comunicavam conosco quando de nossos regastes e amizades e isto de muitos anos a esta parte e sem lhe fazermos nenhum mal eles mataram brancos e se levantaram contra nos e nos fizeram tanto mal se lhe não derem o castigo que merecem com muitas brevidade se poderia disso resultar muito dano a esta capitania e estava em risco de se despovoar esta vila e a capitania ficar em aperto e em balanço de se perder e que ele dito capitão podia fazer justamente esta guerra porquanto eles deram ocasião licita para isso e aguardam a dar conta ao senhor governador ou governadores na dilação se podia recrescer mais males e se espalharia a gente e os inimigos se reformariam outra vez e ajuntariam mais gente e tornariam com maior ímpeto e guerra por estarem muito perto e ser gente bárbara e usada na guerra e andarão aos saltos como nos tem ameaçado que farão dizendo que em nos acabarão nesta capitania, haviam de ir ao Rio de Janeiro e acorrer ao Rio de Janeiro e as mais partes dessa capitania, digo consta dizendo que haviam de dar o capitão e os padres aos inglês e fazem com eles pazes e trato. [Atas da Câmara da cidade de São Paulo (07.07.1590) páginas 403, 404 e 405]

1° de 7 fonte(s) [21222]
Luis Eannes depôs no “Processo Informativo de S. Paulo para a beatificação do Padre José de Anchieta”
Data: 11 de abril de 1622, ver ano (27 registros)

Luís Anes (ouvido a 11 de abril de 1622), o moço, natural de São Paulo, com cerca de 50 anos de idade, agricultor, filho de Luís Anes e de Guiomar Rodrigues. Conheceu bem ao Padre Anchieta, que viu algumas vezes em São Paulo. Discorreu sobre profecias que ele fez sobre seu pai, Luís Anes, o velho e sobre seu avô paterno Domingos Luís, o Grou. Sua mãe, Guiomar, e sua avó Maria da Pena, estavam vestidas de luto, quando as visitou Anchieta e lhe disse que se enlutaram antes da hora: “vivem ainda, a misericórdia de Deus é grande, rezem por ele, pois ainda estão entre os vivos, quanto à sua volta nada prometo”. [Depoimento de Luís Anes, 11.04.1622. Qualificação e depoimentos das testemunhas nos processos Anchietanos mais antigos. Página 26. Revista da ASBRAP nº 3. Hélio Abranches Viotti, S.J.]


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2° de 7 fonte(s) [21223]
Mateus Luís Grou filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña
Data: 11 de outubro de 1627, ver ano (51 registros)

Mateus Luís Grou (ouvido a 11 de outubro de 1627), natural de São Paulo, com cerca de 50 anos de idade, filho de Domingos Luís Grou e de Maria da Peña. Sendo rapaz, foi seu discípulo na escola e o acompanhou muitas vezes. Vindo Anchieta por visitador, fora visitar no Ibirapuera a casa de Clemente Álvares, que recebeu em sua casa e sítio o dito padre. Com sua chegada as flores de hortelã floresceram, não tendo flor nenhuma.

Ele testemunha, junto com os mais moços da escola, foram ver. Outro caso narrado foi o de seu pai e demais companheiros que estavam no sertão em uma jornada, sendo tidos e havidos por mortos e se lhes fazia inventário de suas fazendas, por haver 7 anos que lá andavam, apartados desta vila. Do púlpito da igreja, Anchieta disse para não fazerem os inventários de Domingos Luís Grou e de seus companheiros, porquanto todos estavam vivos e somente lhes faltava uma passagem para passarem, a qual passagem suposto que o dito padre a não declarou, entenderam ser um encontro que tiveram no caminho com o gentio. Ouviu dizer a Estevão Ribeiro, o velho, o caso do breviário que lhe faltou na vila de Nossa Senhora da Conceição [Depoimento de Mateus Luís Grou, 11.10.1627. Qualificação e depoimentos das testemunhas nos processos Anchietanos mais antigos. Página 26. Revista da ASBRAP nº 3. Hélio Abranches Viotti, S.J.]


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3° de 7 fonte(s) [24309]
“No dia de São Paulo”. Jornal Correio Paulistano/SP, página 5
Data: 25 de janeiro de 1942, ver ano (89 registros)

Quanto ao Tatuapé, era o caminho das Minas Gerais. João Ramalho teve ali a sua sesmaria, a partir do Marco da Meia Légua. Ele e seu filho Antonio de Macedo - o que com Domingos Luiz Grou foi devorado numa das nossas primeiras e mais intrépidas expedições, - perlustraram a região centenas de vezes.


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4° de 7 fonte(s) [25788]
Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar
Data: 1997, ver ano (89 registros)

Em 7 de julho do mesmo ano, a Câmara recebeu notícias de que houvera um encontro nas cercanias, em que morreram 50 homens brancos e os nativos, proclamando seu valor e bravura, atreviam-se a vir até os arredores próximos, atacando fazendo e matando muitos brancos e escravizados. (...)


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5° de 7 fonte(s) [24428]
“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
Data: 2008, ver ano (71 registros)

O ataque temido ocorreu em junho desse ano de 90, desfechado pelo grupo do Vale do Paraíba. Segundo o relato dos camaristas, numa grande investida,

matarão três homeis brãquos e ferirão outros muitos e matarão muitos escravos e escravas e índios e índias xpãos [cristãos] e destruirão muitas fazendas asin de brãquos como de índios. 1399 (7.07.1590).

Nesta ofensiva, ocorreu um fato surpreendente: o ataque contra a igreja do aldeamento de Pinheiros, onde “quebrarão a imagem de nossa sr a do rozairo dos pinheiros”1400.

Vê-se que estes Tupi já haviam morado em Piratininga, pois a ata afirma que

herão nossos vezinhos e estavão amiguos connosquo e herão nossos compadres e se comoniquavão connosquo guozãdo de nossos resguates e amizades e isto de muitos annos a esta parte 1401.

Nesta ocasião, estavam em Piratininga os padres Pedro Soares, Leonardo do Vale, um grande tupinista, e Manuel Viegas, que ficou conhecido depois como “pai do Maromomi”, além dos Irmãos Antônio Ribeiro e António de Miranda1402. Serafim Leite afirma que este ataque somente ocorreu porque o Pe. Manuel Chaves, que grande ascendência tinha sobre os indígenas, havia morrido em janeiro daquele ano, não tendo tempo para impedir o conflito1403.

O fato de serem indígenas “compadres” dos portugueses e terem quebrado a imagem de Nosso Senhora, parece indicar, novamente, um conflito com indígenas que conviveram com a missão, trazendo um lado de revanche religiosa. Esta hipótese é provável, embora a documentação seja escassa, pois para o indígena, não há separação entre o religioso e o político.


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6° de 7 fonte(s) [25830]
Língua Portuguesa, língua Tupi e língua Geral: jesuítas, colonos e índios em São Paulo de Piratininga: o que entendiam, o que praticavam, o que conversavam, 2011. João Batista de Castro Júnior
Data: 2011, ver ano (130 registros)

Como o fidalgo genitor desse Pero de Góis, Antônio de Proença e seus pares monolíngues em português eram dos moradores que avaliavam bem a importância do papel dos línguas para a própria segurança da Vila, acossada por ameaças, reais e forjadas, de índios, especialmente do sertão.

Imiscuindo-se nele, podiam os sertanistas-línguas aquilatar o perigo ou pelo menos desenhá-lo para fins de montagem do discurso de uma guerra campal, como aquele registrado na sessão de 7 de julho de 1590, que justificava o ataque, pois, “para mais fundamento de tudo isto, se informaram de Baltasar Gonçalves e Francisco Preto, homens que foram nessa jornada e salto que se fez e que entendem bem o gentio”.

Mesmo envolvido por um cinturão de índios aldeados, escravizados e em estado de liberdade tribal pelos matos, muitos desses portugueses não aprendiam a língua tupi, pois não “andavam entre os gentios”, expressão que não se confunde com ir todos à guerra (Como se deu na ida ao Rio de Janeiro para a guerra empreendida por Salema: “toda a gente do povo estava ausente da Capitania com o capitão Jerônimo Leitão, que eram idos à guerra e não ficaram senão mulheres") ou integrar expedições que esvaziavam a Vila.

Nela, portanto, vigorava a necessidade política de línguas, quando não se montava uma comunicação sobre uma língua de emergência, pois a própria expressão política do lugar, a Câmara, se comportava com o que poderia ser interpretado como certa esquizoidia lusófona – se não fosse devidamente compreendida pela força do prestígio com que se via a própria institucionalização burocrática (...o [Página 51]

Símbolo do terror experimentado pelos índios, alguns deles orgulhosamente “botaram fama que tinham morto a Antônio de Macedo e Domingos Luís Grou” (ACSP, I, 388 e 403). O referendo das ações de Grou está na recepção que lhe foi dada quando de seu retorno do homizio em Anhembi, buscado por José de Anchieta: “causó esto grande alegria y edificacion en todo el pueblo”, diz a Historia de la fundacion del collegio del rio enero (1897[1575]: 127). “E bimbalhavam os sinos da Igreja de São Paulo, para o solene Te Deum pela vitória da cruz”, apraz-se em escrever Viotti (1980[1965]:167).

Outro sinal da aprovação social é fornecido pela sua própria nomeação como Procurador do Conselho (ACSP, I, 64-65 e 192), além da tranquilização de Anchieta, que inescondivelmente lhe votava inexplicável afeição, quando surgiu o primeiro comentário de que tinha perecido, conforme sessão de 7 de julho de 1590 (ACSP, I, 403): o jesuíta profetizou que estava vivo e pediu que “rezassem pelos expedicionários...”, escreve Viotti (1980[1965]:219). [Página 91]

Preto e Gonçalves foram importantes na montagem do discurso de justificação de uma guerra campal, na sessão de 7 de julho de 1590, a ser empreendida contra os seguintes “contrários” alocados em “Bairi (=Barueri)”:

“emxoa, mairaira, japoasabi, jetariba, aibaseru, asaguaseru, guiraguorini” (ACSP, I, 424). Escrevendo sobre esse trecho, Carlos Drumond, indaga: “Enxoás, Mairairas, Tapoaçabis, Tetaribas, Iabacerus, Açaguacerús, Cuikaguorimis. Grupos tupis? Não tupis? Não o sabemos” (1973:5). A aptidão de Francisco Preto e Baltasar Gonçalves como línguas torna claro tratar-se de índios da família linguística tupi-guarani. [Página 119]


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7° de 7 fonte(s) [24542]
“Os pais de Carapicuiba”, Alex Souza
Data: 18 de setembro de 2011, ver ano (130 registros)

Em 1590, juntamente com Antônio de Macedo e Marcuia, organizou uma bandeira de 50 brancos a atacou o gentio de Mogi e aí sofreu grande revés sendo trucidado com grande parte de sua gente. Os que sobraram foram mortos aqui perto de Carapicuíba, na barra do Parnaíba. Há alguma dúvida a respeito de haver Domingos Luiz Grou morrido nesse massacre.Não se tem certeza se Domingos Luiz, o Grou é o mesmo Domingos Luiz, o Carvoeiro. Domingos Luiz Grou foi tronco de grande família e deixou sete filhos conhecidos: Luiz Eanes, Antonio Luiz Grou, Mateus Grou, Domingos Luiz Grou, Hilária Luiz, Maria Luiz e Ana Luiz.


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