Desta estrada o estudioso Wilson Partecka Olipa, na sua História de Mamborê - PR, destaca as "ramificações que passavam pelos atuais municípios (paranaenses) de Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Luziânia, Nova Cantú, Campina da Lagoa, Ubiratã, Mamborê e Peabiru" (Olipa, 1998), sendo fácil seguir seu itinerário até o despejo do Iguaçú no Rio Paraná.
Outro caminho Peabiru originava-se em São Vicente, litoral de paulista, para perfazer trecho aproximado de 200 léguas apenas em território brasileiro, ou seja, mil trezentos e vinte quilômetros, largueza de oito palmos (1,76 metros), coberto de gramíneas especiais que impediam crescimento de árvores, arbustos e ervas daninhas.
O curso, a partir de São Vicente, subia a serra para chegar no Planalto Piratininga e seguir aditante, passando pelos atuais municípios de São Paulo e Sorocaba, até o pé da serra em Botucatu, de onde:
- "(...) se dirigia ao vilarejo que tem ainda o malsoante nome de Avaré - (Abaré, o desagradável sobrenome do padre Zumé), a duzentos e setenta quilômetros, aproximadamente, ao nordeste. De lá ele obliquava em direção ao oeste, depois ao sudoeste, passava pelas atuais cidades de Ourinhos, onde transpunha o Paranapané (hoje Paranapanema), de Cambaré (Cambará) e (Cornélio) Procópio, atravessava o rio Tibagi, atingia Londrina, depois, por Apucarana, após ter transposto o Huybay (mais corretamente Ivaí), burgo que se chama ainda hoje Peabiru. Descia em seguida em direção sul-sudoeste até a embocadura do Iguaçú. Ou seja, por alto, um percurso de mil quilômetros (...)" (Valla, O Segredo dos Incas), 1978: 90).
As fortes quedas d´água e correntezas não favoreciam as navegações pelo rio Paraná, e então, por terra, se fazia o melhor e mais confiável caminho até as proximidades do Iguaçú, onde o encontro com a "estrada catarinense".
Ambas se uniam em Iguaçu - PR para a transposição do rio Paraná, passando pelas terras de Paraguai e chegar aos Andes - localidade de Cuzco (Bolívia), o coração do Império Inca na época da conquista Ibérica, com ramais para as costas do Pacífico em Peru e Equador.
6.1.2 - Uma trilha bastante movimentada
Se os primeiros indesejados portugueses foram deixados numa das ilhas em Cananeia, entre os anos 1490 e 1502, cabe pressupor tenham sido eles os precursores a atingir o continente, interiorizando-se pelas matas, alguns bem-sucedidos, outros trucidados pelos selvagens.
Desconhecendo-se os pioneiros europeus, também não se sabe quando tais caminhos pré-cabralinos foram percorridos pela primeira vez, nem qual o tamanho de alguma possível incursão inaugural, mas a mais importante e longa viagem certamente ocorreu entre 1502 e 1513, a partir de São Vicente para se chegar aos Andes, em pleno centro do Império Inca. Trata-se do trajeto mais citado da antiga senda, São Vicente às costas Pacífico, com um ou outro historiador a acrescer ou excluir ramais como partes da via principal, por exemplo, o uso do ramal desde Sorocaba a Ponta Grossa.
Dessa viagem é o que entende o Cortesão, ao mencionar que o galo trazido com outras espécies animais da Europa para Cananeia, em 1502, já no ano de 1513 aparecia na corte inca, levado numa expedição via Peabiru, causando pasmo tanto que o futuro governante adotaria o nome Atahuallpa, isto é, Galo. "Esta rapidez na disseminação dum elemento cultural prova quanto eram rápidas e ativas as comunicações através do continente" (Donato, 1985: 30).
Os autores SatoPrado não desprezam possibilidades que tal ave tenha chegado ao império inca pelo Pacífico, também por volta de 1513, quando Vasco Nuñez de Balboa aportou pela primeira vez às costas do Pacífico Sul, e o galo, se componente daquela expedição, poderia ter sido introduzido em terras equatorianas por algum batedor nativo e, de pronto, levado às mãos dos incas, cujo império então se estendia até o Equador.
Respeitado o Cortesão, tal viagem vem pode ter sido a primeira passagem do homem branco pelo Vale do Paranapanema, mas os registros são frágeis. Com segurança histórica, o português Aleixo ou Alejo Garcia, à frente de quatro ou cinco portugueses e quase uma centena de nativos pacificados, passou pelo Vale Paranapanema em 1526, numa viagem de São Vicente/SP ao Peru, porém morto por assassinato no retorno foi substituído pelo capitão Pero Lobo, que chegou a São Vicente com produtos andinos e milhares de nativos aprisionados (Donato, 1985: 30).
Do grande trajeto, em partes pelo Vale Paranapanema, costa oficialmente que "As primeiras referências ao encontro de riquezas datam de 1526, quando Aleixo Garcia, saindo de São Vicente em companhia de três ou cinco portugueses, à frente de um exército de nativos, pelo rio Paraná, alcançou o Paraguai, chegou ao Peru" (Gomes, 1972: 59).
Já em 1521 o mesmo Garcia, a serviço da Espanha, havia feito uma viagem a Potosí, Bolívia, pela Peabiru a partir do hoje estado de Santa Catarina, passando pelo atual Paraná, quando ambos ainda territórios espanhóis (Valla - Jean Claude,"O Segredo dos Incas", referência a Jacques de Mahieu, 1978: 90).
Do lado português tem-se o registro da viagem de Francisco de Chaves aos Andes, sob autorização do colonizador Martim Afonso de Souza. Chaves, genro de Cosme e igualmente degredado, partiu de São Vicente em 1º de setembro de 1631, com o capitão Pero Lobo, mais acerca de cem homens armados e um sem número de nativos escravizados, rumo aos Andes via Paranapanema, prometendo grande carregando de ouro e prata além de escravizados, mas quatro meses depois, na travessia do Rio Paraná, a expedição foi destroçada pelos nativos guaranis. (Borges Hermida, 1958).
Entradistas espanhóis, portugueses ou de outras nacionalidades a serviços de um ou outro reino, nenhum deles teve a significação de Cosme.
06.1.3. Uma estrada desde os tempos do "Império Tiahuanaco" nos Andes
A Peabiru é uma construção pré-incaica, no entanto, nenhuma documentação sobre o assunto, apenas memórias e fabulações.
As duas sendas Peabiru, de interesse neste trabalho e aqui denominadas São Vicente e Santa Catarina, para melhores entendimentos, eram obras bem engenhadas, que não chegaram inteiras aos dias de hoje, senão as partes de trechos servindo de base e direção para algumas das atuais estradas de rodagens, outras incorporadas às grandes fazendas e assim abandonadas até o desaparecimento total.
06.1.4.Os "Atumuruna", em 1350, teriam sido os construtores
Não se sabe, com certeza, quem foram os realizadores daquelas estradas. Os difusionistas apontam os Incas, ignorados os motivos para uma estrada transoceânica. [Páginas 36 e 37]
Pelas exposições de Valla tais feitos cumprem aos Atumurama, em meado do século XIV, quando refugiado em territórios do Brasil e Paraguai.
A nação Atumuruna, que estudos apontam descender de escandinavos (vikings) na América do Sul, teria sido a fundadora do grande império Tiahuanaco, instalado no século XI/XII, com diversas tribos nativas tributárias ou agregadas, a exemplo dos revoltosos Araucano (Chile) que, por volta de 1350, à frente de outros confederados insurretos derrotam o Império, colocando em fuga seus sobreviventes que chegaram ao Paraguai, por via terrestre, e ao Brasil pela transposição do Rio Paraná ou por este descer ao Atlântico, para depois abeirar-se em determinados pontos do litoral brasileiro, Santa Catarina e São Vicente, princípios das futuras veredas Atlântico-Paraguai-Andes e Pacífico.
Lembranças históricas apontam presenças de Atumuruna no Paraguai, até bem pouco tempo ainda encontradas nos Guayaki, os nativos louros do Paraguai (Valla, 1978: 75-76); também nos nativos brasileiros de pele clara, os chamados Auati - gente de cabelos claros, vinculados aos guaranis e citados em crônicas dos primeiros tempos do Brasil português, excluídos aqueles originados ou com eles confundidos, nascidos das relações nativos com espanhóis e holandeses.
Caminhos, portanto, não faltaram aos Atumuruna para suas escapadas, segundo especialistas citados por Valla (1978: 91-102), inclusive por via oceânica, a exemplos dos "Kaole" no Taiti e dos "Ehu" no Havaí, mais misteriosos "homens louros" de algumas das ilhas polinésias (Valla, 1978: 71-73).
Não se trata de concepção isolada. Relatos de expedições a serviço de Espanha mostram o uso fluvial dos rios Prata, Paraná e Paraguai, como conhecidos caminhos da Rota Cone Sul, para se chegar à estrada Peabiru, do lado paraguaio (Carvalho, 2012) e adiante, por terra, até os Andes e Pacífico.
Por conseguinte, admite-se a rota terrestre Paraguai-Andes-Pacífico desde a fundação do Império Tiahuanaco - século XII, enquanto os trajetos do lado brasileiro são construções mais recentes, ou seja, depois da entrada Atumuruna em terras do Brasil, por volta do ano de 1350, então eles os construtores das duas principais rotas (Peabiru), São Vicente e Santa Catarina, em busca do retorno aos Andes.
Alguma similaridade existente entre as estradas Peabiru, baseada em antigos relatos, com certas construções observáveis em sítios arqueológicos do Império Tiahuanaco, como aterros, calçamentos, ruas e estradas, apontam pelo menos para uma origem comum daquelas construções. Recentes estudos arqueológicos sobre aquele império, comparados àquilo que resta da Peabiru, assinalam semelhanças entre elas que, em absoluto, podem ser vistas como meras coincidências.
06.1.5. - Da Peabiru São Vicente - o trecho pelo Vale do Paranapenama
Da estrada, a partir de São Vicente, o governador geral Tomé de Souza proibiu-lhe trânsito, em 1º de junho de 1553, com justificativas ao rei português:
- "Achei que os de São Vicente se comunicavam muito com os castelhanos e tanto que na Alfândega rendeu este ano passado cem cruzados de direitos de coisas que os castelhanos trazem a vender. E por ser com esta gente que parece que por castelhanos não se pode V. A. desapegar deles em nenhuma parte, ordenei com grandes penas que este caminho se evitasse, até o fazer saber a V. A. e por nisso grandes guardas e foi a causa por onde julguei de fazer as povoações que tenho dito no campo de São Vicente de maneira que me parece o caminho estará vedado" (Apud: Donato, 1985: 30).
O uso da Peabiru foi bastante controverso. Washington Luiz, em sua obra "Na Capitania de São Vicente" (Senado Federal - Brasil, 2004 v. 24: 340), informa:
- "Alguns governadores do Brasil proibiram, por instantes recomendações e sob penas severas, o trânsito por aí, como o fez D. Duarte da Costa em 1556 (Atas da Câmara de Santo André: 36, referência). No interregno de seus dois governos, no Brasil (1591/1602 e 1609/1611), Francisco de Sousa, contrário em 1603, mandou reabri-lo (Atas da Câmara de Santo André, vol. 2º, pág. 138)."
Se a proibição não alcançou os efeitos pretendidos nem evitou circulações de gentes por ela, no entanto causaram-lhe os descuidos de manutenção oficial, principalmente em pontos elevados, aterros, pontes levadiças, empedramentos e nivelamentos de trechos sujeitos aos alagamentos, e ausência de rebaixamentos onde necessário.
Pelo lado espanhol, a Peabiru por Santa Catarina igualmente perdeu a importância dentro do território hoje brasileiro, para a rota fluvial cone sul e pela travessia terrestre entre o Atlântico e Pacífico, pelo istmo mais a meridional da América Central, no atual Panamá, à mesma maneira que por outros caminhos utilizados pelos espanhóis, preocupados que estavam com as riquezas do Peru e Bolívia, até o escassear do ouro e da prata, quando reiniciaram a interiorização exploratória e de fixação do Vice-Reino Espanhol do Rio da Prata em terras paraguaias, pelos rios Paraná, Paranapanema e Tietê, em busca de interesses para a Coroa Espanhola, com isso a revitalizar a Peabiru as partir do ano de 1603 quando Espanha, Portugal e respectivas colônias agrupadas, então, num num só reino.
06.2 - Atalho pela Serra Botucatu à Paranan-Itu (Salto Grande) no Paranapename
Júlio Manoel Domingues, em sua obra A História de Porangaba (2008: 21), transcreve levantamento histórico sobre a primeira concessão sesmarial em Tatutí, publicado pelo advogado e historiador Laurindo Dias Minhoto, onde a primeira menção de um caminho para Botucatu - citado Intucatu, no ano de 1609:
- "O mais remoto documento, que conseguimos descobrir, foi a carta de sesmaria concedida em 10 de novembro de 1609, pelo Conde da Ilha do Príncipe, por seu procurador Thomé de Almeida Lara, sendo aquele donatário da Capitania de São Vicente. Essa concessão foi feita a João de Campos e ao seu genro Antônio Rodrigues e nela se lê: "seis léguas de terras no distrito da vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba), na paragem denominada RIbeirão de Tatuí, com todos os campos e restingas para pastos de seu gado, como também Tatuí-mirim até o Canguera, com largura que tiver, com mais três léguas em quadra no Tatuí-guassú e Canguary, três léguas para o caminho de Intucatú, seis léguas correndo Paraguary abaixo pra a parte do Paranapanema, com condição de pagar os dízimos a Deus Nosso Senhor dos produtos que delas colherem"."
Os autores SatoPrado contestam a data de 10 de novembro de 1609 para o documento analisado por Dias Minhoto, sem prejuízos quanto as demais citações. Ora, o título nobiliárquico de Conde da Ilha do Príncipe somente foi criado pelo Rei D. Felipe IV da Espanha e III de Portugal e Algarves, por Carta Régia de 4 de fevereiro de 1640, a favor de Luís Carneiro de Sousa.
Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.
Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:
"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.
Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
07. Expedições ibéricas em América do Sul - Século XVI 07.1. - Reconhecimentos territoriais e as dominações
A Espanha procurava conhecer melhor o seu território para delimitar as fronteiras com Portugal. O navegador italiano Sebastião Caboto, a soldo da Espanha, fez reconhecimentos dos rios da Prata, Paraguai, Paraná, Iguatemi, Santo Anastácio, Paranapanema e Tietê, em 1526, conforme textos compreendidos no seu diário de bordo.
No mesmo ano de 1526 o capitão Jorge Sedenho (Sedeño), numa incursão espanhola pelo rio Tietê, guerreou com os nativos (Jorge Junior, 30.07.1967). Jorge Junior informa das presenças de Sedenho e Caboto, mas os objetivos das incursões e outros detalhes são imprecisos. [Páginas 38, 39 e 40]
1° de fonte(s) [24795] O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla Data: 1978, ver ano (101 registros)
Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.
Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:
"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.
Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.