' “que com o gentio Carijó estavam moradores índios dos nossos aqui naturais, os quais são da aldeia dos Reis Magos” - 15/08/1611 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“que com o gentio Carijó estavam moradores índios dos nossos aqui naturais, os quais são da aldeia dos Reis Magos”
15 de agosto de 1611, segunda-feira. Há 413 anos
Ata da Câmara da Vila de S. Paulo, do ajuntamento de 15 de agôstode 1611, em que o povo dizia “que com o gentio Carijó estavam moradores índios dos nossos aqui naturais, os quais são da aldeia dos Reis Magos”, requerendo que ‘os apartasse cada um em sua aldeia e que os padres se entendessem sòmente com os carijós que eles desceram e não os carijós que vieram antes dos padres irem ao sertão”

O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII)
Data: 01/01/2018 2018
Créditos / Fonte: Angélica Brito da Silva
Página 30

O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII)
Data: 01/01/2018 2018
Créditos / Fonte: Angélica Brito da Silva
Página 31

1° de fonte(s) [25643]
O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII)
Data: 2018, ver ano (187 registros)

Ainda tentando comprovar sua linha de argumentação, Jordão cita outro documentoque comprovaria a antiguidade do aldeamento, mas cuja interpretação é desprovida dequalquer contextualização dos diversos processos históricos que ali estão implícitos e seriam necessários para sua análise. Cita, por exemplo, a vereação da Câmara de 1611 na qual é mencionada a necessidade de se separar alguns grupos indígenas, em decorrência de um conflito ocorrido no período entre jesuítas e colonos. Diz ele que:

“[...] da Ata da Câmara da Vila de S. Paulo, do ajuntamento de 15 de agôsto de 1611, em que o povo dizia ‘que com o gentio Carijó estavam moradores índios dos nossos aqui naturais, os quais são da aldeia dos Reis Magos’, requerendo que ‘os apartasse cada um em sua aldeia e que os padres se entendessem sòmente com os carijós que eles desceram e não com os carijós que vieram antes dos padres irem ao sertão’, tivemos a certeza de que essa Aldeia dos Reis Magos referida se tratava da própria Aldeia de M’Boy.

Em primeiro lugar, porque não havia Aldeia dos Reis Magos nas imediações de Piratininga; a única que se fundara com essa denominação localizava-se na Capitania do Espírito Santo. Em segundo, porque a designação da Aldeia de M’Boy por esse nome se prendia à semelhança da sua igreja com o templo religioso da referida Aldeia da Capitania vizinha, fato que podemos hoje explicar, combinando a tradição oral corrente no Embu, com a existência de uma antiga ‘sinagoga’ nas imediações
[...]. Eis, portanto, a ‘sinagoga’ que nada mais era senão a torre da antiga igreja do Embu que, por sua semelhança com a igreja da Aldeia dos Reis Magos do Espírito Santo, era aqui também designada pelo mesmo nome, como se viu na aludida Ata.”8

A afirmação de Jordão de que o aldeamento existia em 1611 com um “apelido” de Reis Magos9, em decorrência da semelhança entre as igrejas dos dois aldeamentos, por si só é inviável. A inauguração e, consequentemente, conclusão da igreja dos Reis Magos situada no atual estado do Espírito Santo ocorreu apenas em 161510, já a construção da igreja de Mboy foi iniciada somente no final de 1690, como se verá mais adiante. Ou seja, a semelhança atribuída a partir da referida torre, em 1611, é bastante equivocada. No entanto, é provável que a confusão ou aproximação feita por Jordão tenha ocorrido devido à outra vereação, datada de 3 de agosto de 1611, na qual era dito que não se levassem os índios das aldeias da vila e de seus termos para o mar, nem para boigy miry, nem para outra vila fora desta.

De acordo com Serafim Leite, a aldeia dos Reis Magos já existiria em 1580, no entanto, somente no catálogo de 1598 ela aparece como residência fixa. Cf. LEITE, Antônio Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Lisboa: Livraria Portugalia; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938, Tomo I, p. 243. [O aldeamento jesuítico do MBoy: administração temporal (séc. XVII-XVIII), 2018. Angélica Brito da Silva. Páginas 30, 31 e 32]


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