“História da Historiografia” (Revista Eletrônica Quadrimensal), 08.04.2012
8 de abril de 2012, domingo. Há 12 anos
Sistematicamente, Frei Gaspar desconstruiu não apenas os textos de historiadores que invocam um conjunto de imagens históricas e pessoais para São Paulo, mas também essas outras experiências pela América que são diferentes das suas, em que as interpretações do passado, não tinham comprovação e eram portanto, mais ficção que realidade pela ausência de analise documental.
É uma contestação bem dirigida que refuta a versão estrangeira e degradante. O frei historiador insiste em mostrar os erros interpretativos; as falsidades nas colocações de Vaissete e Charlevoix eram, na maioria das vezes, "fúteis e ridículas".
Ao analisar os escritos de Vaissete, constata uma série de enganos. A começar a extensão da capitania e o uso errôneo do sistema de medidas em léguas francesas, com o qual previa uma menor dimensão daquela capitania, cuja diferença era de 22 léguas. Mesmo aquelas referências amplamente empregadas por Vaissete como "capitania d´El-Rey" não tinham sentido.
Segundo Frei Gaspar, aquele autor se esquecera de mencionar a invasão das "missões e povoações castelhanas no sertão brasileiro", e, o que é pior, as referências aos recursos minerais e hídricos também passa pelo seu crivo; restou-lhe afirmar que Vaissete se enganou em dizer que havia minas de prata produtivas em Biraçoiaba (Sorocaba, em 1599, pois tais recursos explorados não foram expressivos. [Página 63]