“A bula Romanus Pontifex, de 1454, do papa Nicolau V”, explica Ilana Blaj, professora de História do Brasil Colonial na Universidade de São Paulo, “legitimou o tráfego de escravos como uma oportunidade de cristianizar os africanos - 01/01/1454 de ( registros)
“A bula Romanus Pontifex, de 1454, do papa Nicolau V”, explica Ilana Blaj, professora de História do Brasil Colonial na Universidade de São Paulo, “legitimou o tráfego de escravos como uma oportunidade de cristianizar os africanos
1454. Há 570 anos
A lenda de Nossa Senhora do Rosário virou de cabeça para baixo a sociedade colonial do século XVIII. Inverteu o poder dos senhores brancos e da Igreja, que foi contra a escravização de índios, mas justificou a dos negros. “A bula Romanus Pontifex, de 1454, do papa Nicolau V”, explica Ilana Blaj, professora de História do Brasil Colonial na Universidade de São Paulo, “legitimou o tráfego de escravos como uma oportunidade de cristianizar os africanos. Os negros eram batizados no embarque, na África, ou na chegada, no Brasil.” A Igreja portuguesa escolhera o culto de Nossa Senhora do Rosário para promover a evangelização da África, de onde vinham os escravos.