Depois de ligeiros concertos na ponte do Camanducaia, partiu a força do pouso ás 8:30 da manhã, transpondo logo depois o rio sobre a referida ponte, a qual tem o comprimento de 150 palmos e 21 de largura, e se acha em mal estado.O origem do rio é na serra de Mogi-assú, recebendo pouco adiante dela as águas do Jaguay: a sua largura no lugar de passagem é de 60 palmos; a velocidade de 3 palmos por segundo,modificada nas imediações da ponte por barreiras naturais de pedra; as margens são irregulares e escarpadas: o leito pedregoso.O curso encachoeirado impede a navegação, e a sua profundidade não permite passagem a vão, nem mesmo em tempo de seca.A 3/4 do pouso atravessamos a extensa e bela planício limitada pelo rio dos Couros, chamado Campo de "volta da mata", a qual tem uma largura. Lindos capões de vegetação luxiriante á direita orlam o campo com disposições pitorescas, e em longiquos horizontes divisa-se uma cintura contínua de mata virgem.Desse ponto em adiante a estrada, que antes era de declives mais ou menos pronunciados, torna-se plana com leito arenoso e favorável á rodagem:entretanto a superfície viável é sulcada de regos originados pelo transito de carros e pelas águas pluviais,e por isso torna difícil o transporte por tração. A largura média é de 40 palmos. Chegou a força ás 10:30 horas da manhã, ao Pirapitinguy, acompando perto do ribeirão do mesmo nome.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro