' Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado-CONDEPHAAT - 12/08/1982 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado-CONDEPHAAT
12 de agosto de 1982, quinta-feira. Há 42 anos
Estado, em fins de 1927. Essa obra, além de possibilitar urbanização deimensas áreas antes inaproveitáveis, traria como conseqüência amudança de referencial para a propriedade objeto deste estudo estandohoje na margem oposta à que originalmente a caracterizava.Conhecida como Sitio do Rio Abaixo de Pinheiros foi essa área adquiridaem 1 912 pela Companhia City de São Paulo Improvements and FreeholdCompany Limited da antiga proprietária, a Companhia Edificadora daVila America Após a retificação do Rio, foi possível o loteamento dagleba, segundo o padrão de cidades jardins aqui então já experimentado, passando a Casa do Butantã a ser propriedade municipal por doaçãoefetivada juntamente com o arruamento promovido pela imobiliária emmeados de 1944. " "Restaurada na década de 50. por ocasião dos festejos do quartocentenário de fundação da cidade, somente agora foi possível arecuperação de informação precisa sobre a origem da propriedade emque se encontra, corrigindo a interpretação até aqui vigente e queatribuía a Affonso Sardinha a posse mais remota dessa área.Dentre as prioridades estabelecidas para inicio de funcionamento doDepartamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal deCultura estava a aa pesquisa histórica dos imóveis que compunham oseu acervo museológico. Com a publicação deste trabalho, seguida embreve dos demais estudos de caso, consolidam-se metas e dá-seprosseguimento ao esforço daqueles que buscam a recuperação damemória paulistana.A [Página 25 do pdf]

A PROPÓSITO DA CASA DO BANDEIRANTEMárua Roseny Pacce

A questão das terras localizadas além do rio Pinheiros apresenta aspectos extremamente controvertidos, devido talvez à própria complexidade topográfica da região. Em decorrência deste fator, considerou-se por longa data que o imóvel conhecido como "Casa do Bandeirante" ou mais precisamente, a área onde ele se localiza, pertenceu originariamente à Affonso Sardinha.

Como primeira meta de trabalho, organizamoso presente texto quepretende mostrara origem dos domínios territoriais de duas áreasdistintas. Este relatório de pesquisa obedecea uma exposição cronológica e espera contribuir para estudos mais analíticos, através dadocumentação que está arrolada em anexo.Para maior objetividadee clareza, dividimosa exposição em doismomentos básicos, visando fornecer os dados que configuramaFazenda Butantãe aqueles referentes às terras onde está localizadaa"Casa do Bandeirante"..IFAZENDABUTANTÃ

Affonso Sardinha, antigo povoador paulista, casou-se com Maria Gonçalves, filha de Bartolomeu Gonçalves em 1550. enquanto moravam ainda na Vila de Santos, conforme se lé no estudo genealógigo de Américo de Moura, intitulado "Os povoadores do Campo de Piratininga". Este mesmo estudioso indica que o casal viveu até aproximadamente 1565 em Santos.

Pela documentação que nos foi legada de registros da época, não pudemos precisar a data de fixação de Affonso Sardinha à povoação de Piratininga. sabendo-se apenas que em seis de setembro de mil quinhentos e oitenta e quatro. Affonso Sardinha recebeu por carta de sesmana as terras localizadas, "além do rio Pinheiros entre os ribeirões Pirajussara e Jaguaré uu Jaguarahé". (1)

Terras
6 de setembro de 1584, quinta-feira (Há 440 anos)
 Fontes (2)

Anos depois em 1607 encontramos o registro de uma data de terra onde consta que Gaspar Conqueiro. capitão e ouvidor da capitania de São Vicente concedeu ao requerente as terras que estavam perto do rio Jerobatiba (atual rio Pinheiros), pois que Affonso Sardinha havia lhe enviado uma petição onde relatava seu estado de antigo morador da capitania requerendo a posse da fazenda que já habitava, onde havia um trapiche de açúcar.

Terras
3 de novembro de 1607, sábado (Há 417 anos)
 Fontes (3)

No auto de posse da data de terra temos a 1º referência ao nome da fazenda, ainda que de forma truncada pois o original encontra-se danificado.

"Anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e sete annos aos treze dias do mes de ... e no termo da villa de São Paulo, que se diz Ubat ... onde mora Atfonso Sardinha estando ahi Gaspar Conqueiro ." (2)

A exposição retro permite o estabelecimento da origem das terras da conhecida "Fazenda Butantã" em mãos de Affonso Sardinha que tinha alem desta, mais duas glebas de terras conforme se esclarece a seguir.

Na mesma ocasião em que Affonso Sardinha recebeu as terras no Butantã lhe foi concedida uma sesmana que abranaia as terras compreendidas entre a estrada de Itu e o rio dos Pinheiros e Tietê, além do nbeirão Jaguarahe até o córrego "Aguada dos índios", onde em 1590, seu proprietário construiu um forte para a defesa ao ataque dos índios que valeu á área a denominação de "Sesmana do Forte".

Afonso Sardinha no Araçoyaba
1590, segunda-feira (Há 434 anos)
 Fontes (22)

Além destas, Affonso Sardinha e sua mulher possuíam terras na Aldeiade Carapicuiba que, por ocasião da doação que fizeram à Companhia deJesus como se verá à seguir, não tiveram os seus limites descritos.Ressalve-se que o objeto de nosso estudo não se prende à estas duasultimas áreas, mas foram aqui descritas para maior compreensão dosdomínios de Affonso Sardinha.Este, em 1615, juntamente com sua mulher Ma´ia Gonçalves por não terherdeiro, fez doação de toda a sua fazenda, incluindo bens móveis e de


(1) Bens da Coroa Real Origem Dominical das terras pertencentes aos extintos jesuítas na paragem denominada "Uma légoa do Pacaembu e dos Pinheiros" incorporada em 1762 aos bens patrimoniais da Coroa Real. Discriminação das Áreas remanescentes Procuradoria da Fazenda Nacional de São Paulo. [Página 26 e 27 do pdf]

vacantes, sejam incorporados no meu fiscoe câmara Reale lançadosnos livros dos próprios de minha Real Fazenda (8)Assim, coma extinção dos bens dos jesuítas suas propriedadespassarama configurar aquelas dos Próprios Nacionais. Nestas condições, o sitio Butantan foi arrematado em hasta pública por Bárbara doEspirito Santo, através de seu procurador Mathias de Arthur Bueno em19 de outubro de 1799. (9)

Bárbara do Espirito Santo viveu parte de sua vida nesta fazenda e em testamento deixou determinado que por sua morte, metade desta ficaria pertencendo à Anna Rodrigues de Oliveira e a outra metadeà sua irmã Maria Garcia Paes. (10). Estas, por sua vez, "deram ao Sargento Mor Policarpo José de Oliveira em pagamento do que lhe devião, uma parte dessa sesmaria, isto é, os terrenos que ficão da estrada de Itú para baixo (que em 1852 eram de João de Sá Machado) ficando a outra parte dosmencionados terrenos situados da estrada de Itú para cima até a de Sorocaba pertencendo a Maria Garcia Paes Leme" (11)

Em conseqüência da doação que lhe fez sua irmã, em 28 de maio de1819, Maria Garcia Paes Leme morou todaa sua vida em ditas terras,conformeo registro que se segue:"doação que fez Anna Rodrigues de Oliveiraa sua irmã Maria GarciaPaes- senhorae possuidora de uma parte de terras pertencentes comminha irmã Maria Garcia Paes de um sitio com campos de terraschamado Butantan no termo da cidade de São Paulo aquém, do rioPinheiroso qual sitio houvemos por legado que nos fez por doação denossa fallecida tia Bárbara do Espirito Santoe cujo sitioe terras atéaestrada que vem da cidade de São Paulo paraa Villa de Ithú fizemoscessão ao fallecido Sargento Mor Policarpo Joaquim de Oliveira porconta que com elle tivemose passamos em papel ficandoa ellepertencendoo dito sitio" .... (12).

(10) Testamento de Bárbara do Espirito Santo no livro Regimento de Testamentos queservia neste juízo provedoria da cidade de seu termoa2 de junho de 1795, se acharegistradoo Testamento- Cartório do2Ç Officio Civel- Maço?- 1817. ArquivoAguirra- Museu Paulista da USP. (doe. 4)[Página 28 do pdf]

Há um vazio documental que só será superado em onze de setembro demil oitocentos e noventa e nove, quando Gertrudes Avélina Jordão deCamargo por seu procurador Amador Cezar vende a propriedadedenominada Butantan a Arnaldo de Oliveira Barreto ..." senhora epossuidora da propriedade denominada Butantan e de dez partes dopotreiro, Joaquim Antônio (das onze a compõem e consta do inventáriodo fallecido Joaquim Antônio, seu antigo proprietário) e mais de umpotreirinho denominado Jaguaré que fica entre a estrada que vai paraSorocaba e a que vai para Ithu, sendo tudo situado no bairro dosPinheiros, Freguesia da Consolação desta cidade e comarca comprehendendo-se todas as benfeitorias alhi existentes e bens móveis eremoventes, sendo as divisas das referidas propriedades as seguintes:começando na barra do ribeirão Pirajussara que deságua no rio dosPinheiros, sobe por dito ribeirão até a estrada geral que vai paraSorocaba e por esta até o lugar em que começa a estrada que vai paraIthu e, por esta até o ribeirão Jaguaré e por este abaixo até fazer barra norio dos Pinheiros e subindo este até dar na barra do ribeirão Pirajussaraonde começam"... (21).

"(21) - Escritura de venda da chácara Butantan 11 /set/1899. Procuradoria Geral doEstado de São Paulo. (doe. n´ 12) [Página 29]

ATAS DAS CÂMARAS DE SÃO PAULO1852-1855vol. 39-41
Sessão Ordinária aos 12 de junho de 1852, Presida, do Exmo. Sr. Brigadro. Machado D´OiiveiraReunidos os Senres. Vereadores Brigadro. Machado d´Oliveira, Felicio, Olmera, Machado, Leandro, e Ribeiro dos Santos o Exmo. Sr. Preside, abrio a sessão. Lida a Acta da antecede, foi aprovada. O Sr. Vereador Pereira Machado, apresentou o seguinte parecer, que foi lido e aprovado.

Sessão Ordinária Presidida pelo Exmo. Sr. Brigadeiro Machado D´Oliveira
12 de junho de 1852, sábado (Há 172 anos)

Examinando o requerimento de Anto. Pires da Silva, em que pede a esta Cama permissão pa. feixar o terreno q. houve pr. compra q. fez a João dOliveira Preto, no´ logar denominado - Pirajussara-Mirim, segundo o traslado de Escnptura q. apresenta, e com o qual pretende provar a propriedade do referido terreno-acho q. não pode ter lugar a pretenção ao Suppe . pr quanto: Tendo S´do dado acerca de 268 annos (em 6 de Fevereiro de 1584) a Affonso Sardinha, pr. sesmaria, todo o terreno que compreende do Pirajussara ao Jaguarahé da estrada de Sorocaba pa. baixo, e tendo este e sua mulher gosado pr. muitos annos, passou a mma sesmana dahi pr diante pr uma sucessão de títulos legítimos aopoder dos jesuítas, q. a possuirão pr. longo tempo, e a derão em arrenda a Ignácio Xer Cezar.

Terras
6 de fevereiro de 1584, segunda-feira (Há 440 anos)

[Página 36 do pdf]

O JARAGUÁ - Manuel Fernandes Ramos, casado com Suzana Dias, neta de Tibiriçá, recebeu uma data de terras em Parnaíba, além do Jaraguá. Uma penetração no sertão em 1589, foi destroçada pelo gentio. Antonio Arenso que conseguira escapar, chega fugitivo á sua fazenda. Informava que o tinham querido matar em Jaraguá, próximo de tapera de Jaroubi.

Em 1590, o maior negócio de Sardinha eram as minas de ouro no Jaraguá e a metalurgia de Araçoiama. [Página 91 do pdf]

A Casa do passado

A tempo foi, pois, preservada a casa de total ruína. E aquele que a visitam hoje e ali chegam em quinze minutos de automóvel, mal sabem que pisam num local de grandes perigos passados, frequentemente citado quando o medo fazia parte da vila. Pairava então a ameaça permanente da destruição da vila.

Nos fins do século XVI, junto do rio Jaguari, o gentio bravo esperara os brancos e índios cristãos da companhia de Antonio ´Macedo´ e Domingos Luis Grou. Atacaram-na e desbarataram-nos. Na luta morreram Manuel Francisco, o francês Guilherme Navarro, Francisco Correa, Diogo Dias, Gabriel Pena, além de muitos outros mortos e feridos.

Apregoou o gentio vencedor que ia pôr cerco a São Paulo. E logo a Câmara se reuniu. Ali era a casa de todos, se debatiam as providências a serem tomadas. E em face do relato dramático feito por Gonçalo Camacho, os indecisos ganharam coragem e a ata foi assinada se mais hesitações. O "índio Manuel de cruz por ser analfabeto, os outros com letra própria".

A situação era das mais críticas. Pouca gente e muitos os perigos. Em 1606 ainda "São Paulo teria cento e noventa moradores brancos dos quais sessenta e cinco estavam foram".

Em 1606 a Câmara Municipal de São Paulo estimou que o Carijó ainda ti...
1606, domingo (Há 418 anos)

[Página 94 do pdf]

CASA DO BANDEIRANTE

Segundo alguns autores, as terras conhecidas como Uvatantan foram doadas aos jesuítas por Afonso Sardinha. Depois de 1759 com a expulsão da Cia. de Jesus do Brasil a propriedade foi leiloada, passando a partir de então por diversos donos. Nela_situava-se uma casa que, em 1938, passou a pertencer à Prefeitura, por doação da Cia. City de Melhoramentos, quando da urbanização das margens do rio Pinheiros empreendida por esta Companhia. Situada à meia cncocta da sua margem, aCasa do Butantã tinha originalmente os fundos voltados para o rio. Concluída a retificação, porém, a casa passou a ser margeada pela frente, localizando-se no centro de uma praça de 14.000m.

A técnica construtiva empregada neste imóvel de 350m , divididos em 12cômodos, além dos alpendres frontal e posterior, a taipa de pilão - consistia emsocar o barro com a mão de pilão entre pranchas verticais de madeira (taipal),formando-se assim as paredes externas com cerca de 50cm de esprssura; as paredesinternas eram originalmente de pau-a-pique. Introduzida pelos portugueses, essatécnica de origem árabe foi amplamente utilizada pelos paulistas, que pelo seuisolamento geográfico, só dispunham do barro como recurso para construção.Em 1954 a Comissão do IV Centenário denominou o imóvel como "Casa doBandeirante" dotando-o de um acervo próprio a partir do recolhimento de móveis,utensílios e outros objetos históricos no interior de São Paulo e Minas Gerais,sobretudo no Vale do Paraíba. Com este acervo mobiliou-se o imóvel, na tentativade reconstituir uma (possível) casa sede de um sítio paulista setecentista, outalvez de um abstrato e hipotético bandeirante.A^cntica a estas concepções museológicas, de caráter celebrativo elaudatorio, levou a diversas modificações nas atividades desenvolvidas nesta casahistórica, destacando-se neste contexto a desmontagem do cenário fictício e atransferencia do acervo para local tecnicamente adequado à guarda de bens móveishistóricos no final da década de 70.A Divisão de Iconografia e Museus vem procurando dissociar o imóvel tombadopelo CONDEPHAAT em 1982 do universo bandeirista, vinculando-o a diferentesmomentos da história paulista, através de eventos, mostras e exposições diversas.Hoje, integra o acervo de Casas Históricas sob a resposabilidade doDepartamento do Patrimônio Histórico, juntamente com outras de característicasconstrutivas semelhantes como a Casa do Sertanista, a Casa do Tatuapé, a Casa doSitio Ressaca, a Casa do Grito e a Capela do Morumbi.•85£Endereço: Praça Monteiro Lobato, s/n* - ButantãHorário: De terça à domingo das 9:00 às 17:00 hsTelefone: 211-0920[Página 122 do pdf]

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