O bairro do Éden faz parte de uma das regiões que mais cresceram em Sorocaba nos últimos anos, sobretudo por conta de instalações industriais. A história daquele bairro, que antes não passava de um pequeno agrupamento rural chamado Pirajibu do Meio, tem a particularidade de ter se desenvolvido inicialmente após uma intervenção do Estado.A região tinha muitas áreas devolutas, pertencentes ao governo estadual, que foram doadas a pequenos agricultores em 1949, durante o segundo governo de Adhemar de Barros, o primeiro em que foi conduzido ao cargo por meio de eleições. Antes havia sido interventor em São Paulo, de 1938 a 1941, nomeado por Getúlio Vargas durante o Estado Novo.O nome do novo bairro é uma homenagem à esposa do deputado estadual Antonio Sílvio da Cunha Bueno, que trabalhou pela doação de terras para os agricultores, chamada Edey.O núcleo habitacional continuou com crescimento modesto e com economia baseada na agricultura das pequenas propriedades até que a Prefeitura de Sorocaba, após o desmembramento de Votorantim, sua grande fonte de arrecadação por conta das empresas do grupo do mesmo nome, criou um novo zoneamento com o objetivo de atrair empresas para a cidade. Criou também a Comissão Municipal de Desenvolvimento Industrial, presidida por Laelso Rodrigues, que conseguiu atrair algumas das principais indústrias do País em um momento que muitas fábricas planejavam deixar São Paulo e cidades da região metropolitana da Capital, para se fixar e poder crescer no interior do Estado. O resultado foi uma pujante zona industrial que recolocou Sorocaba entre as cidades mais industrializadas do Estado e proporcionou seu crescimento vertiginoso nas últimas décadas.O bairro do Éden conta com mais de 60 mil moradores. O crescimento rápido, a existência de várias empresas, o grande potencial de arrecadação e a atenção nem sempre proporcional do poder público para com aquela região, já levou parte dos moradores, em mais de uma ocasião, a pensar em emancipação política, com a criação de um novo município. O Instituto de Geografia e Cartografia (IGC), responsável pela análise do processo, deu parecer desfavorável ao desmembramento daquela região, baseado principalmente em não apresentar distância suficiente entre seu perímetro urbano e o município de origem, no caso a malha urbana de Sorocaba.