Antonio Pedroso de BarrosNascimento: ~ 1610Origem: São Paulo, SPNasceu por volta de 1610, em São Paulo, SP.Foi o segundo dentre os oito filhos do Governador da Capitania de São Paulo, Capitão-mor Pedro Vaz de Barros e de Luzia Leme.Casou-se em 1639, em São Paulo, com Maria Pires de Medeiros, filha do Capitão Salvador Pires de Medeiros e Inês Monteiro de Alvarenga, A Matrona.
Antonio foi uma pessoa de muitas posses, e contava com 600 índios trabalhando em suas fazendas de cultura. Faleceu em 1652, em conseqüência de ferimentos recebidos numa revolta de seus nativos, ocorrida em uma de suas fazendas na paragem denominada "Apoterebu".
Como consta de seu inventário, seu testamento foi escrito por seu concunhado Francisco Dias Velho, "por estar o testador em artigo de morte". Neste testamento, entre outras disposições, afirma: "deixo a meus herdeiros que perdoem aos meus matadores, porque foram os meus pecados".Iniciado o inventário em 1652, só em 1670 chegou-se aos termos das partilhas pelas dificuldades que surgiram. Em 1653, o tutor dos órfãos, Capitão Pedro Vaz de Barros, declarou em juízo que a demora decorria do fato "que a morte de Antonio Pedroso de Barros havia causado notável alvoroço e, não havendo cabeça de casal, foram roubados muitos bens, que ele estava na diligência de descobrir até essa data".A respeito do gado e dos animais da fazenda mencionados no testamento, respondeu "que foi tanto o número de gentio que naquela ocasião acudiu a morte de seu amo, e outros alheios, que não deixaram coisa viva que não destruíssem e matassem e comessem, por serem de seu natural daninhos, como é notório em toda a capitania".
Afirmou também que "o gentio seriam umas 500 pessoas pouco mais ou menos, como diz o testamento, das quais na tal ocasião se mataram uns aos outros, e se amontaram tantos que até hoje em dia não há sido possível ajuntá-los, por se haverem espalhados pelas matas alguns, e outros fugidos por casa de alguns brancos, que não podia saber; e que parte do dito gentio tinha já juntado com carícias, mimos e dádivas; e que o juiz veria por seus olhos a paragem onde o gentio assiste, para se contar no inventário".
Acerca dos nomes destes nativos, para serem lançados no inventário e partilhados pelos herdeiros, respondeu "ser impossível nomeá-los porque ainda não tinham nomes de batismo e sim selvagens, e que sendo eles carijós e goyanazes com seus caciques, não quiseram se reunir, e se levantaram fugindo muitos para os matos". A respeito do algodão mencionado no testamento, respondeu que "na revolta o gentio queimara, furtara e espalhara, de maneira que nada dele se aproveitou". Antonio faleceu em 1652.Foi pai de cinco filhos e três filhas:[de seu casamento com Maria Pires de Medeiros:]1.1. Capitão Pedro Vaz de Barros, o Moço, nascido em 1644, em São Paulo, SP. Casou-se com Maria Leite de Mesquita, filha de Domingos Rodrigues de Mesquita e de Maria Dias Leite. Pedro faleceu em 1695, e Maria Leite faleceu em 1732, em São Paulo.1.2. Antonio Pedroso de Barros, casado com Maria Leite da Silva, nascida em Santana do Parnaíba, SP, filha de Pedro Dias Leite e de Anna de Proença, a Neta. Antonio faleceu em 1677, e Maria casou-se pela segunda vez, com o Coronel Garcia Rodrigues Velho, viúvo de [...], filho de Garcia Rodrigues Velho, o Filho, e de Maria Betting (Maria Betim). O Coronel Garcia faleceu em 28 de Julho de 1725, em Congonhas do Campo, MG, e Maria faleceu em 1728, em Santo Amaro, SP.1.3. Inês Pedroso de Barros. Inês faleceu solteira, noiva de Estanislau de Campos, filho do Capitão Felipe de Campos Banderborg e de Margarida Bicudo [citados em 1.4.]. Desgostoso com a morte de sua noiva, Estanislau entrou para a Companhia de Jesus. Acabou sendo reitor do colégio dos jesuítas em Salvador e provincial da Companhia no Brasil. "Teve um respeito e veneração tão grande, não só dentro dos claustros de sua província, como das pessoas particulares da primeira nobreza das cidades da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, e S. Paulo, que outro algum religioso não chegou a merecer tanto". Sua biografia foi publicada em 1765, em Roma. 1.4. Luzia Leme de Barros, casada com o Capitão-mor Manoel de Campos Bicudo, filho do Capitão Felipe de Campos Banderborg e de Margarida Bicudo [citados em 1.3.]. Após a morte de Luzia, Manoel casou-se pela segunda vez, com Antonia Paes de Siqueira, filha do Capitão Salvador de Oliveira Paes e de Isabel de Siqueira Mendonça. Manoel faleceu em 1722, e Antonia casou-se pela segunda vez, com o português Clemente Carlos de Azevedo Cotrim, filho do Doutor Antonio de Azevedo Cotrim e de Maria da Costa Valente.[filhos com Maria Pequena:]1.5. Sebastiana.1.6. Paulo.[filho com a índia Victorina:]1.7. Paschoal.[filho com a índia Iria:]1.8. Ventura. [+] Fontes e comentários