Celso Marvadão Ribeiro 11 h 100 ANOS DA RAPOSO TAVARES
27 de agosto de 2022, sábado. Há 2 anos
100 ANOS DA RAPOSO TAVARESA Rodovia Raposo Tavares está fazendo 100 anos, foi criada oficialmente em 26 de agosto de 1922.Na verdade, ela passou a chamar-se Raposo Tavares apenas em 1954, quando o seu trajeto ainda passava por dentro da cidade de Sorocaba. O desvio externo, a chamada "variante" que passa pelo Barcelona e o atual Campolim, só foi colocado em operação no começo dos anos 1960.A estrada criada pelo presidente da Província de São Paulo, Washington Luiz, em 1922, era a chamada Rodovia São Paulo - Paraná, a via de ligação com o sul do país. A atual avenida Armando Pannunzio tinha na placa Avenida Curitiba, porque era a saída para aquela capital.
A estrada Sorocaba-São Paulo, segmento da atual Raposo Tavares (que segue na direção de Mato Grosso; a estrada do sul sofre derivação logo depois de Itapetininga), foi asfaltada lá por 1951 ou 1952. Já foi chamada de Estrada de Cotia, Caminho das Tropas. Estrada de Sorocaba, Caminho Geral, Caminho do Sul, entre outros nomes antigos. Originalmente, era trecho do lendário caminho dos índios (Peabiru).
No começo, a estrada ganhou melhoramentos até Cotia (onde havia uma porteira, dando origem ao Bairro do Portão, ainda existente). Ali se pagava a "taxa de barreira". Depois ela foi ampliada até São Roque , limite do cinturão agrícola que abastecia a cidade de São Paulo. Só nos anos 1950 é que virou rodovia de fato, inclusive com um pedágio, entre Alumínio e Brigadeiro Tobias, ponto até hoje conhecido como Vila Pedágio.A Raposo Tavares se transformou num grande corredor comercial que nos une à Macro Metrópole de São Paulo. 100 anos depois, a Raposo Tavares ainda possui um bom trecho não duplicado, entre Alumínio e Vargem Grande, cujas obras estão agora sendo realizadas.Quando ainda era estrada de terra, a viagem de Sorocaba a São Paulo era uma aventura. Lá por 1940, Dito Lagarto tinha dificuldade de conduzir sua jabiraca até Brigadeiro Tobias, na primeira linha de transporte coletivo de Sorocaba. Vivia atolando no caminho, no subidão das proximidades da atual Granja Olga.