' “De diversas lenguas de la Guarani”: as representações sobre Guarani e Macro-Jê nas reducciones do Guayra, 2015. Luiz Fernando Medeiros Rodrigues e Gabriele Rodrigues de Moura - 01/01/2015 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“De diversas lenguas de la Guarani”: as representações sobre Guarani e Macro-Jê nas reducciones do Guayra, 2015. Luiz Fernando Medeiros Rodrigues e Gabriele Rodrigues de Moura
2015. Há 9 anos
Ver Sorocaba/SP em 2015
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memoria. Mais ainda, nas entrelinhas do seu testemunho registradopor Montoya, percebe-se uma fé inabalável na pessoa de Cristo, alémda experiência da constante presença de Deus na sua vida cotidiana.Experiência esta que nos lembra da mesma forma a existência deIgnacio de Loyola.O modelo de índio obtido com Piraycí serve não apenas para afunção de registro jesuítica sobre o amadurecimento espiritual deoutrem, mas está relacionado às variantes de um discurso onde há orelato daquele que experimentou e que, consequentemente, divulgaa experiência mística que vivenciou. Nesta descrição, se evidenciamas interpretações sobre a percepção de Deus entre duas culturas distintas. Índio e jesuíta, nesta representação, tornam-se os verdadeirosfilhos de Adão e estabelecem um diálogo espiritual até então jamaisprevisto.No caso dos Gualacho, o “índio fiél” aparece representado nafigura do cacique Cohen, que ao ser informado da chegada dos padresao seu pueblo, deu “mui grandes muestras de amor” (MCA I, 1951,p.295). Essa atitude demonstraria e retrataria o exemplo da predisposição indígena para a recepção do Evangelho em suas aldeias. Cohenauxiliou os padres a iniciarem o processo de conversão dos Gualacho,demonstrando que o sucesso ou fracasso da missão jesuítica dependiada aceitação ou não dos indígenas. Contudo, Montoya ressalta quea bondade de Cohen sobressai a todos os outros indígenas do grupo.Porque a vida moral desse cacique e a sua vida religiosa, na visão demundo do jesuíta, eram oriundas de uma mesma fonte: Deus (Certeau, 2000, p.136-137).

Esse cacique de alma nobre, segundo a narração de Montoya, apresentava todas as características de um bom cristão; sobretudo aquela de prestar serviços em auxílio da difusão da Boa-Nova entre o seu povo. Dentre as demonstrações de uma verdadeira conversão e piedade cristã, os indígenas da aldeia de Cohen aceitavam conviver com os índios do cacique Tayaoba, encerrando um período de guerra entre esses dois grupos. Cohen possibilita a Montoya criar uma representação onde se estabelece um “contrato social” entre os dois lados, que substitui as generalidades edificantes. Esse indígena, através da percepção do jesuíta, antes mesmo de receber o Evangelho já era um cristão. Ao aceitar e auxiliar na propagação do catecismo, apenas enfatizava a sua fé preexistente.[Páginas 166 e 167]

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