Nascimento em 1577 de Domingos, irmão de Balthazar Fernandes Era filho de Manoel Fernandes e Suzana Dias, fundadora de Santana de Parnaíba. Com seu irmão de André Fernandes, em 1602 participou da bandeira de Nicolau Barreto a Guairá. (Genealogia Paulistana Título Fernandes Povoadores)
Para alguns aplicativos especializados em genealogia, como o MyHeritage, Balthazar Fernandes nasceu em 2 de abril de 1577, em Santa Ana de Parnaíba, São Paulo, Brasil e tive um filho do mesmo nome.
O historiador Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) o chama Balthazar Fernandes Ramos [25206] e Otto Wey Netto, professor, advogado e Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano, Balthazar Fernandes Mourão [23788].
Mas em 2 de Setembro de 1634, quando faleceu sua mãe, Suzana Dias, Juan de Campo y Medina, redigiu, em puro castelhano [28325], o termo de testamenteiro a favor de Baltazar Fernandes Alvarenga em Santa Ana de Parnaíba [25357], também sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. [24604]
"Muitos paraguaios do Guairá, alguns dos quais vão aparecer pouco depois metidos no episódio da clamação de Amador Bueno. Característico, por exemplo, é o caso do beneditino Juan de Ocampo y Medina, que tendo sido vigário de Vila Rica do Espírito Santo antes de 1632, ano em que a destruiriam os paulistas, aparece em 1633 como vigário de Sant´Ana de Parnaíba, em São Paulo. Ainda não tivera tempo de aprender português, pois escreve em castelhano no inventário de Suzana Dias, mãe de André, Domingos e Baltazar Fernandes. Nem era necessário a rigor esse aprendizado, pois se faria entender dos seus fregueses recorrendo a língua geral da terra que, com pouca diferença, era a mesma em São Paulo, no Guairá, e em todo o Paraguai castelhano." [28327]
7 de Setembro de 1634: “Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamentário de sua falecida mãe que Deus nos deixou, no sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos” [26352]
Em outra ocasião, tão logo publiquei o livro "Os Espanhóis", recebi um bilhete de um descendente de espanhol que, indignado, solicitava a correção de uma informação por mim publicada. Observava ele: "página 45, onde se lê Balthazar Fernandes era filho de portugueses, leia-se: filho de espanhóis". Como prova da sua afirmação, apontava o monumento dedicado ao fundador Balthazar Fernandes, defronte ao Mosteiro de São Bento, uma doação da colônia espanhola de Sorocaba, em 1954, por ocasião do terceiro centenário da cidade.
(...) A nossa história, oficial e acadêmica, trabalha com probabilidades, quando se trata de Balthazar Fernandes. Aliás, nem se sabe ao certo a grafia do seu nome, se é Baltasar ou Baltesar, se é Balthazar ou Balthezar, tal é a diversidade das informações contidas nos documentos. Apesar do "fundador" de Sorocaba ter sido um cidadão ilustre, na sua época, nem se sabe quando ele nasceu, nem o dia nem o ano, como também não se sabe quando ele morreu.
Não se sabe, com certeza, quando ele se casou, nem a primeira e nem a segunda vez. Sempre as datas são acompanhadas do clássico "por volta de". Também, não se sabe se a sua primeira filha, única do primeiro casamento, Maria de Torales, era sua filha biológica ou adotiva.
E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]
O que me surpreende é a falta de informações documentadas sobre o local e a data de nascimento e morte de Baltazar Fernandes, sendo ele um personagem de importância social, política e, economicamente ativo, da história de São Paulo. Contudo, as informações divergem de autor para autor e são sempre imprecisas. Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. Morreu antes de 1667; mas, seguramente, depois do ano de 1662, após ter conseguido o documento de elevação de Sorocaba a Vila. Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.
Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [21288]