' “Medo e sobressaltos em São Paulo”, Informativo do Arquivo Histórico Municipal, Ano II, N° 7, 08.2006. arquiamigos.org.br* - 01/08/2006 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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“Medo e sobressaltos em São Paulo”, Informativo do Arquivo Histórico Municipal, Ano II, N° 7, 08.2006. arquiamigos.org.br
agosto de 2006. Há 18 anos
Medo e sobressaltos em São Paulo

Na história da cidade, o temor à varíola transformou o nome bexiga num termo maldito e que não deveria ser pronunciado. Eis porque, nas últimas décadas do século XIX, os moradores do bairro do Bexiga (alcunha do antigo proprietário da região que fora atacado pela doença) solicitaram a troca desta denominação para Bela Vista, sendo prontamente atendidos.

No decurso de seus 452 anos de existência, a cidade de São Paulo passou por inúmeras crises, não sendo poucos e nada desprezíveis os momentos de sobressaltos generalizados vividos pela sua população.Nesse sentido, vale lembrar que desde o momento de sua fundação, em 1554, a antiga vila sofreu com o ataque de tribos que não aceitavam a implantação do novo núcleo. Vivendo sob ameaças constantes, a população foi obrigada a se proteger e, a exemplo do que ocorria nas cidades medievais, os paulistanos foram obrigados a construir postos de observação à distância para evitar ataques de surpresa, bem como edificaram um muro de proteção ao redor da cidade.

Dos primeiros, a história registra a existência do Forte Emboaçava, estrategicamente localizado na confluência dos rios Tietê e Pinheiros, no atual bairro da Lapa. Aliás, Emboaçava significa, na língua tupi, o lugar por onde se passa, termo este bastante representativo uma vez que indicava a existência de antigas trilhas indígenas no local. Como posto avançado de defesa da vila, o atual bairro da Lapa viveu, no século XVI, seus momentos de medo e sobressaltos, sempre em alerta quando se avistava a movimentação de índios que procediam do Jaraguá (ao norte) ou do Morumbi e Butantã, nos quadrantes sul e oeste.

Sobre os antigos muros – ou paliçadas – que cercavam a cidade, sabemos de sua existência através de relatos da época, inclusive alguns inscritos pelos próprios vereadores nas Atas da Câmara Municipal, hoje custodiadas por este Arquivo. Apesar da imprecisão sobre sua real extensão e localização, a muralha certamente acompanhava a colina central desde a atual Igreja do Carmo até o Mosteiro de São Bento, passando, é claro, pelo Pátio do Colégio e Rua Boa Vista. Os flancos leste e oeste da cidade eram os mais perigosos, motivo pelo qual o cacique Tibiriçá (amigo dos portugueses) instalou a sua aldeia no atual Largo de São Bento, um ponto estratégico para a defesa do núcleo, uma vez que dali se descortinava uma ampla vista.

Não podemos desconsiderar, portanto, que o signo do medo (aqui representado pela guerra contra os índios) esteve presente em São Paulo desde seus primórdios.

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