Auto do inventário que mandou fazer o juiz de órfãos dom Simão de Toledo por morte e falecimento do defunto Pedro Nunes Dias em 19 de novembro de 1647, nesta vila de São Paulo, capitania de São Vicente, partes do Brasil etc., em pousadas de Diogo de Fontes, onde veio o juiz de órfãos dom Simão de Toledo com os partidores e avaliadores Manoel da Cunha e Domingos Machado para efeito de fazer o inventário dos bens que ficaram do defunto Pedro Nunes Dias, e sendo lá achou o dito Juiz a viúva Ana de Almeida, mulher que ficou do dito defunto a quem deu juramento dos Santos Evangelhos sob cargo do qual lhe encarregou que vem e verdadeiramente desse a inventário todos os bens e fazenda que ficaram por morte do dito seu marido, assim móveis como de raiz, dinheiro, ouro, prata, pessoas escravizadas, encomendas e seus procedidos, e outros quais quer bens que qual quer via e meio pertenciam a este inventário que o casal se devam ou pelo contrário ele devesse e que declarasse se o dito marido fizera testamento e os filhos que de entre ambos ficaram e por ela foi dito que o dito seu marido fizera testamento que é o que ao diante se segue e os filhos os abaixo nomeados, de que fiz este auto em que o dito juiz assinou e por ela e a seu rogo seu irmão Manoel Fernandes Sardinha, Luiz de Andrade escrivão dos órfãos o escrevi. Assino por rodo de minha irmã, Manoel Fernandes Sardinha. [Páginas 221 e 222]
Testamento de Pedro Nunes Dias
Em nome de Deus amém. Saibam quanto esta cédula de testamento virem que no ano de 1647, dia 4 do mês de julho, estando eu Pedro Nunes Dias nesta vila de São Paulo morador em as casas da morada de Diogo de Fontes doente em uma cama de doença que Deus Senhor foi servido [Página 222]
(...) Deixo que sendo Deus servido de me levar desta vida presente meu corpo sertá sepultado na Igreja matriz desta vila de São Paulo na cova de meu pai Baltesar Nunes que Santa Glória haja. E me acompanhará a bandeira da Santa misericórdia e irei na tumba dela porque se derá a esmola costumada. [Página 223]