Capítulo 4 - Independência ou Morte Brasil - A Última Cruzada, youtube.com
21 de dezembro de 2017, quinta-feira. Há 7 anos
é uma carta a um tanto comovente é de restabelecimento de amizade que ele disse que não conhece nenhum cidadão1:10:40mais honrado nenhuma spataro otta e mais sábio do que josé bonifácio e que ele1:10:48nunca encontraria paz é e tranquilidade1:10:53de almas e josé bonifácio negasse o pedido do último pedido que ele tinha por um velho amigo que era de que ele1:10:59fosse o tutor do pedro do pedrinho pedro 2º senhor a carta de vossa majestadeveio servir como um pequeno lenitivo ao meu aflito coração pois vejo que apesarde tudo a vossa majestade ainda confia na minha honra e pequenos talentos paracuidar da tutoria e educação do seu augusto filho o senhor dom pedro 2º
Segue o conteúdo da emblemática carta de José Bonifácio:
Senhor, as cortes ordenaram a minha prisão por obediência a vossa alteza, e no seu ódio imenso de perseguição atingiram também aquele que preza em voz servir com lealdade e a dedicação do mais fiel amigo e súdito.
O momento não comporta mais delongas ou condescendências, a revolução já está preparada para o dia de sua partida; se parte, temos a revolução no Brasil contra Portugal, e Portugal, atualmente não tem recursos para subjugar um levante que é preparado publicamente para não dizer quase visivelmente.
Se fica, tem vossa alteza contra si o povo de Portugal, a vingança das cortes, e direi até, a deserdação que dizem já estar combinada.
Ministro fiel que arrisquei tudo por minha pátria e pelo meu príncipe, servo obedientíssimo do senhor Dom João VI que as cortes tem na sua detestável coação; Eu como ministro, aconselho a vossa alteza, que fique e faça do Brasil um reino feliz, separado de Portugal, que é hoje escravo das cortes despóticas.
Senhor, ninguém mais do que sua esposa deseja a sua felicidade, e ela lhe diz em carta que com esta será entregue, que vossa alteza deve ficar e fazer a felicidade do povo brasileiro que o deseja como seu soberano, sem ligações de obediência às despóticas cortes portuguesas que querem a escravidão do Brasil e a humilhação do seu adorado príncipe regente.
Fique é o que todos pedem ao magnânimo príncipe que é vossa alteza, para o orgulho e felicidade do Brasil.
E se não ficar, correrão rios de sangue, nessa grande e nobre terra, tão querida do seu real pai, que já não governa em Portugal por opressão das cortes, nesta terra que tanto estima vossa alteza e a quem tanto vossa alteza estima.
—Arrancando a abraçadeira azul e branca que simbolizava Portugal, Pedro a atirou ao chão dizendo: “Arranquem vossas abraçadeiras soldados, viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil”.
O príncipe sacou sua espada, o que foi seguido pelos demais militares, os paisanos retiraram o chapéu em sinal de reverência e Dom Pedro novamente declarou:
“Pelo meu sangue, pela minha honra e pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será independência ou morte”.
Senhor, a carta de vossa majestade veio servir como um pequeno lenitivo ao meu aflito coração. Pois vejo, que apesar de tudo, vossa majestade ainda confia na minha honra e pequenos talentos para cuidar da tutela e educação de seu augusto filho, D. Pedro II. Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca desamei a quem uma vez amei. Iguais votos de felicidade encaminho aos seus, o meu sincero coração pelo soberano, que foi da minha escolha. Beijo as mãos de vossa majestade. José Bonifácio de Andrada e Silva.