Povo Javaé tenta manter as raízes apesar das mudanças culturais
23 de setembro de 2015, quarta-feira. Há 9 anos
Há uma tribo chamada de Javaé com a presença de índios brancos. É uma das chamadas tribos esquecidas do amazonas cujo nome seria uma corruptela de Yavé, uma tribo de índios brancos que nunca tiveram contato com o branco e outros com feições totalmente diferente dos padrões indígenas.
Os javaé, assim como as carajás e os xambioá, são um dos poucos povos indígenas da antiga capitania de Goiás que sobreviveram às capturas chacinas de bandeirantes, das consequências dos aldeamentos, das epidemias trazidas pelos colonizadores e da crescente invasão dos seus territórios.
Os javaés habitam a região da ilha de bananal às margens do Rio javaés no estado de Tocantins. A palavbra "Javaé" não vem da língua falada por eles e não está em seu "dicionário". Se auto-denominam é o "povo do meio".
Membros da tribo do Javaé desde, tempos memoriais, ostentam uma tatuagem que simboliza o rito da religião semita da circuncisão. São índios que se separaram das suas tradições ancestrais e guarda um segredo sobre suas misteriosas origens.
Os Javaé permanecem mais isolados do que outros povos do interior da ilha de Bananal e na bacia do rio já é que eles habitam ainda como um mistério. Até o fim do século 19 seu contato com os não índios era feito por intermédio de outro, os carajás.
A Dtra. Jane Bichmacher de Glasman, autora do livro "Historia Secreta das Palavras", descobriu nas suas pesquisas que eles se auto-denominam o "povo de fora", seria uma referência à sua ascendência mítica primordial?
Os próprios javaé enfatizam bastante as diferenças e conseguem a si próprios como um grupo étnico único diferente dos seus vizinhos.
O arqueólogo e escritor Marcel F. Hamet declarou sobre as suas expedições a esse território que encontrou tribos que tinha uma aparência muito parecida com a semita, nariz aquilino e olhos claros os lados ou cinza. [1]
A TV Anhanguera apresenta esta semana uma série de reportagens sobre a preparação dos atletas e das etnias do Tocantins para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que serão disputados de 23 de outubro a 1º de novembro, em Palmas. As reportagens são sobre os povos Xerente, Karajás, Javaé e Krahô, apesar dos indígenas desta última etnia terem decidido não participar mais dos JMPI. Por outro lado, os Apinajés confirmaram participação esta semana e também terão a história contada pela emissora. Confira os vídeos:O Deus sol, adorado por civilizações milenares, é um símbolo sagrado para os índios da Ilha do Bananal. O caminho que o astro rei traça no céu desde a alvorada até o pôr do sol é compreendido pelos Javaé como a saga da própria vida. Está entre os extremos do nascimento e até da própria morte. Um ciclo que a natureza, ainda quase intacta da ilha, cumpre todos os dias. A história de um povo que está atrelado à ilha em que vive. Sem viver a lei dos brancos e sim a deles, a da sobrevivência. (Veja acima o vídeo exibido no Bom Dia Tocantins)O pequeno José Daniel, de 5 anos, é quem fica responsável por comandar uma das muitas embarcações. O menino do povo Javaé demonstra habilidade no comando do principal meio de transporte do lugar. "Meu pai me ensinou a conduzir o barco. Ele pesca e eu também já sei pescar."Na aldeia Canoana moram aproximadamente 800 índios da etnia Javaé. Não existe uma data exata de quando eles chegaram na Ilha do Bananal. Os últimos registros mostram que eles migraram do baixo Araguaia por volta do ano de 1500. Para a servidora pública, Antônia Javaé poder viver no lugar é um presente" A gente tem esse privilégio de morar aqui na beira do rio, porque existe facilidade da caça, da pesca. Tudo é mais fácil."Depois de longos períodos de mudanças, devido as invasões de território e aos confrontos com outras etnias, o povo conseguiu se fixar e foi garantindo a resistência ao tempo e as transformações da nova era da tecnologia.Os javaé têm a características de se organizarem em grandes famílias, que incluem genros e netos. A maioria é de pescadores, que sempre vivem do que o rio lhes oferece.Embora hoje tenham as casas permanentes em cima das barrancas do rio, durante o período da estiagem, os javaé passam a maior parte do tempo nas praias, pescando e coletando. Mas essa característica dos primitivos muitas vezes não agrada aos anciãos. "Eu fiquei sozinha aqui. O pessoal foi saindo", conta a lavradora Peresuarana JavaéUm grande destaque dos indígenas é a pintura corporal. A tinta, que é feita de genipapo e carvão, demora a deixar o corpo e normalmente marca quem recebe o registro. Um costume que acabou incentivando o homem branco a usar tatuagens, mais uma tradição repassada pelos indígenas. "Eu acho bem legal. Acho importante para não perder a cultura." diz a estudante Ana Carolina.EsporteDentro de uma tribo Javaé existem muitos contrastes. Uma civilização primitiva, que segundo os indigenistas, só começou a ter contato com os europeus há pouco mais de um século. A educação seja, cultural ou esportiva é sempre o grande sonho para muitos dos indígenas. A arma pacífica para se defender do que há de ruim das influências do homem branco. "Independente de avançar em tecnologia, a gente sempre tem que mostrar as raízes, a nossa cultura, que não pode ser deixada para trás," defende o estudante, Canari Javaé.CulturaOs índios Javaé vivem em uma única aldeia no Tocantins, na Ilha do Bananal, a maior ilha de água doce do mundo. Eles travam uma batalha constante para manter a cultura viva e não abrem mão de manter a língua mãe. (Veja abaixo o vídeo exibido no Jornal Anhanguera 1ª Edição)23/09/2015 12h16 - Atualizado em 23/09/2015 21h05Povo Javaé tenta manter as raízes apesar das mudanças culturaisO contato com os europeus só aconteceu há pouco mais de um século.A TV Anhanguera preparou um especial para mostrar a cultura da etnia.Do G1 TO, com informações da TV AnhangueraFACEBOOKA TV Anhanguera apresenta esta semana uma série de reportagens sobre a preparação dos atletas e das etnias do Tocantins para os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), que serão disputados de 23 de outubro a 1º de novembro, em Palmas. As reportagens são sobre os povos Xerente, Karajás, Javaé e Krahô, apesar dos indígenas desta última etnia terem decidido não participar mais dos JMPI. Por outro lado, os Apinajés confirmaram participação esta semana e também terão a história contada pela emissora. Confira os vídeos:O Deus sol, adorado por civilizações milenares, é um símbolo sagrado para os índios da Ilha do Bananal. O caminho que o astro rei traça no céu desde a alvorada até o pôr do sol é compreendido pelos Javaé como a saga da própria vida. Está entre os extremos do nascimento e até da própria morte. Um ciclo que a natureza, ainda quase intacta da ilha, cumpre todos os dias. A história de um povo que está atrelado à ilha em que vive. Sem viver a lei dos brancos e sim a deles, a da sobrevivência. (Veja acima o vídeo exibido no Bom Dia Tocantins)O pequeno José Daniel, de 5 anos, é quem fica responsável por comandar uma das muitas embarcações. O menino do povo Javaé demonstra habilidade no comando do principal meio de transporte do lugar. "Meu pai me ensinou a conduzir o barco. Ele pesca e eu também já sei pescar."Na aldeia Canoana moram aproximadamente 800 índios da etnia Javaé. Não existe uma data exata de quando eles chegaram na Ilha do Bananal. Os últimos registros mostram que eles migraram do baixo Araguaia por volta do ano de 1500. Para a servidora pública, Antônia Javaé poder viver no lugar é um presente" A gente tem esse privilégio de morar aqui na beira do rio, porque existe facilidade da caça, da pesca. Tudo é mais fácil."Javaés (Foto: Maykon Paiva )O povo javaé demonstra habilidade comembarcações desde muito cedo(Foto: Maykon Paiva/TV Anhanguera)Depois de longos períodos de mudanças, devido as invasões de território e aos confrontos com outras etnias, o povo conseguiu se fixar e foi garantindo a resistência ao tempo e as transformações da nova era da tecnologia.Os javaé têm a características de se organizarem em grandes famílias, que incluem genros e netos. A maioria é de pescadores, que sempre vivem do que o rio lhes oferece.Embora hoje tenham as casas permanentes em cima das barrancas do rio, durante o período da estiagem, os javaé passam a maior parte do tempo nas praias, pescando e coletando. Mas essa característica dos primitivos muitas vezes não agrada aos anciãos. "Eu fiquei sozinha aqui. O pessoal foi saindo", conta a lavradora Peresuarana JavaéUm grande destaque dos indígenas é a pintura corporal. A tinta, que é feita de genipapo e carvão, demora a deixar o corpo e normalmente marca quem recebe o registro. Um costume que acabou incentivando o homem branco a usar tatuagens, mais uma tradição repassada pelos indígenas. "Eu acho bem legal. Acho importante para não perder a cultura." diz a estudante Ana Carolina.EsporteDentro de uma tribo Javaé existem muitos contrastes. Uma civilização primitiva, que segundo os indigenistas, só começou a ter contato com os europeus há pouco mais de um século. A educação seja, cultural ou esportiva é sempre o grande sonho para muitos dos indígenas. A arma pacífica para se defender do que há de ruim das influências do homem branco. "Independente de avançar em tecnologia, a gente sempre tem que mostrar as raízes, a nossa cultura, que não pode ser deixada para trás," defende o estudante, Canari Javaé.CulturaOs índios Javaé vivem em uma única aldeia no Tocantins, na Ilha do Bananal, a maior ilha de água doce do mundo. Eles travam uma batalha constante para manter a cultura viva e não abrem mão de manter a língua mãe. (Veja abaixo o vídeo exibido no Jornal Anhanguera 1ª Edição)ConectadosMesmo isolado em uma ilha, o povo Javaé também não abre mão de ficar conectado com o mundo virtual. Um passo importante no processo de modernização dos indígenas foi a instalação de um centro de inclusão digital. "Está ajudando muito, até mesmo no sentido de guardar a nossa cultura", comenta o professor Edilson Javaé.