Polyanthéa em homenagem ao tri-centenario da creação do municipio de Parnahyba, 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) - 01/01/1925 de ( registros)
Polyanthéa em homenagem ao tri-centenario da creação do municipio de Parnahyba, 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1925. Há 99 anos
Mosteiro de São Bento
Teve seu principio em 1643 com a doação que fez de uma capela o capitão André Fernandes, diz Azevedo Marques. Possuía a fazenda de Santa Quitéria, depois trocada por uma igual em São Roque com o coronel Polycarpo Joaquim de Oliveira, 500 braças de testada compradas a João Francisco Leite em 1748, mais 500 braças compradas a Antonio Leito em 1771; possuía mais quatro casas em São Paulo e 8 escravizados. Embora tivesse começo em 1643, como quer Azevedo Marques, só em 1654 começou a funcionar. O patrimônio deste mosteiro era suficiente, no começo, para manter dois religiosos e fora dado pela piedade dos antepassados, para que os religiosos ajudassem no culto divino e na administração dos sacramentos. Em 1660 ainda residiam no mosteiro de Parnahyba Fr. Thomé Baptista, o presidente, como era chamado o superior e Fr. Anselmo da Annunciação. Creio foram estes dois os primeiros religiosos do mosteiro de Parnahyba. [Página 146]
Capela de Nossa Senhora da Conceição de Ivuturuna
Em distância de légua e meia para a parte do poente, está a capela, denominada velha, de Nossa Senhora da Conceição, que é o seu orago. Foi ereta segundo a escritura de doação, em 1687, pelo capitão Guilherme Pompeo de Almeida, fazendo a seu filho o Reverendo Dr. Guilherme Pompeo de Almeida, Administrador e por seu falecimento o capitão Antonio de Godoy Moreira, dele correndo linha reta por seus herdeiros.
(...) Não comporta a uma despretensiosa memória maior desenvolvimento ao que já, longamente, vai exposto. Confesso, a rica história de Parnahyba é ainda um tanto desconhecida.
Dissemos Ivuturuna, consoante ao livro do Tombo; ha, porém, outras grafias: Buturuna ou Buturuna e Ibituruna, encerrando os mesmos elementos correspondentes: Ybytyra - una, que quer dizer monte negro. [Páginas 146 e 147]