' Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa - 14/07/1989 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
Registros (75)Cidades (21)Pessoas (30)Temas (82)


c
Referências e teorias sobre o nome Itapocu. Correio do Povo, de Jaraguá do Sul. José Alberto Barbosa
14 de julho de 1989, sexta-feira. Há 35 anos
O rio Itapocú, além da importância histórica, oferece um problema toponímico e geográfico.

O rio Itapocu assume grande importância histórica, particularmente para catarinenses e paranaenses. Já nos tempos pré-colombianos, era importante ramal do afamado e perlustrado caminho nativo do Peabiru. Com a vinda dos povos brancos, lusos e espanhóis, o Itapocu tornou-se logo uma das preferidas todas de acesso por terra do nosso litoral a Assunção do Paraguai e vice-versa. Pelo Itapocu entraram e saíram aventureiros, bandeirantes, viajantes, colonos, padres, nativos. A empreitada mais afamada, foi a expedição, em 1541, do Adelantado espanhol D. Álvares Nuñez Cabeza ded Vaca e sua enorme comitiva, logo após haver, em nome da Espanha, tomado posse da Ilha de Santa Catarina.

Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
29 de março de 1541, sábado (Há 483 anos)
 Fontes (12)

Entrementes, enquanto por aqui a frota esteve, seu piloto-mor João Sanches, natural de Biscaia, registrou para o rio o nome Itapocú (que Cabeza de Vaca anotou Itabucu). Deixou-nos a respeito afamada Carta-descrição relatanto tal visita. E Sanches traduziu o nome por Pedra Alta. A tradução todavia, é incompatível com o rio.

Cabeza de Vaca parte da foz do Itapocú
29 de novembro de 1541, sábado (Há 483 anos)
 Fontes (11)

De qualquer forma o registro de João Sanches para o nome Itapucu e o de Cabeza de Vaca para a forma Itabucu (nasalização daquela) tem especial importância face a sua antiguidade, pois estiveram na foz do Itapocu em 1541, quatro décadas apenas a contar da descoberta do Brasil. E é notável que, mesmo com algumas variações registradas, o nome se manteve através dos séculos. [p. 9]

Ytapucu também serve para a designação daquela mesma língua de pedra que o rio rompeu, pois compreende também a tradução por rocha comprida, rocha alongada. [p. 10]

(Itapocu) Lembrando também a cachoeira, diga signficar "itá", pedra, poc. estalar e ú, grande ou seja pedra (onde a água) estrondeia grandemente. [p. 11]

Ainda outra construção: "Ytá" (pedra rocha) mais "poca" (fender, rachar: fendida, rachada; estrondo, barulho) mais "ro" (ruir, cair, de "roara") mais "y" (rio, água), portanto, rio que faz ruir a rocha, fendida, rio que faz ruir rachando a pedra.

Pode haver correlacionamento com "Itapicuru". Deve provir de "Itapecuru", no qual "itape" é forma apócope de "itapeba" (pedra plana, pedra chata).

Muito já se escreveu sobre o Peabiru. Dele diz, por exemplo, Romário Martins (1874-1948):

"Chamavam os nativos Peabiru a um caminho pré-colombiano que se estendia por mais de 200 léguas, da costa de São Vicente ao rio Paraná, atravessando os rios Tibagi, Ivaí e Piquiri, por onde os povos nativos se comunicavam com o mar e com as regiões mais distantes do ocidente. Ao poente do Paraná o caminho prosseguia, atingindo o Perú e a costa do Pacífico."

Em seguida, arrola numerosas pessoas e expedições que se utilizaram do caminho do Peabiru, indo por ele em várias direções: Cabeza de Vaca e comitiva (1541); Joahnn Ferdinando, de Assunção para Santa Catarina (1549); os campanheiros de Hans Staden em toda para Assunção (1551); Ulrich Schmidel (em 1553) do Paraguai para São Vicente; o Pe. Leonardo Nunes; os irmãos Pedro Correia e João de Souza, Mártires pacificadores dos carijós; Juan de Salazar Espinosa, Cipirano de Góés e Ruy Diaz Melgarejo (1556) com algumas senhoras e soldados; Diogo Nunes viajando para Paraguai e Peru; Braz Cubas e Luiz Martins (1562).

E diz: "tudo isso antes, e depois de haver Tomé de Souza em 1552, mandado obstruir o caminho que da costa de Santa Catarina ia ter ao rio da Prata (Assunção) e que era um dos ramos da linha tronco de Peabirú". Esse roteiro fechado inutilmente por Tomé de Souza é o da subida ao planalto a partir do Itapocu. Antigo caminho nativo. [Página 15]

Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
27882 registros, 14,578% de 191.260 (meta mínima)
655 cidades
3223 pessoas
temas

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP