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Caminho da Serra
dezembro de 1532. Há 492 anos
Capistrano de Abreu (1853-1923), um dos maiores historiadores do Brasil, um já ensinava que os paulistas começaram a descer o Tietê desde os primeiros tempos, provavelmente na metade do século XVI, logo depois de 1532, quando a mando de Martim Afonso foi fundada Piratininga. Alguns subiram os afluentes do Tietê, "o Juqueri, o Jundiaí, o Piracicaba, o Sorocaba. Outros foram até o Paraná", diz o mestre, e ao fim do 1500 já as águas do rio grande eram meio normal de comunicação para os Piratininganos. [Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, 1969. Página 194]

Não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada.Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654.Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem. Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária. [“Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”, 1964. Aluísio de Almeida. Páginas 352 e 353]

“Diz o capitão Balthazar Fernandes, morador da nova Povoação de Sorcaba, vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho...” [A Saga de Balthazar Fernandes, Diário de Sorocaba, 2018]Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte que ele como morador, em nome dos demais moradores, trata de levantar Pelourinho na dita vila, que será a meia légua do lugar onde se levantou um outro Sr. Dom Francisco, que Deustem, governador desta capitania como bons seguidores de Sua majestade e levando-se em conta que uma ou outra coisa não pode ter nem conseguir se expressar à V.S que lhe faça conceder o deduzido em sua petição, visto redundar tudo em argumento dessa repartição, a serviço de V. Majestade e argumento de seus moradores. [ALMEIDA, 2002]"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizoua mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara. A primeira Câmara foi nomeada. [“Memória Histórica de Sorocaba” Parte I, 1964. Aluísio de Almeida. Página 350]

Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento eBarão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para lesnordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esguina.[“Memória Histórica de Sorocaba” Parte I, 1964. Aluísio de Almeida. Página 352]

No caso de seguir a jusante, era navegável até a barra do rio Pinheiros, quando então se tornava encachoeirado, com vales estreitos e pedregosos, e muitas corredeiras. Ao longo de pouco mais de 50 quilômetros eram 42 cachoeiras de tamanhos variados.

Num pequeno remanso do rio, escolhido para se instalar um porto no século XVIII, Araritaguaba – nome derivado do fato de que num paredão salitroso ali localizado, araras se empoleiravam para comer a areia –, localizado na atual cidade de Porto Feliz, o rio se tornava navegável, mas assim mesmo perigoso, com saltos, cachoeiras, corredeiras e itaipavas (elevações de pedra).

As fontes são muito variáveis quanto aos obstáculos presentes na navegação do rio, pois no fundo eles oscilavam conforme a época do ano em que se navegava, mas, de qualquer modo, tornavam a viagem bastante perigosa, obrigando os viajantes a fazerem varações por terra em diversos trechos. [Carvalho, Entre rios e impérios; Holanda, Sérgio Buarque de. Monções e Capítulos de expansão paulista; No fluxo do Anhembi-tietê: o rio e a colonização da capitania de São Vicente nos séculos XVI e XVII]

A origem do nome do rio já mobilizou estudiosos de diversas gerações. O nome Anhembi, grafado nas fontes de formas as mais variadas, como Iniambi, Anhembi, Agembi, Aiembi, Anemby, Amiembi, Anhamby, Ayembí, identifica o rio até o século XVIII, quando o nome Tietê (“rio grande”) começou a prevalecer até nomeá-lo completamente. Inicialmente, os dois nomes do rio teriam convivido, nomeando-se como Tietê o trecho da nascente até o porto de Araritaguaba, e dali até a foz como Anhembi. Alguns entendem que o Anhembi tem origem em Ai em bi (“não liso”, ou seja, rio com cachoeiras), outros que se remete a uma erva chamada nhambi, que se alastrava pelas margens; e a versão mais consensual, de que o nome deriva de rio das Anhumas, uma ave bastante presente ao longo do rio e recorrentemente descrita pelos viajantes. [Nóbrega, Melo, História do rio Tietê, Belo Horizonte, Editora Itatiaia, São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1981.]

Balthazar Fernandes, filho do povoador Manuel Fernades Ramos e Susana Dias, também povoador como seu pai e seu irmão André Fernandes, foi casado com Izabel de Proença e entre suas grandes riquezas possuía doze sesmarias de uma légua cada uma, nos municípios de Sorocaba, Itu e Parnayba, que naquele tempo pertenciam somente à Parnayba.Em 1654 nas paragens do hoje município de Sorocaba, foi fundada uma Vila de nome Itavovú, que mais tarde passou à Vila de Nossa Senhora da Ponte, a pedido de Balthazar Fernandes.Para tanto, peticionou, na qualidade de povoador, em nome dos demais moradores – cerca de 30 (trinta) casais -, a S. Magestade representada pelo Administrador Geral da Repartição do Sul – Salvador Correa de Sá Ibenavid , que lhe permitiu levantar Pelourinho meia légua distante daquele levantado pelo antigo Governador – Dom Francisco -, em síto mais acomodado, dentro do mesmo limite, mudando desta forma a Villa para suas terras, atual cidade de Sorocaba. O pedido foi acolhido por Salvador Correa de Sá Ibenavid em 03 de março de 1661, ocasião em que o Administrador Geral nomeou provisoriamente até que se desse eleição, nos termos dos Foraes, para juízes: o próprio Capitão Balthazar Fernandes e Paschoal Leite Pais; para Vereadores: André de Zuniga e Claudio Furquim; para Prourador: Domingos Garcia e para Escrivão da Câmara: Francisco Sanches. [“Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]Essa informação do documento ainda é corroborada pelo monge beneditino José Carlos Camorin Gatti em entrevista por decorrência dos 350 anos do mosteiro de São Bento no ano de 2010. Fato que é apenas quase sete anos após o início da construção do mosteiro o Abade Provincial Fr. Francisco da Visitação toma posse da igreja e da paróquia que agora ali formava.Entretanto, esta igreja era na verdade parte de um mosteiro e não a matriz da cidade, função cujo papel cumpriu até o início da construção da nova matriz. Com a construção da definitiva, iniciada logo após a elevação da povoação de Sorocaba à condição de vila em 1661 e concluída em 1667 o orago (padroeiro, o santo ou anjo ao qual é dedicada uma localidade sagrada] de Nossa Senhora da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina muda sua invocação para Nossa Senhora da Visitação [...] [Espaço Intra Urbano na Cidade de Sorocaba. Trabalho Final de Graduação de Gustavo Soares Pires de Campos no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2015. Página 55]Salvador retrucou de Santos, expedindo um bando que suspendia do exercício dos cargos o Ouvidor Antônio Lopes de Medeiros e o juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza. Só em 3 de março de 1661 os paulistas irão convidá-lo a voltar. (Wikipedia, 20.02.2022) [0]O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros [3]."Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu de "bandeja", com a visita do Governador a pronvíncia de São Paulo (Benevides era governador da província do Rio de Janeiro); (..) se Balthazar não foi pessoalmente (já possuiía mais de 80 anos) enviou seus assessores" [1]

A Câmara Municipal de Sorocaba foi instaladaEis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador). o qual deve ter sido Diogo DominguesGarcia. Trata-se de possível engano de quem publicOU o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática. [2]

No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomerou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. (Memória Histórica de Sorocaba, parte I, 12.1965. Aluísio de Almeida. Página 351) [0]

Foi realizado um estudo detalhado, pelo IBGE, sobre a formaçãoadministrativa de Sorocaba. O Distrito de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, foielevado à categoria de Município com a denominação de Sorocaba, por provisão em3 de março de 1661: apresentava territorial total era de 914 km², e era constituídodos Distritos sede, Sorocaba, Nossa Senhora do Rosário, Salto de Pirapora,Araçoiaba da Serra e Votorantim. A partir deste evento se desdobraram as principaismudanças geopolíticas ocorridas no território. [5]Sorocaba foi a 12ª povoação situada nas Capitanias do Sul elevada à condição deVila no século XVI, mais exatamente a 3 de março de 1661. Precederam-na asvilas de Santana de Mogi das Cruzes (1611), Santana de Parnaíba (1625), SãoSebastião (1636), Exaltação da Santa Cruz de Ubatuba (1637), São Francisco das Chagasde Taubaté (1645), Nossa Senhora da Conceição do Rio Paraíba, atual Jacareí (1635),Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, PR (1635), Nossa Senhora do Desterro doCampo Alegre de Jundiaí (1655), Santo Antônio de Guaratinguetá (1657), Nossa Senhorada Candelária do Outu Guaçu, atual Itu (1657) e Rio de São Francisco do Sul, SC(1660) (Azevedo, 1956:27-29). [6]

Quando Martin Afonso de Souza, em 1532 subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba, a virgem Fulana Guacú. Seu nome perde-se para a história, mas alguns autores dizem ter sido batizada como Margarida Fernandes. Esta foi, pois, a primeira mãe veneranda, a avó suprema de todos os mamelucos de Carapicuíba. Depois vieram outros personagens: Antonio Preto, Afonso Sardinha, os Padres Jesuítas entre os quais avulta a figura lendária de José de Anchieta e muitos outros, alguns já nascidos no Brasil, outros chegados de fora. [carapicuibaconectada. blogspot.com consultado em 22.06.2022]

Revista do Arquivo Municipal de São Paulo
Data: 01/01/1969 1969
Página 194

História do Brasil
Data: 01/01/1956 1956
Créditos / Fonte: José Francisco da Rocha Pombo
Página 58

1° de fonte(s) [21049]
História geral do Brazil antes da sua separação e independência de Portugal, 1877
Data: 1877, ver ano (58 registros)

A intenção primeira da Expedição de Exploração da armada portuguesa comandada pelo fidalgo Martim Afonso de Sousa foi apenas pretensão para aproximar-se da entrada do Rio da Prata, possessão espanhola, disso resultando as fundações de vilas litorâneas auxiliado pelo prático de navegação Henrique Montes. Deste modo começa a saga da interiorização, pelos rios, as primeiras estradas do Brasil e que o Rio Tietê e seus afluentes tiveram suma importância.


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2° de fonte(s) [26773]
Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)
Data: 1883, ver ano (46 registros)

Os Paulistas começaram a descer o Tietê desde os primeiros tempos, provavelmente antes do meiado do seculo XVI. Uns foram subindo pelos seus afluentes, Juquiry, Jundiahy, Piracicaba, Sorocaba. Outros foram até o Paraná.


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3° de fonte(s) [25357]
Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
Data: 1969, ver ano (117 registros)

Capistrano de Abreu já ensinava que os paulistas começaram a descer o Tietê desde os primeiros tempos, provavelmente na primeira metade do século XVI, logo depois de 1532, quando a mando de Martim Afonso foi fundada Piratininga. Alguns subiram os afluentes do Tietê, “o Juqueri, o Jundiaí, o Piracicaba, o Sorocaba. Outros foram até o Paraná”, diz o mestre.


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