Com o início da malfadada guerra do Paraguai, em 1864, o Collegio do Lageado perde alguns dos seus professores, incluindo Adolpho Augusto Bassano, que mesmo com a elevação de seu cargo para a vice-diretoria do empreendimento, deixa o Lageado - 01/01/1864 de ( registros)
Com o início da malfadada guerra do Paraguai, em 1864, o Collegio do Lageado perde alguns dos seus professores, incluindo Adolpho Augusto Bassano, que mesmo com a elevação de seu cargo para a vice-diretoria do empreendimento, deixa o Lageado
1864. Há 160 anos
Mesmo com uma anuidade por volta dos 400$000 por aluno, estava difícil manter o LageadoNesse período de 1859 até 1864, o Collegio do Lageado adquiriu fama graças a excelente qualidade do seu currículo e do seu Diretor, o Professor Toledo, por outro lado com o início da malfadada guerra do Paraguai, em 1864, o Collegio do Lageado perde alguns dos seus professores, incluindo Adolpho Augusto Bassano, que mesmo com a elevação de seu cargo para a vice-diretoria do empreendimento, deixa o Lageado.
Tem início então uma série de problemas, de um lado as despesas de manutenção crescem dia-após-dia.26 Por que além dos gastos normais de pessoal e material, havia a necessidade cada vez mais imperiosa de amortizar as dividas contraídas por ocasião de criação do Collegio. Pois aquelas entidades e instituições e outros credores exigiam o pagamento imediato de juros e retorno de capitais.
Muitas dessas pessoas, cujos filhos já haviam passado pelo Lageado e agora cursavam as Escolas Superiores de Direito em São Paulo, Engenharia e Medicina no Rio de Janeiro, consideravam já terem esperado demais e as “entidades e instituições” ignoravam um dos maiores segredos do Collegio do Lageado – a instrução gratuita. Com os tempos cada vez mais complicados, a guerra no sul, muitos comerciantesescondiam as “burras” e deixavam de pagar as anuidades. [1]
Muitos pais também foram retirando seus filhos com receio do “voluntariado dogoverno”27 que laçava indistintamente nas zonas rurais as “buchas” que precisava para manter a guerra contra Rosas no Paraguai. Com esses alunos também deixava de entrar o numerário suficiente para manter funcionado o enorme Collegio do Lageado. O Professor Toledo na eminência de fecha o Collegio, mesmo contra sua vontade, se vê obrigado a enviar para suas casas os alunos gratuitos , cujos pais , não tratavam de retirá-los... Começara pobre, e ficara mais pobre ainda, pois endividado, não lhe restou outra saída senão a de oferecer aos seus credores o pouco que guardara.
O entusiasmo provocado pela propaganda a favor da guerra do Paraguai, também chegara ao Lageado, era geral em todo o país, dessa forma se alistam como voluntários: os professores Padre Francisco Albuquerque e Marcolino Ribas. Alguns alunos também se alistam e dentre eles José Pinheiro Machado e Bento Bicudo.
Como era comum o envio de escravos para a guerra, com a promessa de alforria, seguiu Joaquim Corésca de Fraga Neves, carioca, há muitos anos servia ao professor Toledo. Um outro de nome Francisco, cuja história é risível, trocara um paletó velho com um proprietário de terras em Campo Largo, com a condição de substituir o filho deste. Foi e voltou. Consta que anos depois tornara-se vendeiro de frutas no Itinga.[2]
Tomados de entusiasmo cívico e patriótico, muitos jovens que estudavam no Colégio do Lageado, do professor Toledo, alistaram-se como voluntários, dentre eles Pinheiro Machado e Bento Bicudo. Também do Colégio alistaram-se o agregado Joaquim Corésca de Fraga Neves, que, ao retornar da guerra, teve, durante muitos anos, um pequeno comércio no bairro de Ipanema doMeio, e o padre Francisco de Assunção Albuquerque. Seguiu, ainda, para a guerra o capitão Antônio de Mascarenhas Camello Júnior, que comandou a quinta Brigada da Cavalaria e participou de vários combates, sendo considerado um dosseus heróis. [3]