Outra tradição de origem colonial diz respeito a certa estátua, encontrada na Ilha dos Corvos (Açores), cujo folclore sobreviveu até o séc. XVIII, em forma literária ou poética.
Segundo Damião de Góes, em sua "Chronica do Principe D. João III (1567), durante o reinado de D. Manuel, navegadores em incursão pela mencionada ilha descobriram, no cume de uma serra, uma imensa estátua de um homem vestido de bedém (túnica mourisca), sem barrete, com o braço estendido e a mão apontando para o poente.
Abaixo da estátua foram ainda avistadas inscrições misteriosas, sem possibilidades de tradução.
Já o poema Ca ra mu ru, de José de Santa Rita Durão (1781), também men c i onou a célebre estátua: “E na ilha do Corvo, de alto pico (...) Onde acena o país do metal rico (...) Vo l tado estava ás partes do occidente, d’onde o aureo Brazil mostrava a dedo”.
Na cidade perdida da Bahia também ex i s ti ria uma estátua central, cujo braço esten d i do apontava o dedo para o norte, com certas inscrições indecifráveis no mesmo local. Percebemos com essas duas tradições que o autor do manuscri to estava perpetuando um folclore mais antigos, incorpo-rado ao universo dos bandeirantes e ex p l oradore s . Mas os el em en tos da ar-qu eo l ogia setecen tista foram mu i to mais determ i n a n tes na estrutu ra do tex-to, como já mencionamos.A de s coberta e escavação de