2° de fonte(s) [27652] Dicionário Bibliográfico Brasileiro, 3° volume, 1895. Dr. Augusto Victorino Alves Sacramento Blake Data: 1895, ver ano (62 registros)
Francisco Luiz de Abreu Medeiros - Filhos de Joaquim Luiz de Abreu e dona Maria de Medeiros Castanho, nasceu em Sorocaba, província, hoje Estado de São Paulo, a 3 de abril de 1820 e faleceu, ha anos, na capital paulista. Preparou-se com os estudos necessários para seguir o estado clerical, a que o destinavam seus pais; mas, não se sentindo com a vocação indispensável para esse estado, dedicou-se ao magistério, alcançando uma cadeira de professor da instrução primária na cidade de seu nascimento, a qual regeu desde 1843 até 1862, sendo então jubilado, e no mesmo ano nomeado escrivão de provedoria na capital de sua província, cargo em que pouco depois faleceu. Cultivou a literatura, mormente a dramática, e escreveu:
- O distribuidor de gazetas: cena cômica, representada pela primeira vez no teatro de São Rafael, da cidade de Sorocaba, etc. Rio de Janeiro, 1862, 18 páginas. in-8°. - Na feira de Sorocaba: comédia original, em dois atos, representada pela primeira vez (no mesmo teatro) a 27 de janeiro de 1862. Rio de Janeiro, 1862, 104 páginas. in-8°, com música.
- A patente de capitão: farça original. Rio de Janeiro, 1862 - Saiu na Folhinha Teatral de E. & H. Laemmert, para o ano de 1863.
- Curiosidades brasileiras. Rio de Janeiro, 1864, 2 volumes, 221 e 226 páginas. in-8o - É um livro satírico, escrito com muito espírito e contém uma estampa representando a ponte de Sorocaba. Consta que ele escreveu ainda pequenos trabalhos teatrais e de literatura, que foram publicados nas folhinhas de Laemmert. [Página 32]
3° de fonte(s) [27653] Abreu de Medeiros, escritor paulista, inteiramente esquecido, Jornal A Manhã, 12.09.1944, página 5 Data: 9 de dezembro de 1944, ver ano (84 registros)
Os leitores conhecem Abreu de Medeiros? Com certeza - não. Abreu Medeiros é do rol do escritores dramáticos que o país esqueceu. Na verdade, ele não pode ser incluído no número dos autores que conquistaram popularidade. Viveu sempre em certa penumbra na sua cidade Natal - Sorocaba.
Francisco Luiz de Abreu Medeiros nasceu em 1820. Era filho de Joaquim Luiz e de d. Maria de Medeiros Castanho. Para obedecer ao desejo dos pais, tentou a vida eclesiástica, mas, logo após os primeiros estudos, verificou que seria um mau frade, e desistiu da carreira.
Foi ser professor de meninos na própria cidade em que nascera. E, como mestre escola, passou cerca de 20 anos - de 1843 a 1862. Abreu Medeiros era um espírito culto, interessante, cheio de constante curiosidade. Sorocaba, pequenina e sonolenta, era para ele um meio sufocante. Mesmo assim conseguiu ele produzir meia dúzia de obras.
A sua bibliografia teatral é pequena,mas é preciso levar em conta que não tinha, para aumenta-la, nenhum estímulo. Eis as suas obras: "Na feira de Sorocaba", comédia em dois atos; "A patente de capitão", farsa; "manda quem pode", provérbio em um ato; "O distribuidor de gazetas", comédia cômica.
Deve-se ainda acrescentar "A Estrangeira", drama extraído do romance de igual nome do Visconde d´Artincourt. E as suas peças foram representadas? Obtiveram êxito? Não temos a esse respeito nenhuma informação. Fora do teatro, Abreu Medeiros escreveu "Curiosidades Brasileiras", obras em dois volumes que Laemmerts & Cia. publicaram em 1864.