A 30 de dezembro de 1681 já estava Fernão Dias Paesenterrado em S. Bento, dil-o positivamente o depoimento do Abbade Fr. Francisco da Conceição (A. M. e U., 2466). Depois de relatar os muitos beneíicios que fizera ao Mosteiro de S. Bento em S. Paulo, “dotando-o com sufficientes rendas, com que remediara a limitação em que viviam os. reli- giosos do dito convento”, declara que por causa destes servi- ços “e em gratificação de tão catholico beneficio os religiosos do dito convento o haviam acclamado benemerito padroeiro do mosteiro, hoje perpetuo deposito de seu cadaver.”Sepultura de Fernão Dias Paes 119 Nos livros da mordomia de S. Bento, no códice numero I do Archivo da Abbadia de S. Paulo vemos exactamente, emoutubro de 1681, lançada uma rubrica de despesas avultadas oom certas exequias. Ao passo que geralmente o Mosteiro gastava i$500 desepulchro (eça) e cera notamos ahi nada menos de seis milreis da primeira verba e quinze tostões da segunda. Tão grande este dispêndio que nem o mosteiro o pagoude uma só vez, tendo dado ao armador, João Alvares, quatromil reis de uma primeira prestação. Quem seria este defunto homenageado de modo tão excepcional? Para nós é indubitável que se traía de Fernão DiasPaes.Correram os annos e correram os séculos. O villarejo pi- ratiningano transformou-se na cidade paulopolitana. mas esta permaneceu, longamente, pequenina e pobrezinha.