Subjetividade, Identidade e Geografia: o nascimento da Barra da Tijuca e o Cronos fusional (ou a "morte" da alteridade) (2016) WASHINGTON RAMOS DOS SANTOS JUNIOR p.1, 2 - 01/01/1585 de ( registros)
Subjetividade, Identidade e Geografia: o nascimento da Barra da Tijuca e o Cronos fusional (ou a "morte" da alteridade) (2016) WASHINGTON RAMOS DOS SANTOS JUNIOR p.1, 2
1 de janeiro de 1585, terça-feira. Há 439 anos
Tijuco é uma palavra portuguesa que se refere a “um lugar de solo mole,pantanoso; atoleiro, charco, pântano, lameiro” (HOUAISS, FRANCO & VILLAR, op.cit.: 2716). É uma palavra tupi e sua etimologia remete a lameiro ou charco, e “Nascentesregistra o tupi ti’yug ‘líquido podre, lama’, admitindo a mesma acp. para a f. tijuca; f.hist. 1585 tijugo, 1652 tijuco, 1899 tijuca” (loc. cit.). Tijuca, portanto, significa lama, oque explica a referência às áreas pantanosas a oeste do sítio central da cidade do Rio deJaneiro, nos primórdios de sua ocupação, conforme Brasil Gerson (2000: 347):[...] [n]a linguagem dos índios Tijuca significa terreno argiloso e lamacento, eao pé de suas montanhas e nas suas alturas não tardaram os primeiroscolonizadores a estabelecer-se com suas lavouras ou seus engenhos de açúcar,como foi o caso do Governador Salvador Correia de Sá ainda noQuinhentismo. Graças a ele os descendentes de Mem de Sá criaram nela um vasto Morgado3, que se estenderia até Jacarepaguá e arredores. Desmembradasessas terras e mais as dos jesuítas, toda a zona tijucana se encheu de chácaras[...].