Para o Exmo. Barão de Caxias - Illmo. e Exmo. Sr. - Tive a honra de receber o Ofício de V. Exa. escrito ontem de junto ao rio Baruery, e fiquei inteirado de quanto me expõem. Creio, que os rebeldes continuarão amostrar a prudência de não esperar por V. Exa. e que só virão ás mãos com as Forças, comandadas por V. Exa. quando não tiverem meios de se retirarem.
Provéra a Deus que V. Exa. pudesse já restituir a esta Província a paz, e a tranquilidade, de que a rebelião a tem privado: estou convencido, que breve V. Exa. terá essa glória, e fará mais esse relevantíssimo serviço a Sua Majestade o Imperador.
- Hoje partem a fazer junção com as Forças de V. Exa. cem homens da Guarda Nacional de Santos. Do Rio ainda não tem chegado a esta Cidade gente, e nem me consta, que esteja em Santos porção alguma de soldados, remetidos pela repartição da Guerra; porém logo que cheguem farei que sigão para o campo de V. Exa.
- Tenho dado todas as providências para obter o maior número de Cavalos, que se puderem comprar, já escrevi sobre isso á diversas partes, mas cumpre dizer a V. Exa. que não espero remete-los a V. Exa. com a celeridade que desejo: V. Exa. mesmo foi testemunha das dificuldades, com que se alcançarão os primeiros.
Pode V. Exa. estar certo não imitirei diligência alguma para satisfazer as requisições de V. Exc. - Com a Força que parte hoje segue igualmente a Caixa Militar. Deus Guarde a V. Exa. Palácio do Governo de São Paulo, 14 de junho de 1842. - Barão de Monte Alegre.