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Real Fábrica de Ferro S. João do Ipanema
24 de março de 1949, quinta-feira. Há 75 anos
Em artigo publicado no « Estado de S. Paulos de 24-3-1949, intitulado "Real Fábrica de Ferro S. João do Ipanema", diz o Cônego Castanho, sob o pseudônimo de Aluisiode Almeida, que a referida Memória é da autoria de Martim Francisco Ribeiro de Andrada . Para essa afirmativa, baseia - se êle nas palavras do próprio Martim Francisco, em trabalho es tampado na Revista do Instituto Hist . e Geog. Brasileiro, tomo 45. ( Nota de A. F. Azevedo)

A comprovar este asserto vamos relatar um fato ocorrido com o mestre João de Oliveira Figueiredo ao serviço do triunvirato encabeçado por Domingos Ferreira Pereira. Foi isto entre 1768 e 1770. Depois de bons gastos feitos, dizem os cronistas da época, João de Oliveira não pôde mais atinar com a receita para a fusão do minério.

A situação da embrionária indústria ressalta emtoda a sua nitidez de um documento encontrado na Secretaria do Governo da Província e publicado na Revista doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 18, pág.244 e seguintes. Referindo -se às jazidas do Morro do29Ferro, eis o que, resumidamente, diz a memória emapreço, a qual não traz o nome do autor ( 6) :Não obstante a riqueza desta mina, os particulares que empreenderam a sua exploração tive ram perdas em vez de lucros, pelos defeitos do método usado na fusão do minério : estratificavam carvão e mineral depois de deustulado epilado, e, sem ajuntar fundente, entretinham ofogo por meio de foles. Depois de algum tempo,achavam o ferro reduzido a massa , que levavamaos malhos.Os fornos de que se serviam tinham 5 palmosde altura.Ora, este método, que é o dos Luquezes, só sepode aplicar às minas ricas e puras, em que o ferroestá nada ou quase nada alterado. Já não faloda pequena altura dos fornos, porque isto sópoderia caber na mente de homens ignorantes doofício, e que, parece, procuravam por gôsto aprópria ruína .Além disso, como não sabiam distinguir omineral rico e puro do pobre e impuro, dias houve de pura perda, pois era impossível fundir o mineralpobre e mais alterado sem o emprego de fundente.Daí resultava que um semelhante estabelecimento,dirigido por homens inábeis e ignorantes, deveriaforçosamente arruinar os empreendedores.Deste extrato se colhe que na fabricação do ferro,( 6) Em artigo publicado no « Estado de S. Paulos de 24-3-1949, intitulado « Real Fábrica de Ferro S. João

Real Fábrica de Ferro S. João do Ipanema
24 de março de 1949, quinta-feira (Há 75 anos)
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, diz o Cônego Castanho, sob o pseudônimo de Aluisiode Almeida, que a referida Memória é da autoria de Martim Francisco Ribeiro de Andrada . Para essa afirmativa, baseia - se êle nas palavras do próprio Martim Francisco, em trabalho es tampado na Revista do Instituto Hist . e Geog. Brasileiro, tomo 45. ( Nota de A. F. Azevedo) .

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