Os Túneis Secretos de Rio Claro - O Maior Mistério Arqueológico Paulista
18 de setembro de 2017, segunda-feira. Há 7 anos
Década de 1990. Um solitário pedreiro trabalha numa pequena reforma num casarão centenário localizado na Rua 6, em Rio Claro. A princípio, uma reforma simples, abrindo uma pequena garagem num dos cômodos do imóvel, adaptando-o para ser a nova sede da finada Imobiliária Saraiva, que havia acabado de adquirir o imóvel. Entretanto, um estrondo e parte do piso vem abaixo. Aos olhos atônitos e surpresos, é revelada uma entrada em tijolos para uma estrutura subterrânea complexa e muito bem construída: um túnel com 3 metros de altura, bem debaixo do quintal da residência, se estendendo por 20 metros de comprimento, revestido de granito escuro. Após a retirada do entulho em seu interior, foram descobertos frascos de remédios, tubos de ensaio e material de farmácia em geral. A descoberta que virou assunto na cidade reacendeu o assunto, que permaneceu esquecido por décadas, após descobertas anteriores de outros trechos dos túneis da rede, e virou alvo de um estudo da UNESP através da museóloga Marizilda Couto, vinda da capital paulista somente para estudar a descoberta arqueológica em Rio Claro. Ao mesmo tempo, alguns habitantes procuraram a equipe para deixar seus relatos de memórias e suas vivências nos túneis. A pesquisa da UNESP confirmou ainda a existência de um túnel por baixo da Praça da Liberdade, interligando a Igreja Matriz e a Igreja do Convento, atual Colégio Puríssimo. Exatamente no centro da praça, debaixo de onde se encontra um obelisco, diz-se a respeito da existência de corpos de bebês no interior da galeria, que teria sido descoberta por um arqueólogo no final da década de 1970 e lacrada logo em seguida.Após anos sem novas pesquisas, o imóvel fora desocupado e em 2013 o novo proprietário retomou as escavações. Ao perfurar o piso de um dos cômodos, mais uma descoberta, desta vez mais surpreendente ainda: uma enorme sala de 5 metros de altura, com teto abobadado, onde em uma das paredes havia um nicho do mesmo formato da sala, parecendo-se com um altar. Do alto do nicho, uma enferrujada caixa metálica esconde uma abertura que provavelmente serviria como um pequeno elevador manual para suprimentos ou oferendas, qualquer que tenha sido a função do espaço. Na outra extremidade da sala, uma rampa muito íngreme, que só poderia ser vencida se escalada, leva a um pequeno túnel de 1 metro de altura e que se estende por 6 metros em direção à Rua 6 até ser interrompido por entulho.