-Maria Castanho (ouvida a 6 de abril de 1622), natural de Lisboa, comcerca de 80 anos de idade, filha de Antonio Rodrigues de Almeida e de MariaCastanho. Tratou com ele mais de 20 anos. Foi seu diretor espiritual. Foi seuhóspede, em Santos. Viu-o rezar, diante de seu oratório, com tal devoção, que a comoveu.. Viu-o servir a doentes pobres, e à gente miserável nas maisinfectas condições sanitárias.. Estando ela como morta, que já não reconhecia ninguém, tinha o marido viagem preparada aos Patos; aconselhando-secom Anchieta, seu marido ouviu dele para ir, que na volta a encontraria sã.Hesitava e ela teve notável melhora. Dos Patos, seu marido voltou com avultados feitos. De Anchieta ela ouviu que todos voltariam com saúde. Deu umrelicário de marfim para, em caso de tempestade, o mergulhasse no mar;com efeito, com ele obteve a cessação repentina de uma tormenta. Presenteao seu casamento, lhe disse o Padre José, apontando para sua velha batina:com ela lhes proporcionarei muitos bens, o que Deus cumpriu! Hospedandose em sua casa com o Padre João Batista, soube que seu marido Antonio deProença estava doente havia dias. Mandou ao padre lhe fosse ler um evangelho: não ceiaria a não ser em companhia do dono da casa. Relutou Batista. Insistiu Anchieta. Lido o evangelho, levantou-se Proença: nunca se sentira tão forte, podia carregar a casa às costas.. Estava semimorta, com umacriança morta no ventre, e a mãe e as irmãs já a choravam. Tocam os sinosà defunta, vem o Padre José, manda sair a todos, põe-lhe uma cruz comrelíquias ao pescoço e sai. Deita ela a criança sem dor, o mesmo PadreJosé lhe retira o crucifixo. Ela vive até hoje para dar o testemunho de seusmilagres. Assinou por ela Pedro Fernandes.