' Caminhos Antigos e paisagens imaginadas no termo de Ouro Preto em 1835, 2019. Herbert Pardini. Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania, para obtenção do título de Magister Scientiae. Orientadora: Patrícia Vargas Lopes de Araujo - 01/01/2019 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Caminhos Antigos e paisagens imaginadas no termo de Ouro Preto em 1835, 2019. Herbert Pardini. Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania, para obtenção do título de Magister Scientiae. Orientadora: Patrícia Vargas Lopes de Araujo
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destacou ainda que o sertão do rio São Francisco também continuou a ser explorado porpaulistas no século XVII em busca de índios367.

Com o retorno ao Brasil de Dom Francisco de Sousa, em 1609, e o início de sua segundaadministração, o desejo de encontrar metais nobres na Sabarábossú e no morro do Araçoyabafoi novamente aflorado. A expedição de Simão Álvares, o velho, determinada por DomFrancisco de Sousa, partiu de São Paulo em 1610 e teria alcançado o sertão denominado“Cahaetee”368.

Carvalho Franco afirmou que o sertão de Cahaetee era o sertão da Casca, emMinas Gerais. Por se tratar de uma referência controversa, receberá mais atenção adiante no texto. O sertanista pode ter alcançado o terço superior do rio Doce a partir de São Paulo, ou seja, provavelmente chegou até onde expedições anteriores estiveram e seguiu pelas nascentes do rio Doce, muito provavelmente o rio Piranga, próximo à região de Itaverava.

Outra expedição, mencionada por Diogo de Vasconcelos e Carvalho Franco gerariainterpretações literalmente opostas. Fazem menção a uma expedição em que participou Antônio Pedroso de Alvarenga que, partindo de São Paulo em 1615, penetrou 300 léguas e teria alcançado “o sertão do grande rio Paraupava”, ao norte, onde hoje está localizado o estado de Goiás.

Franco citou como fonte a narrativa de Pedro Taques de Almeida Paes Leme, mas aocontrário do historiador, interpretou como se a expedição tivesse rumado para o sulcix,invertendo o sentido das referências dadas por Taques. Franco ao defender sua hipótese alertou para o fato da toponímia bandeirante Paraupava estar vinculada a diferentes lugares.

O mesmo poderia ser aplicado às referências Carijós eGualaxo. Desse modo, contrariando sua versão, Diogo de Vasconcelos faria interpretaçãodiferente. Para o historiador mineiro a expedição ao invés de ter chegado quase à divisa do Maranhãocx e Pará, teria permanecido em Minas Gerais, uma vez que Paraupabacxi, seriaParaopeba. A hipótese de Vasconcelos é coerente, principalmente pelas coincidências entre Carijós(poderia ser o mesmo sítio de Queluz e atualmente Conselheiro Lafaiete) e Gualaxo, quepoderia ser o rio de mesmo nome situado próximo ao Paraopeba e próximo à região que asexpedições posteriores se direcionaram. Entretanto, a interpretação apenas do que foi narrado, assim como foi realizado em toda a pesquisa, exige crer que Pedro Taques estava certo em sua versão. [Caminhos Antigos e paisagens imaginadas no termo de Ouro Preto em 1835, 2019. Herbert Pardini. Dissertação apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania, para obtenção do título de Magister Scientiae. Orientadora: Patrícia Vargas Lopes de Araujo. Página 126]

cxlvii Calógeras tentou explicar a ligação de Manoel Garcia com o Tripuí. Segundo ele a bandeira de Manoel Garcia,entre meados e fins de 1696, se separou da leva de Miguel Garcia, estabelecida desde o ano anterior no Itatiaia àmargem do ribeirão Gualaxo do Sul. Cf. CALÓGERAS, João Pandiá. As Minas do Brasil e sua Legislação.Tomo I. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. 1904, p. 65.cxlviii Em 2 de abril de 1697, Arthur de Sá e Menezes tomou posse, no Rio de Janeiro, do cargo de Governador dasCapitanias reunidas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas. Cf. DOCUMENTOS do Arquivo da Casa dos Contos(Minas Gerais). Relatório da Diretoria. Copiados e Anotados por José Afonso Mendonça de Azevedo. Anais daBiblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Volume LXV ca. 1943. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1945, p. 17.cxlix Diogo de Vasconcelos usou a expressão “animar os descobrimentos”, mas pelo que pode ser observado emseu texto as notícias sobre os descobrimentos já animavam a população que em um “turbilhão migratório embocavanas veréias do Embaú”. Cf. VASCONCELOS, Diogo de. História Antiga das Minas Gerais. Belo Horizonte:Itatiaia. 1999, p. 133. José Joaquim da Rocha também escreveu sobre esse movimento migratório que se iniciava.Segundo ele “animaram os paulistas a armarem tropas e a prevenirem-se de alguma fábrica mais proporcionadaao uso de minerar e a desampararem a pátria, rompendo os matos gerais, desde a grande serra da Mantiqueira, atépenetrarem o mais recôndito das Minas, menos já na conquista do gentio que na diligência do ouro. O grandenúmero de concorrentes que buscavam as Minas, e a emulação que logo se acendeu entre os da Vila de São Pauloe os naturais de Taubaté, fez que, estendidos por várias partes, buscasse cada um novo descobrimento em que seestabelecesse, não se contentando os paulistas de entrarem em parte das repartições das faisqueiras quedenunciavam os de Taubaté, nem estes nas que denunciavam os paulistas. Esta opinião veio finalmente a produzira grande utilidade de se desentranharem em toda a sua extensão, as minas de ouro do nosso Portugal, de serempenetradas de uns e de outros, não se perdoando ao rio mais remoto e caudaloso, nem a serra mais intratável eáspera, se bem que o conhecimento de ouro nas montanhas e serras veio a conseguir-se mais tarde que os dos rios,seus tabuleiros, que são as margens planas que os cercam dos lados. Espalhados, pois, os concorrentes pelosdilatados sertões, foram descobrindo e dando ao manifesto as faisqueiras que encontravam”. Cf. ROCHA, JoséJoaquim da. Introdução. In: Geografia histórica da Capitania de Minas Gerais. Descrição geográfica,topográfica, histórica e política da Capitania de Minas Gerais. Memória histórica da Capitania de Minas Gerais /José Joaquim da Rocha; estudo crítico: Maria Efigênia Lage de Resende; transcrição e colação de textos: MariaEfigênia Lage de Resende e Rita de Cássia Marques. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro. Centro de EstudosHistóricos e Culturais, 1995, p. 77.cl José Joaquim da Rocha escreveu sobre o rio das Velhas: “[...] sendo o das Velhas o primeiro na fertilidade deouro, e ainda hoje são excelentes as suas faisqueiras, suposto que de demasiado custo e trabalhosas para os mineirosque cultivam o tal rio, onde se não pode fazer serviço em tempo de inverno, pelo impedimento de suas inundações,que levam os mineiros às fábricas. O Rio das Velhas tem seu nascimento nas abas setentrionais da Serra de VilaRica e vai desaguar no Rio São Francisco, dividindo a Comarca do Sabará da Comarca do Serro Frio, desde olugar em que nele se mete o Rio Cipó até o Arraial da Barra do Rio das Velhas.” Cf. ROCHA, José Joaquim da.Descrição dos Rios da Capitania de Minas Gerais. In: Geografia histórica da Capitania de Minas Gerais.Descrição geográfica, topográfica, histórica e política da Capitania de Minas Gerais. Memória histórica daCapitania de Minas Gerais / José Joaquim da Rocha; estudo crítico: Maria Efigênia Lage de Resende; transcriçãoe colação de textos: Maria Efigênia Lage de Resende e Rita de Cássia Marques. Belo Horizonte: Fundação JoãoPinheiro. Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995, p. 161.cli Calógeras citou como sua fonte o artigo, Um município de ouro, publicado na Revista do Arquivo PúblicoMineiro, vol. VI, p. 322, por Augusto de Lima.clii Borda Gato [também escrito Gatto] é inocentado e recebe a posição de tenente general na busca pelas minas deprata de Sabarabuçu, onde deveria trabalhar em parceria “ajudando um ao outro” com o cunhado Garcia RodriguesPaes na abertura do caminho mais curto para as minas. Cf. DOCUMENTOS do Arquivo da Casa dos Contos(Minas Gerais). Relatório da Diretoria. Copiados e Anotados por José Afonso Mendonça de Azevedo. Anais daBiblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Volume LXV ca. 1943. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1945, p. 18.cliii Vasconcelos afirmou ainda que nos anos 1701 e 1702, Garcia Rodrigues Pais chegou ao ribeiro do Campo,onde foi estabelecido o arraial de Congonhas do Sabará (atual Nova Lima) e o Coronel Leonardo Nardes Sisão deSousa chegou às minas de Caeté, onde “os irmãos Guerra (Antônio Leme e João leme), sobrinhos da CondessaMariana de Sousa Guerra, donatária de Itanhaén, fundaram o arraial de que depois se fez a Vila Nova da Rainha”.Cf. VASCONCELOS, Diogo de. História Antiga das Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia. 1999, p. 136 e 153.cliv Calógeras transcreveu a resposta dada por D. Pedro em 22 de outubro de 1698: “Arthur de Sá Menezes viu-sea vossa carta de 24 de Maio deste ano, em que dá conta do intento, com que ficara de abrir novo caminho para asMinas de Cataguazes, assim pelas riquezas delas, como pela conveniência, que se poderá conseguir a meusvassalos, com a fertilidades dos campos para os gados e brevidade do caminho para o ouro, em que a minhaFazenda vai tão interessada, oferecendo-se para este negócio Garcia Rodrigues Pais pelas notícias que teve destevosso intento, e por ser pessoa prática nesses sertões quando foi a descobrir as chamadas esmeraldas; e queconseguido este novo caminho ficará remediada a esterilidade que ameaça a essa terra, a perda dos campos dosCataguazes, em tanto facilitado o descobrimento do Sabarabuçu pela vizinhança que fica dessa Praça”. Cf. [Página 260]

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