Marcelino Bispo de Melo nasceu na cidade de Murici, estado de Alagoas, no dia 30 de junho de 1875.
Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1898) foi um militar brasileiro, conhecido por ter matado o ministro da Guerra marechal Carlos Machado de Bittencourt durante um atentado contra a vida do presidente Prudente de Morais.
Em 5 de novembro de 1897, o então presidente Prudente de Morais compareceu ao Arsenal de Guerra (atual Museu Histórico Nacional - MHN) para recepcionar as forças militares vitoriosas regressas da Guerra de Canudos, na Bahia.
Durante a solenidade, no início da tarde, foi interceptado por um jovem anspeçada armado do 10° Batalhão de Infantaria, Marcelino Bispo de Melo, que apontou uma garrucha em sua direção.
A arma, contudo, não disparou. Houve tempo para que, expondo-se à morte, o marechal Carlos Machado de Bittencourt, ministro da Guerra, e o então coronel Luiz Mendes de Moraes, chefe da Casa Militar, interviessem em defesa do presidente.
A essa altura, o praça, que já manejava uma faca, feriu o Coronel e apunhalou várias vezes o marechal Bittencourt, que acabou não resistindo aos ferimentos.
De inicio, o vice-presidente Manuel Vitorino, que possuía divergências politicas com Prudente de Morais, foi indiciado no inquérito sobre o atentado, acusado de envolvimento.
Vitorino respondeu com um Manifesto em que proclamava inocência e seu nome não foi incluído no despacho final do processo, mas sua carreira foi arruinada.[1]
Marcelino, feito prisioneiro e encontrado enforcado no dia 24 de janeiro de 1898, na cadeia com um lençol, não foi mais do que mero instrumento de conspiração política? Ele tinha 23 anos de idade.
Embora sua morte tenha comprometido as investigações, foram apontados Capitão Deocleciano Martyr e José de Souza Velloso como mentores intelectuais do crime.